Ansiedade e depressão entre jovens profissionais aumenta a busca por “coaches de felicidade” na Índia

Estresse, Síndrome de Burnout, ansiedade e depressão: essas expressões se fazem cada vez mais presentes no vocabulário da vida moderna e o mundo corporativo parece estar atento a isso. Não é para menos, uma vez que a saúde mental e emocional dos empregados têm impacto direto na produtividade.

O fenômeno afeta trabalhadores em diversas regiões do mundo e mesmo a Índia, terra de Buda e dos gurus  iogues, enfrenta problemas nessa seara. Segundo vídeo divulgado pela BBC, a força produtiva do país asiático consta entre as mais jovens do mundo e apresenta elevados índices de ansiedade e depressão causados por estresse no ambiente profissional. Nesse contexto, um novo elemento anda em em alta: os “coaches de felicidade”.

Pravin Chaturvedi é um especialista no tema. Embora pertença uma cultura ancestral para a qual lidar com as emoções faz parte da tradição, o indiano lança mão de técnicas desenvolvidas nos Estados Unidos para dar conta do problema. Entre outras coisas, ele ensina sobre a necessidade de valorizar o ambiente em que estão inseridos e de melhorar a comunicação entre as pessoas, estimulando também conversas que denotem preocupação com o bem estar dos companheiros de trabalho, para além dos tópicos relacionados a questões práticas do dia a dia.

“A razão que me levou a virar coach de felicidade foi que, há alguns anos, passei por meus próprios contratempos. Houve um corte e eu não sabia o que fazer em seguida. Pensei que deveria haver muitas pessoas que passam pelos mesmos desafios e elas precisam desse tipo de sistema de apoio. A profissão está em franca ascensão e as empresas indianas estão dispostas a pagar dois mil dólares para que os coaches encontrem maneiras de engajar essa força de trabalho composta por millennials. Se a pessoa está realmente feliz, ela será criativa agora e será criativa amanhã também. Então a produtividade aumenta também”, disse o fundador da empresa Oktobuzz, Hemal Majithia.

Uma questão permanece no ar: como ser feliz em um mundo onde o trabalho, já escasso, tende a se automatizar cada vez mais, os salários são cada vez menores e a concorrência pressiona tanto os jovens?

Não há coache que opere milagre.

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