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Quantos casais já não brigaram porque um parece amar mais o seu trabalho do que o próprio filho? Pois uma pesquisa acabar de revelar que isso é muito comum e explicável, do ponto de vista cognitivo.
Muitas carreiras, como a de empresário ou pesquisador, exigem uma dedicação integral e um enorme compromisso. Primeiro, você vê aquela ideia nascer, vai alimentando-a, ela ganha corpo, vida e caminha com as próprias pernas. A pesquisa da universidade finlandesa de Aalto revela que é o cérebro, e não o coração, a parte do corpo humano relacionada à entrega.
Os voluntários que participaram do estudo foram divididos em dois grupos: empresários e pais, que tiveram os cérebros monitorados enquanto eram submetidos a testes.
O teste dos pais consistiu em olhar algumas fotos que mostravam crianças conhecidas por eles e também os seus filhos. Já o teste dos empresários consistiu em olhar logotipos de diferentes empresas, entre eles o da a sua própria.
Nos dois casos, a reação de pais e empresários foi a mesma. Ao olhar para o seu filho ou para a sua empresa, o cérebro deles desligava-se da parte relacionada à interação social. Segundo a ciência, quando desativamos essa região, isso significa que passamos a enxergar o outro como parte de nós mesmos.
O estudo também analisou o nível de autoconfiança dos pais e empresários e concluiu que, quanto mais inseguros, mais felizes ficavam ao ver os seus “filhos”.
No teste de questionário, os empresários se mostraram mais entusiasmados do que os pais quando classificaram a relação deles com as suas crias em escalas de 1 a 5. Ao final, a “média do amor” de empresários mostrou-se maior do que a de pais: 4,29 contra 4,19.
O que os cientistas quiseram provar é a hipótese de que a experiência emocional de empreendedores e as respostas do cérebro em relação à sua própria empresa se assemelham à dos pais em relação aos seus próprios filhos.
A conclusão é que tanto o amor empreendedor e como o amor parental parecem se apoiar por estruturas cerebrais associadas com recompensa e processamento emocional, bem como a compreensão social.
Assim, se um dos pais parecer tanto ou demasiado apaixonado pelo trabalho, em relação ao filho, calma que isso é normal e não significa um desvio de caráter.
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Categorias: Trabalho e Escritório, Viver
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