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O Brasil tem conseguido vitórias sociais importantes – a luta contra a fome, contra a pobreza extrema, contra o analfabetismo, dentre as mais destacadas. Em alguns campos já somos referência mundial. Em outros, nem tanto.
Segundo o relatório Education at a Glance 2015, produzido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), especialmente em seu item educação, o Education at a Glance 2015: Panorama da Educação, que é a principal fonte de informações comparáveis sobre a educação no mundo, o nosso país ainda tem um dos índices mais baixos de jovens estudando entre os 20 e os 24 anos – 76% dos jovens entre 20 e 24 anos estão longe dos estudos quando a média dos outros países da OCDE é de 54%.
No entanto, temos um dos índices mais altos de jovens, desta faixa etária, trabalhando (52%), o que é bastante significativo.
O Brasil apresentou, no referido relatório, em todos os níveis educacionais taxas de desemprego inferiores às apresentadas pelos demais países da OCDE – em 2014, por exemplo, a taxa de desemprego brasileira para os indivíduos de 25 a 64 anos era 4,5%, para os profissionais de nível fundamental a médio; 5,6%, para os que tinham ensino médio completo e 2,9% para os profissionais com educação superior, sendo que, as médias dos países da OCDE eram, respectivamente, 12,8%, 7,7% e, 5,1%.
Mas, mesmo com taxas baixas de desemprego, nossa juventude também está, estatisticamente, entre as mais que “nem trabalham, nem estudam“, situação em que atingimos os 20 %, entre os 15 e os 29 anos, a par e passo com outros países da América Latina como o Chile (19%), a Colômbia (21%) e a Costa Rica (19%), quando a média OCDE é de 16%.
O Plano Nacional de Educação (PNE), vigente desde 2014, tem como meta alcançar pelo menos 33% da população de 18 a 24 anos matriculada no ensino superior em até 2024, e que sejam destes, 40% em instituições públicas. Atualmente, essa taxa atinge os 14,6%. Outra meta é a de que, nos 10 anos previstos (2014-2024), até 85% dos jovens de 15 a 17 anos estejam no ensino médio, contra os 59,5% que hoje o frequentam.
Os índices até podem ser razoáveis, comparativamente, mas, os salários iniciais dos professores no Brasil são baixos, mesmo em comparação com alguns outros países latino-americanos com grau de desenvolvimento semelhante, como Chile, Colômbia e México. No Brasil são destinados, para remuneração de professores para os anos iniciais do ensino fundamental, cerca de 73% contra 79% da média da OCDE sendo que este padrão se repete nos outros anos de escolaridade até o ensino médio.
Não que haja uma correlação direta entre salário de professor e qualidade de educação mas, o professor aqui é mais sofrido, menos considerado e portanto, mais “sugado” que em outros países.
Uma educação de qualidade requer um bom planejamento, menor quantidade de alunos por professor em sala de aula, docentes mais respeitados e melhor pagos e, a vontade, real, de que os estudantes sejam melhor formados como cidadãos.
A OCDE é uma organização internacional de países, em sua maioria, com economias firmes, com elevados PIB’s (Produto Interno Bruto) per capita e altos IDH’s (Índice de Desenvolvimento Humano), os tais consideradas países desenvolvidos. Entre estes ocorre intercâmbio de informações e alinhamento de políticas públicas que visam a potencialização do crescimento econômico e, dizem, a colaboração com o desenvolvimento dos demais países-membros.
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Fonte foto:ocde
Categorias: Trabalho e Escritório, Viver
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