Estudiosos consideram que o segredo para funcionários mais felizes e comprometidos com o trabalho possa ser um ambiente mais confortável.
Por exemplo: imagine como seria se você vivesse entre árvores. Isso faria com que você se sentisse bem? Os sons e aromas de um ambiente arborizado lhe ajudariam a relaxar? E a luz que se filtra através da copa das árvores, faz com que você fique mais alerta ou lhe dá sono?
Agora imagine seu ambiente de trabalho: ele é estimulante ou inibidor?
No começo do século XX, Kurt Lewin, considerado o fundador da psicologia social moderna, afirmou que a psicologia deveria prestar tanta atenção ao ambiente quanto ao sujeito. Ele destacou a importância da utilização do design para controlar o ambiente, e, até certo ponto, os indivíduos convivendo nesse ambiente.
Assim sendo, é razoável pensar que o design do espaço onde passamos grande parte de nossas vidas possa influir diretamente em nossa felicidade e bem-estar. E isso se traduz também em sucesso material para a empresa.
Jim Stengel até publicou um livro, sob o título “Cresça: Como Ideais Potencializam Crescimento e Lucro nas Maiores Companhias do Mundo”, onde analisou os 50 negócios mais lucrativos do mundo, e concluiu que os negócios que se preocupam em melhorar a vida das pessoas tendem a ser mais bem-sucedidos.
Um de aplicação prática dessa filosofia é o do Google. A gigante da internet inaugurou recentemente mais um espaço em que concretizou esse ideal, dessa vez na região central de Dublin, na Irlanda. Trata-se de um campus com mais de 47.000 m², composto por quatro edifícios reformados que abrigam cinco restaurantes, 42 micro cozinhas e centros de comunicação, salas de jogos, academia, piscina, áreas de lazer, conferências, centro de ensino e desenvolvimento, e mais de 400 salas de reunião.
A empresa também pretende inaugurar uma nova sede em Londres, em 2016, ainda maior: aproximadamente 90.000 m²! E conterá também um campo de futebol indoor, uma parede de escalada, um jardim vertical, um bicicletário e vestiários.
O historiador de arquitetura Charles Rice defende que a criação de uma espécie de ‘lareira cultural’ – um lugar no ambiente de trabalho onde os funcionários se sintam verdadeiramente conectados ao ambiente – pode aumentar desempenho, bem-estar e eficiência nas empresas.
Já o designer urbano Richard Wolfströme se preocupa em projetar espaços que promovam um senso de comunidade numa escala maior – desde ambientes de trabalho, lazer, residências, e até cidades inteiras. O trabalho dele tem como um de seus fundamentos a tradição de contar histórias, visando a conectar, num nível emocional, as pessoas aos cenários em que atuam.
Não há dúvidas de que um ambiente agradável pode aumentar o bem-estar e a felicidade das pessoas. A chave é encontrar formas criativas – e preferencialmente, de baixo custo – para criar um ambiente que promova a saúde, a eficiência e a felicidade.
Categorias: Trabalho e Escritório, Viver
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