O que você precisa saber sobre ele (a) antes de se relacionar


É muito comum as pessoas se queixarem das dificuldades de se relacionar e dos fracassos nos relacionamentos afetivos. Pudera! As pessoas estão procurando namorado de maneira errada. Por exemplo: as pessoas querem saber a profissão do boy (ou girl), os atributos físicos e outras informações mais ou menos relevantes. Mas o quê, de fato, é preciso saber antes de se relacionar com alguém que possa vir a ser um namorado ou parceiro?

©Kelly Sikkema/Unsplash

Começo de relação é sempre uma caixinha de surpresa. O pior é quando a carência afetiva nos faz fantasiar e enxergar coisas que não existem (o amor é cego!). Na verdade, a paixão é que é cega. O amor é compreensivo e tolerante, mas existem coisas que NÃO são negociáveis, e essas “coisas” são subjetivas.

Existem sinais que podem revelar muito sobre como as pessoas são e costumam agir. Estes sinais podem determinar o sucesso ou fracasso do relacionamento. Por isso, é importante identificá-los para evitar decepções e frustrações. Por exemplo:

É importante saber como a pessoa lida com o dinheiro

A questão financeira pesa muito na vida de um casal, por isso, é fundamental saber como um possível parceiro lida com esse quesito, afinal, problemas relacionados ao dinheiro estão entre as principais causas de brigas conjugais.

Se um é avarento e o outro é perdulário, a briga é certa. Se um é generoso e o outro econômico, é possível que se crie um relacionamento tóxico, onde um vai se sentir explorado e o outro, injustiçado.

O que uma relação representa para ele (a)

Para muita gente, o relacionamento romântico a dois está falido, o que dá lugar ao poliamor e aos relacionamentos abertos. O importante é jogar limpo e dizer o que pensa sobre isso. Traição é trair pactos, ou seja, o combinado não sai caro.

Ao mesmo tempo que a sociedade “se moderniza”, muita gente não aceita relacionamentos a 3, a 4 ou a 10. O casamento entre um tradicional e um libertino não vai dar certo. É bom que isso fique bem claro entre as partes para evitar ressentimentos e problemas futuroS.

Como a pessoa encara os problemas da vida

A maneira como os problemas são tratados pelo (a) parceiro (a), irá influenciar também nos desafios vividos pelo casal. Se um parceiro é estressado e o outro é calmo, isso pode até gerar um equilíbrio e um parceiro ajudar ao outro. Mas não é apenas sobre estresse, é sobre a maneira de encarar a vida. Um parceiro muito pessimista e estressado pode acabar com os nervos de qualquer pessoa. Melhor buscar equilíbrio escolhendo alguém mais afim no enfrentamento dos problemas da vida.

Como a pessoa trata seus pais

A forma como o (a) parceiro (a) se relaciona com seus pais e familiares pode denunciar quais as tendências ele terá no relacionamento a dois. Outro ponto a se considerar é que a relação dele com sua família poderá influir na vida do casal

Se a relação entre eles é conturbada, cheia de brigas, tensões, julgamentos e até violência, poderá prejudicar a vida do casal.

Objetivos de vida

Mesmo que cada um tenha objetivos distintos, é preciso que se apoiem mutuamente e, nesse sentido, olhem para a mesma direção, isto quer dizer, que contribuam para a felicidade um do outro.

Além do mais, existirão objetivos que precisarão ser compartilhados em comum pelos dois, como por exemplo:

  • Ter ou não filhos
  • Perspectivas de futuro
  • Onde querem viver
  • Estilo de vida

E para estabelecer esses objetivos é preciso diálogo e compreensão entre ambos.

Abertura para o diálogo

É preciso saber se o outro está disposto a ouvir e a ceder quando for preciso, pelo bem comum do casal.

Se um dos dois quer sempre ter razão e ser o dono da verdade, vai ser difícil dialogar e chegar a um entendimento quando necessário. Conhecer esse aspecto permitirá saber o quanto o outro tem abertura e flexibilidade para aceitar as diferenças. Se assim não for, a relação tende a ser uma história tóxica de submissão.

Outras questões

Outras questões importantes são, por exemplo:

  • saber se o outro é “espiritualizado” – para aqueles que acreditam isso ser muito importante
  • se o outro gosta de animais
  • se é mais ou menos ativo fisicamente
  • se fuma, bebe, gosta de sair etc.

São questões aparentemente bobas que, com o tempo, tendem a pesar. É importante conhecer a si mesmo e saber quais são os pontos que você não cede (por exemplo, tem gente que não suporta tabagismo). A questão central é não fantasiar a realidade para encaixar o outro em suas expectativas, nem tampouco o contrário: acreditar que pode mudar para atender às expectativas alheias.

Quem é você no relacionamento?

Além de saber sobre o outro, é preciso também saber sobre você mesmo. Por exemplo:

  • É amor ou vontade de amar? (O nosso amor a gente inventa, dizia Cazuza).
  • A afinidade existe ou está sendo forçada?
  • Existe vínculo e conexão de alma ou é só atração sexual?
  • Há algo que não gosta no parceiro e que te incomoda demais?
  • Sente-se feliz ou angustiado com a relação?
  • Você enxerga como o outro realmente é e o aceita de tal forma?
  • Quer realmente viver uma vida a dois e ceder pelo bem da relação quando for preciso?

Depois de avaliar todas estas questões, você  terá o embasamento necessário para entrar em uma relação com os pés no chão, sem ilusões ou falsas expectativas, e com maior lucidez.

Fontes:

Para mais conteúdos úteis sobre relacionamentos saudáveis, veja:

As 5 Linguagens do Amor para entender o interesse do outro

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O que é Embotamento Afetivo: Sinais, causas e como enfrentar o problema

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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