Por que sentimos fome de pele e temos vontade de abraços?

O toque físico é uma das várias formas de demonstrar amor. Como seres sociáveis, temos desejo de estar com quem gostamos e amá-los!

Depois do período pandêmico, hoje vemos e valorizamos a importância do tête-à-tête: abraços, beijos, conversas, olhos nos olhos, risadas, muito carinho e respeito.

E a ciência do toque explica: algumas pessoas têm realmente a necessidade química de abraçar e de contato, é o que chamam de ‘fome de pele’.

Fome de pele

Cristina Márquez Vega, pesquisadora do Instituto de Neurociências de Alicante conta:

“Quando nascemos, o primeiro sentido que se desenvolve nos humanos é o tato. E aprendemos sobre o mundo através do tato”.

Mas, o que é essa tal ‘fome de pele’? Será que pode ser uma necessidade química? Será que nosso corpo e nosso cérebro realmente sentem falta do abraço?

• A escola dinamarquesa onde abraçar é uma matéria que ensina a empatia
• Abraçar uma árvore para sentir-se bem
• Abraçar árvores diferentes produz curas específicas

O toque dos hormônios

A pandemia e o isolamento social foram responsáveis por nos distanciar de todos e qualquer contato com as pessoas.

Um estudo do Instituto de Pesquisa do Toque da Universidade de Miami, mostrou como o confinamento atingiu as pessoas:

• 26% dos indivíduos da pesquisa responderam que a quarentena fez com que sentissem muita falta de contato;
• 16% afirmaram sentir uma falta moderada;
• 97% relataram problemas para dormir.

Essas “dificuldades” são atribuídas à falta de serotonina, um dos hormônios cujos níveis aumentam quando tocamos e somos tocados. Para alguns, a insônia, por exemplo, pode ser um efeito colateral da pandemia.

Através da nossa pele e da liberação de hormônios, nos sentimos bem quando somos tocados de maneira afetuosa. Algo que, mesmo após a Covid-19, anda faltando pra muita gente.

Somos humanos e nada substitui a presença física

Sob nossa pele estão distribuídos diferentes tipos de sensores ou fibras nervosas que respondem ao toque. Carícias, abraços e outras formas de contato aumentam nossas Natural Killers (células essenciais em nosso sistema imunológico).

Após a pandemia, muita gente acabou ficando “para sempre” ou a maior parte do tempo trabalhando em casa, pois muitas empresas assim decidiram. Outras pessoas, com medo de contágios se isolaram. Isso não faz bem!

Nada substitui o toque e a presença física em termos de sociabilidade e bem-estar. As relações presenciais são essenciais para a saúde do corpo e da mente, apesar das relações virtuais estarem tomando conta do mundo.

©De’Andre Bush/Unplash

Rebele-se contra esse novo normal e tente ter contato de pele e de olhos sempre que possível. Mas, se não der, você pode tentar algumas atividades para suprir um pouco essa necessidade. Por exemplo

• acariciando um animal;
• fazendo automassagem;
• fazendo exercícios físicos.

Nada melhor do que encontrar uma amiga e tomar um café, namorar na praça, conversar, contar/escutar histórias e fazer amizades.

A vida acontece lá fora. Aproveite e aprenda ao máximo!

Fontes:

1. elpais
2. g1

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