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Como podemos estabelecer compromissos conosco para sermos felizes e realizados? Que acordo você tem consigo mesmo e com sua vida? Já parou para pensar nisso?
Com base nessas ideias, este conteúdo traz lições ensinadas no best-seller Os Quatro Compromissos (ou Acordos): Um Guia Prático para a Liberdade Pessoal, escrito por Don Miguel Ruiz, baseado no antigo conhecimento tolteca (povo pré-colombiano).
Este livro compartilha um código de conduta proveniente da antiga sabedoria tolteca, que revela como as crenças limitantes causam sofrimento e estagnação na vida de uma pessoa.
Este livro foi publicado pela primeira vez em 1997, traduzido para 48 idiomas em todo o mundo e teve mais de 12 milhões de cópias somente nos EUA.
O livro ganhou popularidade depois de ter sido divulgado por Oprah Winfrey em seu programa The Oprah Winfrey Show em 2001 e 2013.
Este livro também esteve na lista de best-sellers do New York Times por mais de uma década.
Miguel Ángel Ruiz Macías (nascido em 27 de agosto de 1952), mais conhecido como Don Miguel Ruiz , é um autor mexicano de textos espiritualistas e neoxamanísticos toltecas.
Seu trabalho se concentra nos ensinamentos antigos como meio de alcançar desenvolvimento pessoal e espiritual.
Antes de se tornar escritor, Don Miguel Ruiz era médico-cirurgião.
Embora seus pais, Sarita Vásquez e José Ruiz, acreditassem que ele se dedicaria a perpetuar o legado tolteca com o qual foi criado, ele decidiu seguir a carreira científica. Porém, tudo mudou quando sofreu um acidente de carro.
“Naquele dia de 1979, deitado no chão, sentiu deixando seu corpo. E quando se viu, perguntou:
Se eu não sou um corpo, o que sou?”
Até aquele momento, ele havia trabalhado como neurocirurgião nos Estados Unidos e se dedicava a realizar cirurgias no cérebro e na medula espinhal em conjunto com seus irmãos, também médicos.
A partir desse acidente, ele passou a se dedicar ao conhecimento que havia herdado de seus pais, relacionado à cultura tolteca:
“Sempre quis saber como funcionava a mente humana. Com essa intenção, deixei a medicina e me dediquei ao estudo da psique, para saber como o ser humano age e reage ao que percebe. Então, voltei ao que aprendi com meus pais e avós, esse legado dos toltecas, nome que significa ‘artista’.”
Ruiz passou 10 anos compartilhando seu legado com outros aprendizes dessa cultura. Tornou-se xamã, descobriu maneiras de viver melhor e se preparou para espalhar essa mensagem ao mundo.
O resultado de todo esse processo foi o livro: Os Quatro Compromissos.
A intenção dele ao escrever o livro foi trazer as pessoas de volta ao bom senso. Quem o lê percebe que no fundo já sabia de tudo o que estava escrito, mas lhe faltava colocar em prática.
Tolteca tem origem da língua náualtle (asteca) e significa “artista”.
Para a tradição tolteca, a vida é como uma tela na qual colocamos nossa obra de arte.
Os toltecas viveram há milhares de anos na atual região Centro-Sul do México e Don Miguel Ruiz é descendente desse antigo povo.
O escritor explica que os 4 compromissos fazem parte do caminho tolteca, que representa a busca de uma relação harmoniosa e de reciprocidade com tudo aquilo que nos rodeia.
A sabedoria tolteca pode nos conduzir a um desaprender saudável dos antigos hábitos e condicionamentos que nos levam a criar dramas e a viver uma vida cheia de sofrimento.
Ao assumirmos os 4 acordos ou compromissos, fortalecermos nosso ser interior e nos livramos das impressões externas e das máscaras que assumimos.
Em entrevista ao jornal El Tiempo, Don Miguel Ruiz revelou um dos pensamentos que norteia o seu trabalho:
Não é necessário acreditar em outros professores, outros gurus ou qualquer outra coisa, o mais importante é acreditar em nós mesmos.
Somos nossos próprios gurus e não devemos depender das opiniões de outras pessoas. Mas se pode entender e pegar o que funciona para nós e o que não funciona nós deixamos.
O objetivo dos ensinamentos, contidos nesta obra, é o de ajudar os leitores a transformar suas vidas em uma experiência gratificante de liberdade, felicidade e amor.
Segundo o autor, tudo o que uma pessoa faz é baseado em ‘acordos’ que ela criou para:
Estes acordos são maneiras da pessoa dizer a si mesma:
Desafortunadamente, existem acordos que causam problemas, porque vêm de um lugar de medo e têm o poder de esgotar a energia emocional e vital de uma pessoa, bem como diminuir a autoestima dela.
Esses tipos de acordos são autolimitantes e geram sofrimento desnecessário.
Nesta obra o autor também destaca que, para encontrar alegria, é preciso se livrar dos acordos impostos pela sociedade e baseados no medo que podem influenciar subconscientemente o comportamento e a mentalidade do indivíduo.
Outra premissa básica deste livro, aponta para o fato de que muito do sofrimento humano é autocriado e que, na maioria das vezes, os indivíduos têm a capacidade de transformar a si mesmos e os pensamentos negativos que podem ter sobre as situações que ocorrem em sua vida.
Nesse contexto, o autor propõe os 4 compromissos, ou acordos, para ser feliz, independente das circunstâncias externas.
Os 4 compromissos ou acordos, aos quais o autor de refere, são:
Segundo o autor, embora este acordo seja o mais importante, é o mais difícil de aplicar
“A dificuldade é que aprendemos a usar a palavra no sentido oposto.
Criamos nossa história pessoal indo contra nós mesmos, e o resultado é uma história cheia de drama e sofrimento.
Se formos impecáveis com nossas palavras, se dissermos apenas o que queremos dizer e evitar falar contra nós mesmos e fofocar, o resultado é que criamos nosso paraíso pessoal.
Nossa felicidade dependerá de como usamos nossa palavra.”
Ser impecável com a linguagem significa assumir a responsabilidade por suas ações e permanecer sem julgamento contra si mesmo e os outros.
Este acordo se concentra na importância de falar com integridade e escolher cuidadosamente as palavras antes de exteriorizá-las a quem quer que seja.
Através da palavra, expressamos nosso poder criativo
A palavra é o mais poderoso instrumento que possuímos, que tanto pode ser usado para nos libertar como para nos escravizar.
O primeiro acordo propõe ter consciência do poder da palavra e saber utilizá-la para promover uma realidade melhor.
Se passarmos a ser impecáveis com nossa palavra iremos, gradativamente, recriar nossa vida na direção do bem, do amor, da harmonia e nos libertar do conflito.
O segundo acordo transmite uma maneira de lidar com atitudes prejudiciais de outras pessoas.
Defende a importância de ter um forte senso de si mesmo e não se influenciar nem se apoiar nas opiniões alheias.
Quando crianças aprendemos a levar tudo para o lado pessoal, aprendemos com nossos pais, professores e sociedade.
Este é um hábito muito difícil de romper, embora não impossível.
Se quisermos rompê-lo, a primeira coisa é perceber que o temos: entender que aquilo que os outros dizem e fazem é uma projeção da realidade deles, não tem nada a ver conosco. A segunda coisa é praticá-lo.
Romper qualquer hábito é difícil, porque estamos acostumados. Uma vez que percebemos isso, nossa vida muda completamente.
Esse segundo acordo promove o respeito à individualidade e a visão de mundo única de cada pessoa.
Cada indivíduo tem suas próprias percepções e valores que são uma projeção de sua realidade pessoal.
Com base nesse acordo, a raiva, o ciúme, a inveja e até a tristeza podem diminuir ou serem dissipados, porque o indivíduo deixa de levar as coisas para o lado pessoal.
O terceiro acordo estabelece que fazer suposições ou tirar conclusões, pode levar ao sofrimento, por isso é recomendável evitar supor coisas.
Quando alguém presume o que os outros estão pensando, pode gerar mal-entendido, estresse e conflito interpessoal, porque uma suposição é algo relativo e subjetivo e pode fomentar injustiças e interpretações que não condizem com a realidade.
Este acordo promove o entendimento, sem julgamentos e condenações.
O quarto acordo permite uma melhor visão sobre como alcançar o progresso em direção aos objetivos de vida.
Este acordo implica na integração dos 3 primeiros acordos.
Envolve fazer o melhor que se pode, individualmente e dentro de sua realidade.
Fazer o seu melhor possível contribui para evitar culpas e arrependimentos.
Segundo o próprio autor da obra:
O mais difícil, sim, é quebrar hábitos.
A sabedoria dos toltecas não leva ao aprendizado, mas a desaprender todos esses hábitos que temos e que só nos levam a criar dramas e a viver uma vida cheia de sofrimento.
Com a prática dos 4 Acordos, advém o quinto acordo: “Seja cético, mas aprenda a ouvir”.
Ser cético é saber que aquilo que alguém diz é o que ele acredita ser verdade, mas não é necessariamente a verdade.
É saber que histórias são criadas e aprendemos a ouvir.
Ao ouvir o que dizem, podemos pegar o que torna nossa história melhor e rejeitar o que a torna pior.
Ao usar este quinto acordo, o que fazemos é restaurar o respeito por nós mesmos e pelos outros: eles têm o direito de acreditar no que quiserem, mas não de nos impor o que acreditam.
Imagine que você acredita que tem a verdade e que 7 bilhões de pessoas estão erradas…Sua verdade é questionável.
Seguir o quinto acordo nos dá uma paz interna baseada no respeito.
A palavra cético, neste contexto quer dizer: não acredite em tudo o que ouve ou em tudo que você aprendeu e acredita ser verdade, pois ninguém tem a verdade absoluta.
Veja neste vídeo do canal IlustradaMente, os príncipios de melhor viver, descritos no livro: Os 4 Compromissos:- O livro da Filosofia Tolteca – Um guia prático para a liberdade pessoal.
Ao incorporar os 4 acordos, os indivíduos serão capazes de viver uma vida mais leve e harmoniosa.
E para firmar esses 4 acordos com você mesmo, lembre-se:
Fontes:
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