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Na vida, todo mundo erra… Mas como é a sua relação com os erros que comete? Você admite que errou? Saiba que: dar o braço a torcer está longe de ser uma derrota. Na verdade, é uma grande oportunidade!
Entenda como fazer isso da melhor maneira possível.
Estar errado é um aspecto inevitável da condição humana. Admiti-lo, no entanto, pode ser extremamente desafiador.
E isso esbarra em uma questão ainda mais complexa, que vem antes de dar o braço a torcer: definir e identificar o erro.
ERRAR É APRENDER
Todo erro já é um aprendizado. Ao sermos capazes de identificar algo como “errado”, seja um erro nosso ou de outra pessoa, a percepção se transforma.
Quando a percepção se transforma, aprendemos.
Ainda assim, se vamos de fato implementar as consequências daquilo que aprendemos ao errar, ou se vamos insistir na atitude errada, cabe a nós decidir.
TAPA NA CARA
O erro nos faz perceber de maneira mais rica a realidade. O real tem uma força desmedida e incomparável.
O erro é a sua mente, ou as concepções antigas dela, dando de cara com o real.
Doloroso? Sim. Mas fundamental.
Adam Fetterman, pesquisador da área de psicologia social, explica:
“O que nos impede de perceber nosso erro é a teoria psicológica da dissonância cognitiva“.
O que Adam quer dizer é que, isso ocorre quando duas crenças ou comportamentos entram em conflito ou quando as ações de uma pessoa contradizem suas convicções, por exemplo, fumar sabendo que faz mal.
Ou seja, não admitir os nossos erros não acontece apenas de forma consciente.
O nosso cérebro trabalha a nosso favor para dissipar esta dissonância cognitiva, mexendo com a nossa memória para que realmente acreditemos que não erramos.
Você já deve ter ouvido alguém falar, ou já deve ter falado também, que não quer saber e não se importa com nada.
Mas, esse tipo de conflito interno gera ansiedade ou sentimentos de incerteza, dos quais instintivamente tentamos nos livrar, muitas vezes rejeitando uma informação que vai contra nossas crenças.
Ou seja, por medo de admitir um erro, às vezes tapamos o sol com a peneira.
ERRAR É HUMANO
Cometer um erro é a maneira mais fácil, e ao mesmo tempo mais contundente, de chamar a atenção para nossa impermanência, incompletude e imperfeição.
Isso é um lembrete de humanidade pulsante.
Que não condenemos o erro! Ele nos lembra, imediatamente, do quão humanos somos.
E, sendo humanos, inconclusos por excelência, que saibamos nos ajuntar com outras pessoas para nos completar, e que tenhamos bom-humor para aceitar a existência do erro em nossas vidas.
Como seres sociais, estamos constantemente à procura de aceitação dentro dos nossos grupos.
Quando erramos, tendemos a achar que corremos o risco de ficar mal na fita, de passar por um constrangimento ou de sermos cancelados.
Mas, na verdade, admitir erros melhora nossa reputação.
Quem dá o braço a torcer é visto como mais honesto, humilde, amável e aberto.
PERDER-SE FAZ PARTE DA VIAGEM
Erros geralmente significam desvios de trajeto, isto é, realidades que não correspondem às expectativas que alimentamos.
Na verdade, isso pode ser muito interessante.
Desviar-se é atividade costumeira para o viajante, assim como para quem aprende pelas vias da experiência e da descoberta.
Se não ficamos perdidos com alguma frequência, é sinal de que nos congelamos em nossas certezas, isto é, nos desumanizamos.
É natural ficar na defensiva ou tentar explicar por que você estava errado, mas isso acaba sendo uma forma de não assumir plenamente a sua responsabilidade.
O melhor a fazer, é admitir o erro o mais rápido possível sem maiores explicações e, depois, pedir desculpas se necessário.
Simples assim!
Saiba a hora de dizer: “Me desculpe, eu errei“.
Nada dura, nada é completo, nada é perfeito.
É com o erro que evoluímos.
Dê valor ao seu processo e, se necessário, dê um passo para trás, para dar dois para frente.
Fontes:
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