Síndrome de Gabriela: eu nasci assim, vou ser sempre assim


“Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre assim”… NADA PIOR DO QUE GENTE ASSIM.

Síndrome de Gabriela: gente que justifica seu modo egoísta de ser com a desculpa de ser “simplesmente” assim. Também pode ser verificado naquelas falas do tipo, “cada um tem um jeito de ser”, ou então, “seja você mesmo“.

A Síndrome de Gabriela não é uma síndrome propriamente dita, reconhecida na Psicologia. Mas nós brasileiros com nosso jeitinho de ser, achamos uma denominação perfeita para descrever certos tipos de personalidades, de pessoas resistentes às mudanças como diz a letra Modinha para Gabriela de Dorival Caymmi.

Perfectível e não perfeito

Para o historiador e professor Leandro Karnal, o homem é perfectível e não perfeito, a palavra perfeito significa completo, feito até o fim. Não sendo perfeito, o homem é um processo em construção.

Para a Psicologia e para a Filosofia, a Síndrome de Gabriela não existe, dado que para essas matérias, a pessoa é sempre passível de mudança, de aprimoramento e de transformação.

Logo, assim como ninguém é perfeito, o homem deve reconhecer seus defeitos bem como o das outras pessoas, como sendo uma marca natural do ser humano. E muito humildemente enxergar-se como um projeto que visa o aperfeiçoamento, provavelmente nunca encontrando a perfeição.

Isso é muito importante se alguém quiser viver em sociedade, pois a Síndrome da Gabriela atrapalha qualquer tipo de relação humana.

Sintomas da Síndrome de Gabriela

  1. São pessoas que não aceitam críticas
  2. São pessoas que pensam que não precisam mudar pois são os outros que devem se adaptar à ela.
  3. São de alguma forma narcisistas
  4. São perfeccionistas em algum grau
  5. São vaidosas
  6. Egoístas
  7. Muito resistentes às mudanças
  8. Podem ser críticas aos outros

Esses são alguns sinais, mas a característica marcante é aquela rigidez de caráter, justificada pela ignorância de acreditar que somos o que somos e não podemos mudar, como se tivéssemos nascidos prontos e acabados.

 A solidão na Síndrome de Gabriela

Quem quer ficar com uma pessoa com Síndrome de Gabriela que não muda nem que o mundo acabe? Ninguém, certo?

Pois nem sempre é assim.

Sempre existirá uma pessoa disposta a se submeter, a se adaptar, a implorar por afeto porque, quem tem Síndrome de Gabriela pensa assim: se não me quer assim, tem quem queira.

E é provável que, de fato, a Gabriela encontre alguém. Porém, alguém com autoestima muito duvidosa, afinal, em relacionamentos saudáveis não existe que um se molde para agradar ao outro só porque o outro é uma pedra rígida implacável.

Perdendo o senso da vida

Verdade seja dita. Pessoas com Síndrome de Gabriela perdem o maior sentido da vida que é o da evolução, seja como pessoa, seja espiritual.

Fechar-se em seu caráter justificando-se como natural: “eu nasci assim”, é jogar fora a oportunidade de ser melhor. Não há ninguém que não possa ser melhorado.

Fontes:

  1. Leandro Karnal – Admiradores – Youtube
  2. Nós da Questão – Marcos Lacerda Psicólogo
  3. Ana Beatriz Barbosa – Médica Psiquiatra

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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