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Por incrível que pareça, uma das frases mais buscadas no Google em 2021 foi exatamente essa do título: “como ser uma pessoa fria”. Provavelmente, a busca pode revelar que após decepções, pessoas busquem a frieza de caráter para se protegerem de novos dissabores da vida…
E estes vêm de todos os lados.
Ser frio significa conseguir manter certa distância das coisas, ser racional e não deixar que as emoções falem mais alto.
Poderia ser sinônimo de inteligência emocional. De fato, ser frio é uma característica às vezes necessária.
Há quem diga que ser frio pode ser uma característica adquirida com o tempo, mas você conseguiria mudar sua personalidade dessa maneira?
Em diversos tutoriais na internet, pessoas dão suporte a quem busca “dar um gelo” no namorado, cônjuge, amigo ou até mesmo no chefe. Como se não bastasse, essa maneira de ser pode ser até atraente para alguns.
Há quem argumente que a frieza é uma característica do signo, que venha da criação recebida ou que seja simplesmente um traço inato da personalidade. Mas a realidade é a seguinte: o número de pessoas frias, ou que queiram ser frias, vem aumentando muito de uns anos para cá, como demonstra a busca no Google. E isso não é pelo fato de Demi Lovato ter feito um grande sucesso com “Stone Cold”, mas sim pelas preferências e prioridades terem mudado.
A frieza tem se tornado uma característica bastante conhecida em um momento em que as decepções aumentam, já que a pandemia trouxe morte e desemprego, interações sociais pobres e desumanas via Skype, Zoom, etc. É como se as pessoas quisessem ser frias, estando prontas para qualquer porrada.
Ser frio, no âmago de sua personalidade, é diferente de parecer frio.
Você, com certeza já leu em algum livro, viu em um filme ou série, que mudar o comportamento com alguém que lhe fez mal o faria se sentir vitorioso, a famosa “volta por cima”. Isso poderia ser uma saída aos que sempre foram rotulados como “bonzinhos”, que sempre foram piadas na escola ou em casa, a maneira de ser levados a sério quando mais precisam.
Nesses casos, a pessoa veste uma máscara de frieza para se dar bem em certas situações. Mas a máscara pode cair pode cair ou, pior, um coração quente pode realmente se congelar com o treinamento da frieza. O que seria uma pena. Convenhamos!
O olhar confiante, a voz firme, a falta de sorrisos ou momentos engraçados fazem parte do “treinamento” de quem quer se tornar uma pessoa fria. Evitar as perguntas, falar sobre si mesmo ou repetir alguma fala ou ato, também são comportamentos de quem tenta ser alguém mais frio.
Zero empatia, digamos.
Ser direto, pouco insistente e sem delongas faz uma pessoa ser vista como alguém frio, que não gosta de pessoas e que prefere sua própria companhia.
Nos primeiros dias, a “atuação” pode parecer difícil, mas na mente já não há escapatória. É como se a zona de conforto mudasse e o indivíduo que tanto sofreu abrindo mão para os outros, quisesse se mostrar forte como uma rocha.
No final, o cérebro se adapta ao novo comportamento frio, de tal modo que ninguém mais o esquenta.
Tá certo isso?
A mudança de comportamento, ou melhor, de temperatura do quente para o frio, não é repentina, necessita de boas pesquisas e de uma grande observação da própria personalidade: “por que e como mudar o que vivi durante todo esse tempo?” Esse é um grande questionamento!
A mudança deve ser para o bem (de si e dos outros).
Às vezes é PRECISO ser frio. Por exemplo, quando temos um chefe demasiado exigente, um amigo demasiado folgado, um relacionamento abusivo, é preciso dizer não e dar um basta vestindo uma bela carapuça de frieza para ser respeitado, mostrando a mudança de comportamento.
Mas na maior parte dos casos, não é necessário ser frio. Uma boa conversa pode resolver grandes problemas.
Mas aqueles que precisam mesmo ser frios, porque se sentem desfrutados, explorados, etc, aqui vão algumas dicas sobre como ser (e não apenas parecer) ser frio.
Esperamos que tenham gostado e que esse post tenha te ajudado a ser uma pessoa fria (nas horas certas) porque de resto, esperamos por uma humanidade quente, contra a frieza dos robôs e das interações sociais cada vez menos humanas.
Beijo no coração de vocês e feliz ano novo (ou ciclo novo). De toda a Redação greenMe!
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