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Um ato de impaciência pode colocar a perder tudo o que uma pessoa levou muito tempo para conseguir.
Os grandes avatares, mestres e sábios, exaltavam a importância e o poder da paciência, e por isso eram ensinamentos vivos dessa virtude.
Partindo deste princípio, como nós simples mortais, cheios de contrastes e contradições podemos desenvolver a paciência frente às nossas vulnerabilidades, feridas emocionais, medos e estresse do dia a dia?
Este conteúdo traz informações para ajudar a compreender o que é necessário para desenvolver a paciência e utilizá-la nos momentos certos, em que essa virtude é tão necessária.
Com base nos significados encontrados nos dicionários, a palavra paciência está relacionados aos seguintes sentidos:
Dá para perceber que a paciência é uma qualidade que leva a agir com tolerância, perseverança e resiliência. Por isso, é tão importante desenvolver essa qualidade.
Paciência, quando bem usada, confere o poder de ter domínio sobre si mesmo, emoções e mente. Por isso, diante dos momentos desafiadores, um indivíduo que sabe ser paciente pode se sair melhor porque saberá manter a calma e o autocontrole.
A paciência nos ajuda a ter serenidade, compaixão e empatia conosco e com os demais.
Com paciência, deixamos de julgar e nos revoltar, e compreendemos melhor as adversidades e problemas da existência.
Assim, desenvolvemos um psicológico mais equilibrado e saudável.
Muitas causas e gatilhos da impaciência são provocados e alimentados pelas “entidades” que criamos e que habitam em nossa mente.
Robert Adams (1928-1997), professor norte-americano que ensinava a filosofia Advaita e foi discípulo direto de Sri Ramana Maharshi, ensinou:
“O único fardo que você já teve na sua vida foi a sua própria mente”.
“Para a maioria das pessoas, para ser feliz deve haver uma pessoa, lugar ou coisa envolvida em sua felicidade.
Na verdadeira felicidade, não há coisas envolvidas.
É um estado natural.”
Com base nesse ensinamento, é possível compreender que em nossa mente moram os vários “eus ou entidades” que foram se desenvolvendo com base nas informações que adquirimos do meio, e também através de nossas identificações aos estímulos do mundo externo.
Quando deixamos de nos influenciar por esses “eus” – que são a somatória de nossos condicionamentos, crenças, temores e padrões adquiridos – reinam a calma e a paciência, pois passamos a ser guiados pelo que está além da mente, o Ser. Nele, habita a paz, a neutralidade, a confiança e a amplitude.
A calma e a paciência nos dão o poder de nos adaptarmos às situações adversas, sabendo lidar melhor com as adversidades da vida.
Bhagavan Sri Ramana Maharshi (1879-1950), mestre de Advaita-Vedanta, ensinou:
“A única vida espiritual que você precisa é não reagir.”
A não reação é resultante da paciência e da calma frente às situações em que tudo poderia ser colocado a perder por um ato impensado e de impaciência.
Veja este vídeo do canal Corvo Seco, mais ensinamentos sobre viver com calma e assim cultivar a verdadeira paciência:
Sabemos que vivemos em um mundo onde existem intolerância, discriminação, violência, corrupção, injustiça e muitos outros problemas. Porém, para cultivarmos a paciência, precisamos sempre considerar que existem situações que podemos mudar, e outras que não estão sob nosso controle.
Quando não temos essa questão em mente, metemos os pés pelas mãos e nos complicamos, criamos mais problemas para somar com os que já existem, em vez de solucionarmos o que precisa de solução.
Alguns dos efeitos prejudiciais da falta de paciência são:
Além dos prejuízos já mencionados, a falta de paciência pode afetar negativamente a nossa energia.
Na escala abaixo, podemos perceber como a serenidade eleva a frequência vibracional de um ser humano. Por isso, é de vital importância desenvolver a calma e a paciência.
Escala de Hawkins da Consciência – Fonte foto: Portal Zen Daat
Além disso, por trás de um ato de impaciência há emoções que abaixam nossa energia, fazendo com que fiquemos suscetíveis à situações negativas que se alinham com essa vibração baixa.
Estados emocionais de baixa vibração que nos levam a expressar impaciência podem ser:
Para evitar de incorrer nos efeitos desastrosos da falta de paciência, precisamos saber como ter e usar a paciência nos momentos em que essa virtude se faz necessária.
Por isso, seguem alguns fundamentos para exercitar e desenvolver a paciência e tirar proveito de seu poder positivo:
Se nos identificamos com o problema, nossa mente cria mais problemas e com isso aciona emoções relacionadas ao medo, raiva ou orgulho, entre outros. Isso faz baixar nossa vibração e nos desequilibra. Assim, ficamos mais vulneráveis ao fracasso e a um surto emocional.
Quando uma pessoa conhece suas sombras, há mais chances de se autoconhecer e de saber lidar com o seu lado obscuro.
Muitas reações instintivas ou inconscientes, movidas por nossas sombras, desencadeiam atos de impaciência e revolta. Por isso, a autoinvestigação nos leva à percepção das causas dessas reações impulsivas.
As bases para a autoinvestigação são a auto-observação e a meditação.
Através dessas práticas, abrem-se caminhos para entrar em contato com o Ser (Luz Divina), onde reinam serenidade e plenitude. Assim, a paciência vem por acréscimo.
Ao aprender a usar a auto-observação para sair da identificação aos problemas, surge a maturidade emocional.
Através da maturidade emocional, vê-se as situações com mais lucidez, ponderação e menos pressa e desespero. Enfim, compreende-se que mais importante é com reagir às circunstâncias, em vez de se identificar com a mesma.
A empatia é uma habilidade interna que contribui para se ter mais paciência, principalmente frente aos erros alheios.
Muitos atos de impaciência são movidos por julgamentos, raiva e rancor em relação ao próximo.
Com um olhar mais empático, podemos perceber que aspectos que nos incomodam nos outros também podemos ter. Também é possível que, se estivéssemos vivendo a realidade de tal pessoa, poderíamos agir da mesma forma.
Com essa compreensão, paramos de julgar e entendemos porque as pessoas agem de determinada forma.
Pessoas que conseguem ter sucesso em seus empreendimentos e superam suas limitações, têm em comum a resiliência e a paciência. Para chegar onde chegaram, elas ouviram muitos nãos, enfrentaram dificuldades e até viveram fracassos.
Porém, ao invés de perderem a paciência e desistir, seguiram em frente com resiliência e transformaram todas essas vivências em sabedoria, tendo paciência para aguardar os resultados de seus esforços, como uma árvore que dá o fruto no tempo certo.
Os momentos de maior tensão e preocupação são os que menos favorecem a visão das situações com clareza e paciência. É como um oceano revolto onde não conseguimos ver suas profundezas por conta da agitação de suas ondas.
Para acalmar o nosso oceano e poder ver o que se passa de forma profunda, é necessário o relaxamento.
Relaxar nos ajuda a respirar direito, oxigenar o cérebro, pensar melhor e agir com calma.
Nesse contexto, quando vier a impaciência e o nervosismo, conte até 10, respire profundamente, olhe à sua volta, diminuía o ritmo, pare e preste atenção ao que desencadeou a impaciência.
Volte ao seu centro e dê um tempo, até as águas das emoções se acalmarem. Dessa forma, é possível resolver um problema sem perder paciência.
Muitos dos gatilhos que fazem surgir reatividade e impaciência estão atrelados aos ressentimentos do passado, ou à ansiedade pelo que possa acontecer no futuro.
Esses estados são solos férteis para irritação, insatisfação e impaciência, por isso, para sair deles é preciso viver o Agora, pois é no momento presente que estão a transformação e a solução.
A forma como reagimos no Agora, determina como nossa existência será delineada.
O externo é reflexo do interno, por isso, se vivemos bagunçados dentro, iremos refletir isso fora e isso se projetará em nosso estado emocional com atitudes e reações intempestivas e impacientes.
Fatores bioquímicos, estímulos materiais, impressões externas e estilo de vida podem ser combustíveis para gerar maior grau de impaciência no individuo.
Hoje em dia, vemos muitas pessoas aceleradas, com hábitos desregrados, estressadas, fazendo mil coisas ao mesmo tempo e sem paciência para esperar qualquer coisa. Isso se agravou mais ainda com o avanço tecnológico, a intensificação do uso de aparelhos eletrônicos e da Internet.
Toda essa aceleração e desequilíbrio prejudicam o funcionamento dos chakras, que são nosso centros de energia. Dessa forma, nosso emocional paga a conta, vindo a irritação, impaciência e tensão nervosa.
A paciência nos dota de um poder transformador e nos ajuda a:
E como diz cantor e compositor Lenine, na música Paciência:
“A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência”
Agora fique com a mensagem dessa música, que neste vídeo é cantada e tocada por Ana Mendes.
Se quiser cantar, a letra da música está logo abaixo:
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando, cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não… a vida não para)
Em suma, é preciso viver com cALMA para não gastar nossa energia e vitalidade com a impaciência e assim, viver melhor, com mais confiança e esperança.
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