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De onde vim? Para aonde vou? Quem realmente sou? Até agora, essas perguntas acompanham o homem, desde os primórdios de sua existência.
Somos apenas carne? Existe vida após a morte? Por que algumas não conseguem ter filhos nem com os tratamentos melhores e mais caros para engravidar? Assim como, porque algumas pessoas morrem jovens e de alguma doença mesmo dispondo de todos os recursos econômicos e médicos para prolongarem a vida?
Existe uma força maior que comanda a nossa vida e a nossa morte? Existe um espírito, um ser, uma energia responsável pela vida e pela morte que não é matéria, não é carne nem cérebro?
A ciência tenta desvendar esses mistérios e achar as respostas para essas perguntas, mas não consegue.
As religiões buscam dar as respostas através de explicações transcendentais, mas que estão distantes da percepção humana.
Nesse contexto, surgem as igrejas, os gurus, os guias e as seitas, para direcionar o homem naquilo que está além de sua compreensão. Disso advém os dogmas, as doutrinas e as crenças, que alguns chamam de espiritualidade.
Por outro lado, ser espiritual está além de seguir uma congregação ou frequentar um templo. Sendo assim, a religião pode acabar se distanciando da espiritualidade, em vez de se integrar à mesma.
Como se costuma dizer por aí:
Todos esses mestres espirituais viveram a espiritualidade, na profunda acepção da palavra.
A espiritualidade é um modo de ver e viver a vida, fundamentado no aprendizado, experiência, percepção e nível de consciência do indivíduo.
A religião é um corpo de ensinamentos, doutrinas, moral e filosofia que podem servir ou não como norte para a espiritualidade.
Infelizmente, várias religiões se institucionalizaram, se tornaram materialistas, fundamentalistas e dogmáticas, criando mais divisões, disputas e perseguições do que paz, amor e fraternidade.
Por isso, ser espiritual é diferente de ser religioso.
Para se ter uma ideia, existem ateus que são mais espirituais que certos religiosos. Isso ocorre porque a espiritualidade independe de crença ou de igreja.
Ser espiritual é respeitar a vida e ter um olhar contemplativo diante da existência, desde o micro até o macro da Criação.
Existem pessoas que não possuem títulos espirituais, não ensinam religião, não fazem práticas espirituais e até podem parecer insignificantes. Mas são verdadeiros mestres por viverem em amor, sabedoria, simplicidade, aceitação, serenidade e humildade.
Além disso, existe maestria também nos animais, pois eles nos ensinam muito sobre a vida como:
Para viver de fato a espiritualidade, é necessário compreender que a existência é um processo transitório, mas, ao mesmo tempo, intuir que cada ser e elemento da Natureza faz parte da energia que permeia todo o Universo.
A palavra religião vem do latim RELIGARE e significa ligar de novo. Partindo dessa etimologia, religião deveria ser um meio de nos conectar ao espiritual. Porém, na prática isso não tem ocorrido de forma satisfatória no mundo contemporâneo, em relação às grandes instituições religiosas.
Podemos nos tornar receptivos ao espiritual em um momento de meditação.
O estado meditativo nos faz perceber todo o Universo, como sendo UM com ele.
Meditar nos leva a perceber que somos mais do que um boneco de carne e osso ou uma máquina de pensar e fazer coisas.
Para vivenciar a meditação, não é preciso sentar em posição de lótus e estar em um templo, pois podemos estar em estado meditativo quando colocamos atenção aos nossos pensamentos, emoções, ações e ao que está à nossa volta. Fazendo tudo isso sem julgamentos, apenas permitindo que o silêncio e o vazio se manifestem e deixem a luz entrar, trazendo compreensão, intuição e revelação.
A espiritualidade pode se desenvolver de várias formas na vida de uma pessoa:
A fé está ligada à espiritualidade e é diferente da crença, pois não é fabricada pela mente e pelo ego. E nem é resultante do tempo, é atemporal.
Ter fé é intuir e sentir a confiança no fluxo da vida, compreendendo que a vida tem os seus processos e estamos aqui porque somos expressão de vida.
Fé é perceber que enquanto humanos, somos relativos, porém, como espíritos, estamos conectados ao Todo.
A espiritualidade perpassa por nossa humanidade e nos motiva a ser mais compassivos e respeitosos no diário viver, vendo o espiritual em tudo.
Há religiosos que se consideram seres altamente espirituais, por seguirem ritos, fazerem práticas, cumprirem disciplinas, ensinarem religião… Porém, tudo isso cai por terra se antes não formos humanos, exercendo nossa humanidade e reconhecendo o valor do próximo.
Ser espiritual não é um ideal, é algo real. É viver o dia a dia percebendo o movimento da existência; estando presente no aqui e agora, tanto dentro de si, como fora, percebendo como a vida nos impulsiona ao nosso melhor.
Ser espiritual é viver os contrastes da própria humanidade com suas dores, contradições, dúvidas, fraqueza, paixões, desilusões, tristezas, alegrias, mas também superação, amor, entrega, resiliência e sabedoria.
Espiritualidade é extrair da vivência de nossa humanidade, crescimento e elevação.
Desde pequenos, aprendemos que temos que ser alguém, quando na verdade já somos.
Que para ser alguém realizado temos que adquirir um diploma, conquistar posses, almejar um status, obter sucesso e competir com os outros para ser melhor.
Só faltou nos ensinar que quando acontece algo fora desse script que derruba todos esses condicionamentos e padrões de nossa sociedade, vem o choque da realidade de que somos perecíveis e vulneráveis. E que muitos acontecimentos fogem do nosso controle e quebram as nossas expectativas.
Acontecimentos como a descoberta de uma doença grave, a perda de um ente querido ou uma pandemia, como a que o mundo está vivendo, são fatos que escancaram a nossa necessidade de buscarmos uma Força dentro de nós, que antes era até ignorada.
Nesses momentos, nos abrimos e nos conectamos ao Superior e Transcendente e percebemos o que nos impulsiona a seguir em frente, mesmo em meio ao temor, à dúvida, o medo e o sofrimento.
Para viver a espiritualidade não há necessidade de templos, túnicas, aparatos religiosos e rituais. Mas, não tem problema existir esses recursos, desde que não sejam via de regra, como forma de moldar e aprisionar as pessoas.
Para viver a espiritualidade é só perceber a sua manifestação em cada instante:
Tudo isso é expressão da espiritualidade!
É o nosso olhar e a nossa relação com tudo que a vida nos dispõe e traz, que determina o quão espiritualizados nós somos.
Não adianta rezar todo o dia, ir à missa do domingo e humilhar o empregado, chutar o cachorro, maltratar a esposa, ser falso com o amigo e judiar do próprio corpo com abusos e vícios.
Espiritualidade é a nossa relação com a Vida.
Para viver a espiritualidade precisamos nos conhecer através da auto-observação.
Sentir gratidão pela Vida, pois esse estado eleva nossa vibração.
Buscar viver em equilíbrio dentro desse mundo dual e de opostos.
Reconhecer que a existência tem suas leis.
Silenciar, através da meditação, para que nosso espírito possa se manifestar.
Respeitar o meio ambiente e a Natureza, pois nestes existe muita expressão de sabedoria e amor. Quer algo mais espiritual que isso?
Ter mais compaixão e empatia para com outros seres. Como exemplo, deixando de se alimentar da dor, sofrimento e sangue de inocentes. Tornando o mundo um lugar melhor de se viver!
Logicamente, todas essas condutas precisam ser escolhas conscientes, que venham de uma dimensão que está além da mente e que nos levaàa profunda fé, consciência e compreensão que precisamos vivê-las, como expressão do amor e da sabedoria que vêm de nosso SER.
Espiritualidade e ter fé está mais além do que acreditar em milagre.
Na realidade espiritualidade é perceber que tudo na vida já é milagroso:
Espiritualidade é viver os milagres que se apresentam na vida cotidiana.
Saiba, independente de você seguir uma religião ou não, você já é um Ser Espiritual. Senão percebeu isso, desperte-se para essa realidade!
Por fim, fique com esse vídeo narrado por Sergio Ricardo Evangelista e que fala sobre o Milagre em nossa Vida:
Boa reflexão!
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Categorias: Segredos para ser feliz
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