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Você já se perguntou qual é o sentido da vida e se vale a pena viver? Pois questões filosóficas fundamentais como essas, nos fazem pensar sobre a sociedade da felicidade que vivemos, com a falta de recursos dados para sermos felizes e a possibilidade de cada vez mais vermos na eutanásia e no suicídio assistido soluções para os problemas da vida. Uma história em particular nos causa muitas reflexões. Confira!
Como conta a BBC, Jan e Els foram casados por quase cinco décadas. No início de junho, eles morreram juntos após receberem medicação letal de dois médicos. Nos Países Baixos, isso é conhecido como duo-eutanásia. É legal, mas raro – ainda assim, a cada ano, mais casais holandeses escolhem acabar com suas vidas dessa maneira.
Os dois, Jan, de 70 anos e Els, de 71, formavam um casal que adorava estar em movimento, tendo vivido a maior parte do casamento em um motorhome ou em barcos. Eles se conheceram no jardim de infância e viveram a vida compartilhando o amor por barcos e água. Trabalharam juntos em um negócio de transporte de mercadorias pelos canais dos Países Baixos e criaram um filho. Mas a idade trouxe problemas, como é natural que seja. Jan, sofria de dores contínuas nas costas e sua esposa começou a desenvolver demência.
Com o tempo, as condições físicas de Jan e a demência de Els se agravaram. Jan, em constante dor, e Els, incapaz de reconhecer plenamente seu entorno, decidiram que não queriam continuar vivendo assim. Eles discutiram a eutanásia, algo permitido na Holanda, e decidiram pelo fim de suas vidas juntos.
Muita gente vê romantismo na história, outras, uma maneira possível de acabar com as dores da vida e, ainda que a maioria critique a eutanásia por motivos religiosos, morais ou éticos, é fato que talvez, histórias como essa sejam cada vez mais frequentes em um futuro próximo.
Histórias como a de Jan e Els, bem como a de Zoraya, que teve permissão para morrer aos 28 anos, levanta questões profundas sobre a eutanásia e o suicídio assistido em nossa sociedade contemporânea.
À medida que enfrentamos desafios crescentes, como o envelhecimento da população, a depressão, o desemprego devido à automação e a inteligência artificial (IA), e uma cultura que valoriza a felicidade e a qualidade de vida acima de tudo, é possível que vejamos um aumento no número de pessoas que querem acabar com suas vidas, e de países que começam a permitir tais práticas.
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Nossa sociedade valoriza o prazer e a felicidade, portanto, a ideia de viver uma vida longa, mas cheia de sofrimento, é cada vez mais inaceitável para muitos. Casos como o de Jan e Els refletem uma tendência onde as pessoas buscam não apenas viver, mas viver bem. Quando a qualidade de vida diminui a ponto de o sofrimento superar os momentos de prazer e conexão, alguns podem considerar a eutanásia ou o suicídio assistido como uma opção válida.
A depressão é uma condição cada vez mais comum, exacerbada por fatores como isolamento social, estresse e, recentemente, pela instabilidade econômica. Com a ascensão da IA e a automação de empregos, a maioria das pessoas enfrenta incertezas sobre o futuro profissional e financeiro. O desemprego e a falta de propósitos podem levar a um aumento nos casos de depressão, influenciando mais pessoas a considerar a eutanásia ou o suicídio assistido como uma saída digna.
Nos Países Baixos, a eutanásia e o suicídio assistido são legais sob certas condições, refletindo uma abordagem progressiva e compassiva para o fim da vida. No entanto, a prática continua a ser controversa, com debates éticos intensos sobre a autonomia do paciente versus o valor intrínseco da vida humana.
Os avanços nos cuidados paliativos também desempenham um papel a ser considerado. Muitos argumentam que, com o suporte adequado, o sofrimento pode ser aliviado sem recorrer à eutanásia. No entanto, para alguns, a perspectiva de um fim de vida prolongado e doloroso, mesmo com cuidados paliativos, pode ser insuportável.
Questões difíceis e fundamentais sobre vida estão sendo colocadas à mesa, qual é o sentido de viver uma vida sem perspectivas, sem dignidade, sem recursos e com dores? À medida que enfrentamos os desafios do futuro, como a depressão, o desemprego e a busca incessante pela felicidade, é provável que a discussão sobre eutanásia e suicídio assistido se torne cada vez mais relevante.
Precisamos considerar cuidadosamente as implicações éticas, sociais e pessoais dessas práticas. É essencial garantir que as decisões sobre o fim da vida sejam tomadas com compaixão, respeito à autonomia individual e um profundo entendimento das complexidades envolvidas.
Caso você ou alguém que você conheça apresente sinais de alerta relacionados ao suicídio, ou caso você tenha perdido uma pessoa querida para o suicídio, confira alguns locais para pedir ajuda:
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