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Já ouviu alguém dizer que o vape (cigarro eletrônico) parece um pen drive? Após uma carga de energia na tomada, está pronto. Soltando vapor d’água e o cheirinho da sua preferência, o vape até parece inocente, mas é claro, faz tanto mal para a saúde quanto o cigarro tradicional (ou, até pior!).
Os riscos do cigarro eletrônico para a saúde são muitos. O problema é que ele é vendido no mercado como se fosse uma versão ‘boa’ do cigarro convencional.
Apesar de no Brasil, a comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar serem proibidas, o anúncio destes dispositivos são descritos como natural, livre de nicotina e “sem danos à saúde”, e são facílimos de encontrar à venda.
Por exemplo, é o caso da empresa IZ Health, que chegou a afirmar que os produtos funcionam como um “difusor de óleos essenciais” para vaporização. Além disso, para completar a fake news, na loja virtual há opções que reforçariam a imunidade e melhorariam a qualidade do sono. Todos “naturais”, com raízes e óleos de plantas.
O pneumologista Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), alerta os desavisados sobre a falta de regulamentação:
“Os riscos são muito grandes e os produtos teriam que ser submetidos aos processos de validação por meio de ensaios clínicos, incluindo grupos de seres humanos”.
A diferença do cigarro eletrônico para o cigarro convencional é a sua constituição química.
Os vapes ‘supostamente’ contêm concentrações menores de nicotina, que se encontra no estado líquido. Por outro lado, eles apresentam mais de 80 substâncias tóxicas que variam de acordo com o produto, tais como:
A combustão dessas substâncias é prejudicial, mesmo acontecendo em uma temperatura menor do que a do cigarro convencional. Muitos desses ingredientes servem para dar o gosto adocicado e estão intimamente relacionados ao surgimento de câncer.
Não existem vapes sem danos à saúde.
O funcionamento é o seguinte: após colocar o produto na boca e sugá-lo, o líquido (essência) inserido no cartucho é aquecido internamente e, depois da tragada, resulta no vapor (fumaça).
O pneumologista explica:
“Não é porque a combustão acontece em temperaturas mais baixas, que ela é mais saudável. Ninguém sabe nada direito sobre o que há nesses produtos e você está colocando isso para dentro e brincando com a saúde”.
Outro ponto é a bateria/carga do dispositivo. Em alguns modelos há vazamentos de metais dela para o vapor aspirado. O níquel, por exemplo, já foi associado ao câncer dos seios paranasais, na face.
Os cigarros eletrônicos estão associados, além das doenças pulmonares, oncológicas e alta dependência, à doenças cerebrais, cardíacas e gastrointestinais. E, de acordo com a OMS, cerca de 70 % dos usuários têm atualmente entre 15 e 24 anos.
Os cigarros eletrônicos são tão perigosos que já existe uma doença específica ligada a eles. É a lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico ou produto vaping, mais conhecida pela sigla em inglês: EVALI. Os sintomas vão desde:
Pela Anvisa, cigarros eletrônicos são proibidos. Mas se você for até a esquina de sua casa, com certeza achará algum para comprar.
Se você acha que o cigarro eletrônico faz ‘menos’ mal do que o cigarro convencional, abra seus olhos! A ciência ainda não sabe exatamente quais são os seus efeitos a longo prazo, mas o que já se sabe, é assustador.
NÃO fume.
Fontes:
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Categorias: Saúde e bem-estar
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