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Quem fuma está lascado. E por que não param de fumar? De certo, não por ignorância dos fatores de risco, pois cada vez mais, estudos evidenciam os prejuízos do tabagismo à saúde. Hoje vamos falar de um novo estudo.
Uma pesquisa internacional examinou o impacto da fumaça do tabaco na população chinesa, onde cerca de 66% dos homens adultos são fumantes. Todos os anos, o tabagismo mata cerca de 1 milhão de pessoas somente na China. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco mata mais de 8 milhões de indivíduos.
Não à toa, o tabagismo é considerado a maior ameaça à saúde pública e o principal fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis em todo o mundo.
Através do China Kadoorie Biobank, um rico banco de dados de dados genéticos e registros médicos, os pesquisadores analisaram os dados de mais de meio milhão de cidadãos chineses, tendo-os acompanhado por um período médio de 11 anos, de 2004 a 2008, registrando vários dados sociodemográficos, de saúde e estilo de vida.
Os participantes tinham idades entre 30 e 79 anos e eram maioritariamente mulheres (cerca de 300.000 contra 210.000 homens). Foi dada especial atenção ao comportamento tabágico, como a idade em que os participantes começaram a fumar (se o fizeram), se pararam e quando, se o hábito era regular e que tipos de produtos usavam.
Uma análise dos dados mostrou que muitos homens fumavam regularmente (cerca de 74%) contra apenas 3,2% das mulheres. Durante o período de acompanhamento, quase 50.000 participantes morreram e houve aproximadamente 1,14 milhão de novos casos de doenças.
Ao todo, foram analisadas 85 causas de morte e quase 500 patologias diferentes. Cruzando todas as informações, descobriu-se que o tabagismo esteve associado a um risco maior de
No geral, os fumantes regulares tiveram um risco 10% maior de desenvolver qualquer tipo de doença, enquanto para condições individuais, o risco variou de +6% para diabetes a +216% para câncer de laringe.
Para as mulheres, apesar de fumarem bem menos que os homens, elas apresentavam riscos comparáveis para doenças respiratórias graves, sugerindo uma “vulnerabilidade particular aos danos do tabagismo”.
A pesquisa também revelou que, aqueles que haviam decidido parar de fumar, antes do desenvolvimento de doenças, cerca de 10 anos após o abandono, tinham um risco de adoecer comparável ao de quem nunca fumou.
A verdade que a pesquisa deixou clara é que metade das pessoas que começaram a fumar jovens, morrerão por causa do tabagismo se não pararem em tempo.
Os detalhes da pesquisa “Tobacco smoking and risks of more than 470 diseases in China: a prospective cohort study” foram publicados na prestigiosa revista científica The Lancet Public Health.
Fonte: University of Oxford
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Categorias: Saúde e bem-estar
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