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Um estudo mostrou que a dieta vegana reduz em 88% as ondas de calor (os famosos fogachos da menopausa) em mulheres durante o climatério.
As ondas de calor são aumentos repentinos na temperatura corporal, desencadeados pela flutuação hormonal que ocorre na pré e pós-menopausa (período chamado climatério).
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Mulheres veganas passam por esse período sem sentirem esse efeito, ou os têm em maneira muito reduzida, o que é uma grande vantagem do ponto de vista do bem-estar físico e mental.
O fogacho é causado por uma dilatação dos vasos sanguíneos superficiais que levam a uma intensa sensação de calor e de vermelhidão generalizada. Os sintomas acometem a maioria das mulheres nesta fase da vida e podem ocorrer várias vezes ao dia, com duração variável.
Algumas mulheres relatam sentir as ondas de calor durante a noite, o que atrapalha o sono e tem um impacto significativo sobre a qualidade de vida.
Para reduzir tais sintomas, muitas mulheres recorrem aos suplementos à base de estrogênio e outras terapias hormonais, mas muitas vezes estes tratamentos implicam em efeitos adversos. Agora, o que um novo estudo mostra é que ser vegano, além de todos os benefícios para o meio ambiente e para os animais, é também uma maneira muito mais saudável de evitar os sintomas da menopausa, e sem contraindicações ou efeitos colaterais.
No estudo desenvolvido por uma equipe de pesquisa norte-americana, foram analisados os dados de 84 mulheres na pós-menopausa que sofreram pelo menos duas ondas de calor de moderada a grave por dia.
As voluntárias foram divididas aleatoriamente em dois grupos:
Cruzando todos os dados, os cientistas observaram que as ondas de calor eram reduzidas de 88% nas mulheres que seguiram a dieta vegana, enquanto nas do grupo controle 34%. No final do período de observação, 50% das mulheres do grupo de intervenção já não mais apresentavam ondas de calor moderadas ou graves.
Os resultados foram comparáveis aos obtidos com suplementos de estrogênio e outras terapias hormonais, mas sem os mesmos efeitos colaterais.
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É possível que a soja – alimento rico em isoflavonas, hormônios vegetais (fitoestrogênios) semelhantes aos estrogênios – possam influenciar positivamente os fluxos hormonais nessa fase da vida da mulher.
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“Ainda não entendemos completamente por que essa combinação funciona, mas parece que esses três elementos são fundamentais: evitar produtos de origem animal, reduzir a gordura e adicionar uma porção de soja”, disse em um comunicado à imprensa Neal Barnard, professor da Escola de Medicina e Ciência da Saúde da Universidade George Washington, e coordenador da pesquisa.
“Nossos resultados refletem dietas de lugares ao redor do mundo, como o Japão pré-ocidental e a atual Península de Yucatán, onde uma dieta com baixo teor de gordura e à base de plantas, incluindo soja, é mais prevalente e onde as mulheres na pós-menopausa manifestam menos sintomas”.
“Essas novas descobertas sugerem que uma mudança na dieta deve ser considerada um tratamento de primeira linha para sintomas vasomotores incômodos, incluindo suores noturnos e ondas de calor”, acrescentou o especialista.
Além disso, mulheres que seguiram a dieta vegana com baixo teor de gordura também perderam uma média de 3,6 quilos ao longo das 12 semanas, outro ponto positivo sobre o padrão alimentar vegano.
Os detalhes da pesquisa “A dietary intervention for vasomotor symptoms of menopause: a randomized, controlled trial” foram publicados na revista científica Menopause.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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