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A mulher está naquela idade, final dos 40, início dos 50, menstruação irregular ou teve menopausa (a última menstruação). Começa a sentir um calor estranho, o famoso fogacho que, no verão ou em períodos muito quentes, pode ser confundido com calor climático. Como diferenciar o calor do fogacho?
Pensando nisso, este conteúdo traz um série de aspectos relacionados com o fogacho, para que a mulher que está enfrentando ou venha a enfrentar este sintoma do climatério, saiba diferenciá-lo de um calor comum provocado pelas altas temperaturas.
Na realidade, o fogacho é o sintoma mais incômodo e perturbador da menopausa, ou melhor do climatério.
Menopausa é a última menstruação, climatério é o período de transição do período reprodutivo ao não-reprodutivo de uma mulher.
Os fogachos podem surgir durante o climatério, ou seja, antes, durante e depois da menopausa (o último ciclo menstrual).
O fogacho nada mais é que um intenso calorão que provoca a sensação de estar “perto de uma chama de fogo”. Esse calorão incide mais na parte superior do corpo, partindo da cabeça, afetando peito, pescoço e rosto.
Dependendo do nível de intensidade, o fogacho chega até a causar uma sensação de sufocamento, confusão mental, taquicardia ou palpitação, ruborização da face e intensa sudorese (transpiração).
O desconforto do fogacho gera também vários outros sintomas e distúrbios como:
Saiba mais sobre as alterações da menopausa em:
Diferentemente do calor comum, o fogacho ocorre repentinamente, em ondas de calor intenso que aquecem muito a cabeça e partes próximas, que podem acontecer até no inverno e em épocas mais frias.
Logicamente, essa sensação se agrava em virtude do calor, juntando a quentura do fogacho com a do clima.
O fogacho se dá pela diminuição do nível de estrogênio, que desencadeia a oscilação da temperatura corporal.
A temperatura do corpo é controlada pelos processos de vasodilatação e vasoconstrição, que em parte dependem do hormônio estrogênio.
Em resposta à esta oscilação na temperatura corporal o hipotálamo, que funciona como termostato do corpo, inicia uma cadeia de eventos fisiológicos como:
A sensação de calor causada pelo fogacho dura entre 2 e 4 minutos, mas diga-se de passagem, para quem a sente parece uma eternidade!
Quando cessa a onda de calor, surge o calafrio, um mecanismo usado pelo corpo para restaurar a temperatura habitual do organismo.
Em algumas mulheres as ondas de calor surgem várias vezes ao dia, podendo também aparecer enquanto dormem.
Os calores noturnos atrapalham o sono e podem levar à insônia.
Se a mulher também tiver problemas como ansiedade ou depressão, estes estados podem ser agravados.
Os fogachos acometem até 3/4 das mulheres e costumam surgir quando a menopausa se aproxima.
Em 80% dos casos os fogachos duram por mais de um ano.
Na maioria das vezes, este sintoma pode durar 2 ou 3 anos.
Em 25% das mulheres pode durar por mais de cinco anos e em cerca de 10% pode perdurar até depois dos 70 anos de idade.
Alguns fatores podem ser desencadeantes ou agravar ainda mais o fogacho, tais como:
O acúmulo de gordura tem efeito isolante e retém calor, aumentando ainda mais a intensidade dos fogachos.
O tabagismo antecipa a menopausa e favorece a incidência dos fogachos porque as fumantes tendem a ter problemas hormonais e circulatórios, que são intensificados com os distúrbios da menopausa.
O sedentarismo na menopausa pode causar impactos na saúde feminina como: retenção de líquidos, aumento de peso, falta de energia física, cansaço, irritação e desmotivação.
Além disso, pode prejudicar a saúde dos vasos sanguíneos que já são afetados pelos fogachos.
O álcool e o café estimulam a dilatação dos vasos sanguíneos, o que intensifica ainda mais a sensação de fogacho.
Aquelas mulheres que vivem muito estressadas recebem uma carga maior de cortisol, que como reposta, provoca vasodilatação dos vasos sanguíneos, o que pode agravar os fogachos na menopausa.
A retirada do útero (histerectomia) provoca a queda do estrógeno, o que pode desencadear o surgimento dos fogachos.
Segundo pesquisas, a etnia influi na fase de duração desse distúrbio na vida da mulher.
Este estudo evidenciou que mulheres afro-americanas e hispânicas têm ondas de calor por mais anos do que mulheres brancas não hispânicas e asiáticas.
Tal resultado se deveu ao fato de que os pesquisadores encontraram diferenças significativas entre os grupos étnicos.
As afro-americanas relataram os sintomas mais duradouros, continuando por uma média de 10,1 anos – duas vezes a duração média dos sintomas das mulheres asiáticas.
A duração foi mediana para mulheres hispânicas, de 8,9 anos.
E para as brancas não hispânicas, foi 6,5 anos.
As razões para as diferenças étnicas em relação aos sintomas da menopausa podem ser genética, dieta alimentar, fatores reprodutivos, entre outras.
Veja como prevenir os sintomas da menopausa em:
O tratamento médico convencional para quando as ondas de calor da menopausa estiverem prejudicando a saúde e qualidade de vida da mulher, tem sido a reposição de estrogênio. Porém, por curto período de tempo (2 ou 3 anos) devido aos efeitos colaterais e às reações adversas desse tratamento hormonal.
Por isso, muitas mulheres buscam ficar livres dos fogachos recorrendo a outros tipos de tratamentos, que sejam mais naturais ou com menos riscos.
Veja nos conteúdos abaixo formas naturais de prevenir ou combater os sintomas da menopausa:
A nutricoach Patricia Figueiredo, neste vídeo do seu canal, explica de forma objetiva o que provoca o fogacho e o que desencadeia no corpo:
Em suma, o fogacho é uma quentura que não depende do calor externo.
O fogacho tem como causa principal a desregulação hormonal que acontece com o fim da fase fértil da mulher.
É caracterizado por ondas repentinas de calor, que começam na cabeça, podem se espalhar pelo corpo, e podem ser seguidas de calafrios para o reequilíbrio da temperatura corporal.
Podem ocorrer de noite, no inverno e quando menos se espera. No verão, as ondas de calor podem piorar por causa do clima quente.
De qualquer forma, é importante não se envergonhar de um processo natural da vida, que toda mulher irá passar, algumas com mais, outras com menos fogo.
O importante é estar tranquila. Tudo passa!
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Categorias: Saúde e bem-estar
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