Como saber se você tem carência de Vitamina D?


A vitamina D virou moda durante a pandemia pois falou-se muito sobre uma possível relação de sua carência com a suscetibilidade de contrair Covid-19.

Alguns sintomas de sua carência podem ser bem inusitados.

Fique atento aos sinais!

Entenda melhor sobre a falta de vitamina D no corpo.

A deficiência de vitamina D tornou-se um problema cada vez mais comum para muitas pessoas.

De acordo com alguns estudos, um nível insuficiente da vitamina D esteve associado a um aumento de 80% no risco de contrair COVID-19, enquanto outros negam esse link:

Seja como for, a vitamina D é fundamental para diversas funções orgânicas. “Seus principais benefícios são regular a absorção de cálcio e fósforo pelo organismo, manter o cérebro funcionando, fortificar ossos, dentes e músculos. Para as mulheres, ela é fundamental na prevenção da osteoporose”, diz o Hospital Osvaldo Cruz.

Mas, como saber se você está consumindo o suficiente do nutriente?

Sintomas de carência de vitamina D

Continue lendo para conhecer alguns sinais que podem indicar deficiência de vitamina D.

Cansaço

A falta de vitamina D, por exemplo, pode contribuir para uma sensação de cansaço constante, de acordo com um estudo publicado no Global Journal of Health Science.

Entre os participantes da pesquisa que relataram fadiga frequente, cerca de 89% deles apresentavam níveis inadequados de vitamina D.

Dor na lombar

Dor nas costas é um problema presente na vida da maioria dos adultos.

Mas se a dor (particularmente a dor na lombar) for constante, faça alguns testes de níveis de vitamina D.

Uma pesquisa publicada no Journal of the American Geriatrics Society concluiu que concentrações mais baixas de vitamina D estavam ligadas a dores nas costas (mais significativamente em mulheres).

Fraqueza ou dores musculares

Fraqueza, dores nos músculos e cãibras podem significar que você não está recebendo vitamina D suficiente.

Especialmente durante o inverno.

Níveis baixos de vitamina D, principalmente em crianças, também podem levar ao raquitismo, de acordo com a Cleveland Clinic.

Desconforto ósseo

  • Dor nos ossos;
  • ou sensibilidade óssea,

pode ser devido a uma deficiência de vitamina D, com mais intensidade nas áreas do esterno ou da tíbia, segundo um estudo publicado na revista American Family Physician.

Distúrbios do sono

Baixos níveis de vitamina D podem ter um impacto na qualidade do sono.

Em uma pesquisa publicada na revista Nutrients com 9.397 indivíduos, confirma que a deficiência de vitamina D está associada a um risco maior de distúrbios do sono, prejudicando diretamente a saúde.

Tontura

Carência de vitamina D pode causar o desenvolvimento do distúrbio da vertigem posicional paroxística benigna (BPPV), que  é a sensação de estar girando/rodando ou tontura.

Perda de cabelo

A deficiência de vitamina D pode causar perda de cabelo, especialmente para as mulheres.

Um levantamento publicado na revista Skin Pharmacology and Physiology mostrou que mulheres com queda de cabelo tinham níveis muito mais baixos de vitamina D do que aquelas que não estavam perdendo cabelo.

Problemas de pele

A dermatite atópica (vermelhidão e coceira na pele), que é um tipo comum de eczema, pode estar associada à deficiência de vitamina D.

Segundo uma pesquisa publicada no British Journal of Dermatology, pessoas com baixos níveis de vitamina D são mais propensas a ter sintomas mais graves de problema de pele.

Má cicatrização de feridas

Caso você esteja tendo problemas com cicatrização de hematomas e/ou machucados, isto pode significar que é necessário aumentar sua ingestão de vitamina D.

Um estudo publicado no Journal of Dental Research confirmou que os níveis de vitamina D são críticos para a cicatrização pós-cirúrgica.

Casos de gripe frequentes

Se você fica doente constantemente, isto pode ser um indício de deficiência de vitamina D, de acordo com uma estuda publicada na revista Molecular Nutrition and Food Research.

A vitamina D tem uma conexão direta com a forma como o sistema imunológico responde a várias infecções e vírus.

Além disso, endocrinologistas e pesquisadores concluíram que níveis inadequados da vitamina estavam associados a um risco aumentado de

  • câncer;
  • doenças autoimunes;
  • hipertensão;
  • e doenças infecciosas.

Disfunção erétil

Existem muitos fatores que contribuem para a disfunção erétil (DE), como:

  • álcool;
  • tabagismo;
  • pressão alta;
  • e diabetes.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Johns Hopkins, a vitamina D também pode ser uma causa direta.

A pesquisa descobriu que homens com deficiência de vitamina D eram 32% mais propensos a ter disfunção erétil do que homens com níveis normais de vitamina D.

Infecção urinária

Baixos níveis de vitamina D podem ajudar bactérias a entrarem no trato urinário, causando uma infecção do trato urinário (ITU).

De acordo com um estudo publicado no International Journal of Infectious Diseases, os pesquisadores descobriram que as ITUs recorrentes em mulheres estavam associadas a uma deficiência de vitamina D.

TPM intensa

Sintomas graves de TPM podem ser o resultado de pouca vitamina D no corpo.

Segundo pesquisas, mulheres que aumentaram a ingestão da vitamina tiveram um risco 40% menor de desenvolver dores e cólicas insuportáveis ​​do que as outras.

Complicações intestinais

De acordo com um estudo publicado na revista Alimentary Pharmacology & Therapeutics, a carência de vitamina D pode aumentar o risco de desenvolver DII e influenciar sua gravidade.

A doença inflamatória intestinal (DII) consiste de sintomas como:

  • diarreia;
  • dor abdominal;
  • e fadiga.

Se você consome a quantidade certa de vitamina D, o risco de inflamação do trato digestivo pode diminuir.

Sobrepeso

Níveis baixos de vitaminas D podem ser um indicativo de sobrepeso.

Uma pesquisa publicada na revista Obesity Reviews descobriu que indivíduos obesos são 35% mais propensos a não ter a quantidade certa de vitamina D no corpo.

Depressão

De acordo com uma análise publicada no The British Journal of Psychiatry com 31.424 participantes, baixos níveis de vitamina D estão associados à depressão.

Sabe por quê? Os receptores de vitamina D ajudam a regular o humor.

Ou seja, com uma deficiência de vitamina D, um indivíduo é mais propenso a sofrer de depressão.

Problemas nas articulações

A falta de vitamina D no sangue leva a uma resposta inflamatória, causando dor e inflamação nas articulações.

A dor nas articulações ou nas juntas, pode ter ligação com a falta da vitamina no corpo.

Fique de olho.

Transpiração excessiva

O suor excessivo também pode ser um sinal de deficiência de vitamina D.

Em atividades físicas intensas ou quando está muito calor, a transpiração é normal.

Mas, em exercícios comuns, como atividades normais ou moderadas com temperatura amena, a transpiração excessiva pode indicar carência de vit D.

Hipervitaminose D

Sabemos que a falta de vitamina D traz problemas.

Mas, as superdosagens da vitamina também podem apresentar sérios riscos à saúde, quando usadas de maneira desnecessária.

A hipercalcemia, ou seja, o excesso de cálcio no sangue, é uma das consequências do excesso de vitamina D.

Pode provocar pedras nos rins e a perda da função do órgão.

A hipervitaminose D também pode, paradoxalmente, prejudicar a saúde dos ossos, pois induz ao desequilíbrio da renovação dos tecidos ósseos, entre outros problemas.

Quem realmente precisa fazer suplementação de vitamina D

Então é importante determinar quem realmente precisa realizar exames e fazer suplementação dessa vitamina:

  • pessoas acima dos 60 anos;
  • sujeitos que sofrem quedas e fraturas recorrentes;
  • gestantes e lactantes;
  • indivíduos com osteoporose e doenças osteometabólicas, tais como raquitismo e osteomalácia;
  • portadores de doença renal crônica;
  • situações de má absorção de nutrientes, como quem tem doença inflamatória intestinal ou fez cirurgia bariátrica;
  • pessoas que usam medicações que podem interferir com a vitamina D: antirretrovirais, corticoides, anticonvulsivantes;
  • pacientes com câncer;
  • Presença de sarcopenia (perda de massa e força muscular);
  • diabéticos;
  • indivíduos com obesidade;
  • pessoas que não se expõem ao sol ou possuem contraindicação a essa exposição;
  • pacientes com insuficiência cardíaca.

Consulte um médico

Consulte um médico em qualquer dúvida pois não é uma boa ideia tomar suplemento por conta própria.

Suplementos vitamínicos devem ser usados com receita e se realmente for necessário.

Lembre-se que a alimentação e hábitos equilibrados são a chave para uma vida saudável.

Tome sol moderadamente!

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Lara Meneguelli


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