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A varíola do macaco é uma infecção viral rara que é semelhante à varíola humana. No entanto, não é tão mortal quanto a varíola.
É transmitida de animais para humanos e também pode ser transmitida por meio do contato humano para humano.
À medida com que a doença se espalha pelo mundo, muitos estão se perguntando se corre o risco de se tornar uma nova pandemia.
Até agora, 92 casos foram identificados em países onde a doença não é endêmica.
Para aqueles que contraem o vírus, os sintomas incluem:
Casos positivos foram encontrados na Austrália, Canadá e EUA, e países europeus como Bélgica, França, Alemanha, Itália, Suécia e Holanda.
Espanha e Portugal, até domingo, tinham entre 21 e 30 casos.
No entanto, os números mais altos estão no Reino Unido.
Estados Unidos e países europeus já iniciaram a compra de vacinas imunizantes.
A varíola do macaco ou Monkeypox é geralmente leve e nenhuma fatalidade ainda foi registrada entre os casos positivos.
De acordo com especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a propagação da varíola dos macacos é diferente da COVID-19 e mais fácil de conter.
Mas, a semelhança entre Covid e Monkeypox, é que ambas são doenças zoonóticas (que passam de animais para humanos).
Acredita-se que a COVID-19 tenha se espalhado a partir de um morcego na China.
Outras doenças zoonóticas que se espalharam de animais para humanos incluem HIV/AIDS, antraz e Ebola.
O Monkeypox foi descoberto em macacos em 1958 e o primeiro caso humano registrado foi em 1970.
Nos países africanos onde a doença é mais comum, foram encontradas evidências do vírus da varíola dos macacos em muitos animais, incluindo:
A Dra. Gladys Kalema-Zikusoka, fundadora e CEO da Conservation through Public Health explica:
“As pessoas que vivem em áreas florestais ou próximas podem ter exposição indireta ou de baixo nível a animais infectados”.
O contágio de animais para humanos pode ser causado por uma mordida ou arranhão, sendo os roedores os portadores mais prováveis.
Outras zoonoses podem ser transmitidas por meio de carne e produtos animais mal preparados (foi assim que o antraz foi espalhado).
Com a varíola, a atual transmissão de humano para humano em países não endêmicos está acontecendo através do contato próximo entre as pessoas.
Embora doenças como COVID-19 e Ebola representem mais uma ameaça à vida do que a varíola, as doenças zoonóticas representam desafios particulares para as populações humanas.
Kalema-Zikusoka ressalta:
“Com altas densidades populacionais humanas, particularmente nas áreas urbanas, a varíola dos macacos pode se espalhar mais facilmente entre as pessoas e para diferentes continentes por meio de viagens aéreas.
As doenças zoonóticas podem ser difíceis de tratar se não forem comuns e nem todos tiverem cura direta”.
Levou muitas décadas para desenvolver o tratamento altamente eficaz para o HIV, por exemplo, e que ainda não existe nenhuma vacina realmente eficaz disponível.
Essa realidade faz com que as doenças zoonóticas em humanos se tornem tão perigosas:
Cada caso é um caso. Um tratamento para determinado vírus, não é o mesmo para outro.
Informar e educar as pessoas é uma maneira de prevenir doenças zoonóticas.
Por exemplo, ensinar os perigos de comer determinados alimentos que possam estar contaminados e aplicar, de fato, as leis para caça ilegal, fortaleceria a educação sobre conservação não só da propagação de doenças, mas também acabaria com o desmatamento e o acesso humano em habitats selvagens.
Reduzir doenças infecciosas e zoonóticas emergentes depende, acima de tudo, da conscientização da população mundial e da ação das autoridades com atividades mitigadoras para combater a disseminação de novos vírus no mundo.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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