Osteoporose: remédios naturais e tratamentos alternativos


A osteoporose é um distúrbio que provoca o enfraquecimento dos ossos tornando-os quebradiços e suscetíveis a fraturas. Conheça formas de prevenir, remédios naturais e tratamentos alternativos para a osteoporose.

O que é osteoporose e quais são os fatores de risco

Alguns fatores contribuem para o surgimento deste distúrbio como o envelhecimento, desequilíbrio hormonal e deficiência de minerais.

Devido a estes e outros fatores, mulheres na pós-menopausa e homens mais velhos são mais suscetíveis a ter osteoporose.

A osteoporose é uma doença que chega de mansinho e começa a ser percebida quando um esbarrão e uma parte do corpo já é o suficiente para trincar o osso ou surgem dores e desconfortos nas costas e ossos. Quando se vê, o corpo já não é o mesmo, diminuindo a estatura e ficando mais curvo e rígido.

A medicina convencional (alopatia) comumente trata a osteoporose com hormônios, anti-inflamatórios e corticoides, que por uma lado tiram o desconforto e dores provocados por esse distúrbio, porém, por outro tendem a trazer efeitos colaterais para o corpo.

Pensando nisso, esse conteúdo traz a possibilidade de tratar a osteoporose com ervas medicinais, alimentação e tratamentos naturais, reduzindo assim as chances de ter efeitos colaterais ou reações adversas.

Conheça estas possibilidades com as informações a seguir, saiba mais sobre a osteoporose e como fazer a prevenção para evitar esta doença.

Consulte um médico antes de optar por um destes tratamentos. Nunca se automedique. 

Causas da osteoporose

Antes de saber quais as formas de tratar a osteoporose, entenda melhor os fatores de risco e as causas dessa doença.

As causas desencadeantes da osteoporose podem ser:

  • Envelhecimento, que se manifesta mais a partir dos 50 anos
  • Esqueleto com ossos compridos e finos e estatura alta
  • Mulheres e homens brancos e mulheres asiáticas tendem a manifestar mais essa doença
  • Hereditariedade pode ser fator risco e causa da osteoporose
  • Alterações hormonais com baixo estrogênio nas mulheres e baixa testosterona nos homens
  • Baixa ingestão de vitamina D, cálcio, magnésio e proteína
  • Doenças endócrinas, hormonais e gastrointestinais e problemas de saúde como anorexia, artrite reumatóide, certos tipos de câncer e AIDS
  • Uso de medicamentos como: glicocorticóides, hormônio adrenocorticotrófico, antiepilépticos, contra o câncer, inibidores da bomba de prótons (IBPs), inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e tiazolidinedionas
  • Pouca atividade física, excesso de sedentarismo, falta de atividades ao ar livre e à luz solar.
  • Vícios como alcoolismo e tabagismo

Remédios naturais: ervas medicinais para tratar osteoporose

Algumas ervas possuem propriedades de reduzir os sintomas e/ou impedir a perda óssea causada pela osteoporose.

Essas ervas vêm sendo usadas desde tempos remotos para esta finalidade o que indica que têm apresentado bons resultados.

A vantagem de fazer uso delas é que podem ser utilizadas através de comprimidos, cápsulas, pó, extratos, tinturas ou chás.

Seguem as plantas e ervas que servem para tratar osteoporose:

Sálvia vermelha

A sálvia vermelha (Salvia miltiorrhiza) é usada na fitoterapia chinesa, sendo conhecida como danshen.

Esta erva tem a propriedade de melhorar a saúde óssea, graças aos seus compostos fitoquímicos:

  • ácido salvianólico
  • tansinonas
  • litospermato B de magnésio
  • e ácidos salvianólicos
  • além de ser fonte vitamina K

A sálvia vermelha previne a inflamação, a degradação do osso e ajuda no crescimento ósseo.

Ela é contraindicada durante a gravidez e para quem faz uso de anticoagulantes.

Trevo vermelho

Tradicionalmente, o trevo vermelho (Trifolium pratense) vem sendo usado como tratamento complementar para sintomas da menopausa e tratamento do câncer, problemas respiratórios e problemas da pele.

Um estudo feito com 60 mulheres na menopausa  que tomaram 150 miligramas de trevo vermelho por 12 semanas mostrou  que a densidade mineral óssea foi melhorada.

Os compostos contidos no trevo vermelho, com efeitos semelhantes ao estrogênio, podem interferir no efeito dos medicamentos hormonais.

Cavalinha

Cavalinha (Equisetum arvense) é uma uma erva medicinal que foi muito utilizada nas antigas Roma e Grécia.

Tradicionalmente é usada para tratar feridas, tuberculose, hemorragias e problemas renais.

A cavalinha contém compostos antioxidantes como:

  • quercetina
  • ácido oleanólico
  • ácido ursólico

Por conta destes compostos, a cavalinha favorece o aumento dos níveis de cálcio e o crescimento ósseo.

Esta erva também contém sílica, que possui a propriedade de melhorar a densidade e a força óssea.

Apesar de seus benefícios, há que se ter algumas precauções de consumo, pois seu uso prolongado pode diminuir os níveis de tiamina (B1) e causar uma deficiência dessa vitamina.

Cavalinha não é indicada para mulheres grávidas e pessoas com diabetes, gota, problemas cardíacos e problemas renais.

Tomilho

O tomilho (Thymus vulgaris) é um pequeno arbusto cujos ramos e folhas são utilizados  como tempero.

O uso desta erva remonta tempos muito antigos.

O tomilho vem sendo usado para melhorar a imunidade e tratar doenças respiratórias, nervosas e cardíacas.

Um estudo envolvendo 49 mulheres na pós-menopausa que tomaram 1.000 miligramas de tomilho diariamente por seis meses, descobriu que o consumo regular de tomilho melhorou a densidade mineral óssea com resultados melhores que um suplemento de cálcio/vitamina D3.

Essas propriedades se devem ao tomilho ser fonte de cálcio, vitamina K, magnésio, manganês e zinco, nutrientes que melhoram a saúde óssea.

O tomilho pode ser prejudicial para pessoas com distúrbios hemorrágicos e hormonais. Também pode causar reações adversas em pessoas alérgicas as plantas da família Lamiaceae, como orégano, sálvia e lavanda.

Cúrcuma

A cúrcuma (Curcuma longa) é uma raiz amarela com propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, por isso vem sendo muito utilizada na fitoterapia nos últimos 4.000 anos.

Seus principais usos medicinais envolvem problemas menstruais, artrite e distúrbios digestivos.

Um estudo com 57 pessoas com baixa densidade óssea descobriu que tomar um suplemento de curcumina por seis meses mostrou melhorias significativas.

O consumo da cúrcuma em grandes doses ou por mais de 12 meses pode provocar efeitos colaterais.

A contraindicação do consumo da cúrcuma abrange pessoas com distúrbios hemorrágicos, diabetes e problemas na vesícula biliar.

Cohosh preto

O cohosh preto (Cimifuga racemosa) é uma erva muito usada na medicina nativa americana.

Ela tem propriedades repelentes de insetos e contém fitoestrogênios (substâncias semelhantes ao estrogênio) que ajudam a prevenir a perda óssea.

É contraindicado para pessoas com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes dessa erva,  pacientes portadoras de insuficiência hepática e na gravidez.

Alimentação: nutrientes para prevenção e combate da osteoporose

Além das ervas, existem nutrientes encontrados nos alimentos que colaboram para ter ossos fortes e saudáveis, tais como:

Cálcio e Magnésio

O cálcio e o magnésio ajudam na formação, regeneração e proteção dos ossos e pode ser encontrado em alimentos como:

Saiba mais sobre estes minerais em:

Vitamina D

A vitamina D ajuda o corpo a absorver o cálcio e é proveniente do sol.

Para obtê-la através do sol, basta ficar cerca de 15 minutos por dia em exposição à luz solar direta em grandes ossos do corpo (braços e pernas).

Infelizmente, hoje em dia, a maioria de nós têm dificuldade de se expor aos raios solares diariamente.

Outras formas de reforçar a vitamina D é através da alimentação ou suplementação.

Alguns alimentos que favorecem a produção de vitamina D são:

Vitamina C

A vitamina C é fundamental para a produção de colágeno, a proteína que liga o tecido conjuntivo aos ossos, mantendo-os revestidos e protegidos.

Essa vitamina pode ser obtida através de:

Vitamina K

A vitamina K estimula a formação e a força óssea.

Esta vitamina pode encontrada em:

Potássio

O potássio é um mineral que diminui a perda de cálcio e aumenta a taxa de construção e regeneração óssea.

Este mineral pode ser encontrado em:

  • laranjas
  • bananas
  • batatas
  • feijões
  • soja

Isoflavonas

A soja é um ingrediente usado para fazer produtos como tofu e leite de soja.

Esse grão é rico em isoflavonas, que são compostos com efeitos semelhantes aos do hormônio estrogênio que ajudam a proteger os ossos e a interromper a perda óssea, além de suprir a deficiência deste hormônio durante e no pós-menopausa.

Pessoas que têm risco aumentado de desenvolver ou já têm câncer de mama precisam consultar o médico antes de fazer uso da soja e seus derivados, para averiguar se o organismo está com excesso de estrogênio. Neste caso, é contraindicado o consumo deste alimento.

Tratamentos alternativos

Além das ervas e alimentos, existem diversos tratamentos alternativos para eliminar os sintomas e curar a osteoporose sem o uso de medicamentos.

Algumas destas terapias alternativas são:

Acupuntura

A acupuntura é uma terapia antiga da medicina tradicional chinesa que consiste em colocar agulhas muito finas em pontos-chaves do corpo, para estimular várias funções de órgãos e do corpo e promover a cura.

Tai Chi Chuan

Tai Chi Chuan é uma antiga prática chinesa que se vale de uma série de posturas corporais fluidas e suaves.

O Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa relata que o Tai Chi traz diversos benefícios, dentre os quais:

  • aumenta a função imunológica
  • promove o bem-estar dos idosos
  • melhora a força muscular
  • aprimora a coordenação
  • reduz a dor
  • diminui a rigidez muscular ou articular
  • aumenta o equilíbrio
  • favorecer a estabilidade física
  • previne  quedas

Evite a osteoporose com a prevenção

Como reforço a tudo que foi recomendado neste conteúdo, é importante fazer a prevenção desde cedo para evitar o surgimento ou o desenvolvimento da osteoporose.

Várias atitudes no dia a dia podem cooperar para a prevenção desta doença como:

  • Exercícios pelo menos 30 minutos por dia, especialmente o levantamento de pesos, porque ajuda a manter a massa óssea saudável.
  • Estilo de vida saudável, consumindo alimentos vegetais e nutritivos
  • Abolir hábitos nocivos e prejudiciais à saúde

Em suma, o esqueleto precisa de movimento, nutrientes e bons hábitos para se manter firme, forte e em pé!

Consulte um médico

Consulte sempre um médico. As informações aqui não substituem o aconselhamento médico presencial.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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