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A obesidade global triplicou desde 1975. Pasmem, mas atualmente, existem mais pessoas obesas ou com sobrepeso do que abaixo do peso.
Quase 2 bilhões de adultos são obesos e 40 milhões de crianças menores de cinco anos são obesas ou com sobrepeso.
E a tendência deste cenário é aumentar:
Segundo evidências científicas, toxinas ambientais estão piorando a pandemia de obesidade.
Os obesogênicos, termo criado pelo pesquisador e professor de Biologia do Desenvolvimento Celular Bruce Blumberg da Universidade da Califórnia, são produtos químicos encontrados em embalagens de alimentos, no politetrafluoretileno das panelas antiaderentes (teflon), em produtos de beleza e sabonetes, dentre outros, que podem colaborar com a obesidade de adultos e crianças.
De acordo com pesquisas, os poluentes podem perturbar o metabolismo.
As toxinas chamadas “obesógenos” podem afetar a forma como o corpo controla o peso.
Ou seja, a poluição química no meio ambiente está contribuindo para a epidemia global de obesidade.
Os poluentes que contribuem para o aumento da obesidade incluem:
Robert Lustig, professor da Universidade da Califórnia, em São Francisco, autor de uma das revisões.e científicas sobre o assunto, explica:
“Acontece que os produtos químicos despejados no meio ambiente têm esses efeitos colaterais, porque fazem as células fazerem coisas que de outra forma não fariam, e uma dessas coisas é acumular gordura“.
Estes produtos químicos estão em toda parte:
Este estudo, por exemplo, identificou cerca de 50 produtos químicos que possuem efeitos obesogênicos, a partir de experimentos em células humanas e animais, além de estudos epidemiológicos.
Estes produtos incluem BPA e ftalatos, também um aditivo plástico.
Outros produtos obesogênicos são pesticidas, incluindo DDT e tributilestanho, retardadores de chama e seus substitutos mais recentes, dioxinas, PCBs e poluição do ar.
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No estudo também aparecem os compostos PFAS (os chamados “produtos químicos para sempre” devido à sua longevidade no meio ambiente) como obesogênicos.
Estes são encontrados em embalagens de alimentos, utensílios de cozinha e móveis.
Alguns antidepressivos, adoçantes artificiais e triclosan (agente antibacteriano) também são conhecidos por causar ganho de peso.
Os obesogênicos, ou obesógenos funcionam impactando o “termostato metabólico” tornando o ganho de peso mais fácil e a perda de peso mais difícil.
Os poluentes podem afetar diretamente:
Veja o que são os obesogênicos e a relação com a nossa saúde de acordo com a Dra. Andressa Heimbecher:
Os impactos químicos que aumentam o peso podem ser transmitidos através de gerações, alterando o funcionamento dos genes.
Além disso, vários estudos relacionam a exposição ao ar sujo no início da vida à obesidade.
Os primeiros anos do desenvolvimento infantil são os mais vulneráveis aos obesogênicos.
Segundo os cientistas:
“Estudos mostraram que as exposições no útero e no início da vida foram os momentos mais sensíveis, porque isso alterou irreversivelmente a programação de várias partes do sistema metabólico, aumentando a suscetibilidade para ganho de peso.
Temos quatro ou cinco substâncias químicas que também causarão obesidade epigenética transgeracional“.
A visão de mundo é de que a obesidade é causada apenas por comer demais e se exercitar muito pouco.
Mas agora sabemos que ambientes e produtos obesogênicos também podem agravar a doença.
Cortar a exposição a estes produtos é difícil, já que existem 350.000 produtos químicos sintéticos no mundo.
A ideia é evitar ao máximo possível os produtos que contêm esses tipos de compostos químicos.
No caso dos pesticidas, sempre prefira alimentos orgânicos.
Troque itens de plásticos por produtos de outro tipo de material, vidro especialmente.
Elimine os fatores obesogênicos, ou melhor, as toxinas da sua dieta e do seu dia a dia o quanto puder.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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