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A endometriose é uma doença que afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo 10 milhões somente no Brasil. Dieta e estilo de vida são dois pontos fundamentais para diminuir os sintomas e controlar a doença.
A endometriose é caracterizada pelo endométrio, uma camada interna que reveste as paredes do útero e é renovada mensalmente através da menstruação. No caso desta doença, esse revestimento se localiza fora da cavidade uterina ou em locais anormais. O tecido do endométrio, durante a menstruação e sob a influência dos hormônios do ciclo menstrual, sangra, provocando irritação e ou inflamação do tecido circundante até formar um tecido cicatricial, o tecido endometrial.
Os sintomas são: dor pélvica crônica, dor de ovário, dor intermenstrual, evacuação, diarreia ou constipação, dispareunia (desconforto durante as relações intimas), dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor nas costas, formigamento nas articulações e possível paralisia momentânea, fadiga crônica e, em alguns casos, até mesmo ataques de pânico.
A endometriose pode causar infertilidade, abortos e menopausa precoce.
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A alimentação pode ajudar a diminuir os sintomas e manter a doença sob controle.
As fibras são um alimento básico. Elas ajudam a diminuir a inflamação abdominal, auxiliam na digestão e no bom funcionamento do intestino e reduzem o estrogênio circulante no sangue com um menor impacto sobre os tecidos estrogênio-dependente. A ingestão de fibras devem compor de 20 à 30% no total das refeições.
O Ômega 3 – presente em peixes, nozes, tremoços, óleo de linhaça, etc, promove a produção de prostaglandina PGE1 que também reduz o nível de inflamação abdominal.
O leite de vaca pode contribuir para a estimulação da produção de prostaglandinas PGE2 e PGF2a. Essas podem ser responsáveis por alguns processos inflamatórios, sendo assim, é melhor evitá-lo.
As carnes podem aumentar a produção de prostaglandina PGF2, e, se industrial, também podem conter doses elevadas de poluentes ambientais.
A soja como todos os alimentos que contêm hormônios, principalmente os fitoestrógenos, deve ser eliminada, pois a endometriose é uma doença hormono-dependente.
O sumo de toranja, grapefruit é um bom anti-inflamatório natural, no entanto, pode interagir com certos medicamentos variando a farmacocinética, isto é para dizer que a molécula do fármaco é absorvida ou parcialmente eliminada mais lentamente.
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É importante seguir um estilo de vida equilibrado, com atividades físicas adequadas e uma dieta específica para esta doença.
Em 2010 descobriu-se uma das causas da endometriose: o bisefonol A, um dos componentes do plástico. A pesquisa conduzida pelo professor Peter Giulio Signorile mostrou que o bisfenol A altera a atividade do sistema endócrino, ativando os receptores de hormônios. A exposição a esta substância provoca a doença.
A pesquisa apontou que xenoestrógenos, produtos químicos fora do organismo feminino, agem como o estrogênio endógeno e podem causar endometriose. Além disso, eles agem como o estrogênio sobre as células-alvo das mulheres (mama, útero, endométrio, trompas, ovários, intestinos, etc).
Alguns xenoestrógenos:
DDT, Nonylphenolo: encontrados em detergentes industriais, inseticidas e produtos de cuidados pessoais.
Bisfenol A: liberado a partir dos recipientes de plástico – garrafas de plástico, garrafas de policarbonato, alimentos enlatados.
Alkylphenols: são produtos da decomposição dos detergentes.
Os xenoestrógenos, em carnes de frango e de porco, são utilizados para incentivar a retenção de água em animais e conseqüente ganho de peso.
Metil Paraben: encontrado em loções, géis, cosméticos e detergentes.
Atrazina: um herbicida.
Benzofenona-3, homosalate 4-metil-benzilideno, a cânfora (4-MBC), octil-metoxicinamato e octil-dimetil-PABA: encontram-se em protetores solares, batons e cosméticos faciais.
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Se você possui alguns dos sintomas da endometriose, consulte um médico. Caso já tenha sido diagnosticada, siga uma alimentação adequada. Cuide-se 🙂
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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