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Vira e mexe escutamos por aí a palavra RESILIÊNCIA.
Mas o que realmente significa essa palavra tão bonita, uma virtude deveras comentada, mas que muitas vezes quem a usa não sabe seu real significado?
Resiliência é a nossa capacidade de lidar com situações difíceis. Uma pessoa resiliente consegue atravessar com mais facilidade as adversidades e obstáculos que a vida pode apresentar.
A resiliência pode ser vista tanto de forma positiva quanto negativa.
O grau em que uma pessoa pode ser resiliente varia muito, dependendo de circunstâncias específicas e dos desafios que cada um enfrenta em sua história de vida.
Todos nós respondemos ao estresse de maneira diferente. Portanto, é importante saber que cada ser tem sua forma de ser resiliente.
É claro que, alguns fatores afetam a resiliência de uma pessoa. Determinantes sociais podem estar diretamente ligados a este termo psicológico como
Levando em consideração estes fatores, ainda assim, há um crescente campo de evidências que sugere que a maioria das pessoas exibe resiliência após experimentar um evento traumático.
Além disso, existem maneiras de promover comportamentos resilientes que podem ajudar a readaptação e recuperação diante de tais eventos estressantes.
Resiliência para mim pode não significar a mesma coisa para você, ou seja, sua definição pode não ser igual para todos.
Para as evidências científicas, a resiliência é um tópico de pesquisa amplo e muito discutido nos estudos.
A American Psychological Association (APA) define resiliência como:
“O processo de se adaptar bem diante de adversidades, traumas, tragédias, ameaças ou fontes significativas de estresse – como problemas familiares e de relacionamento, sérios problemas de saúde ou estressores no local de trabalho e financeiros.”
Em geral, as pesquisas e artigos mais antigos afirmam que a resiliência é mais comum do que se acredita, e que existem vários e inesperados caminhos para alcançá-la.
Seria como se pudéssemos desenvolver uma competência independente da adversidade, seja qual for o grau de seriedade. Mesmo assim, suas aplicações devem variar de acordo com o indivíduo.
O importante é lembrar que ser resiliente diante do trauma não é obrigatório. Você não precisa e nem deve ser resiliente.
Há uma natureza dinâmica da resiliência ao longo da vida.
Para Kendra Kubala, um psicólogo que trabalha com sobreviventes de trauma na Pensilvânia e Nova York, existem meios únicos para chegar à resiliência:
“Um ingrediente-chave para a resiliência é reconhecer que o que você passou é… significativo e reconhecer a importância de ver como isso o impactou e que você é diferente do que era antes do evento”.
De acordo com Kubala, a resiliência deve ser examinada a longo prazo, levando em conta as experiências vividas pela pessoa.
Por exemplo, se você passou por um trauma quando criança e depois passou por outro evento traumático na idade adulta (do qual pode se recuperar sozinho ou com a ajuda de um profissional) isso pode ser considerado resiliência.
Aqui estão alguns exemplos de comportamentos resilientes:
Fatores externos, como trabalho social e comunitário, também podem desempenhar um papel importante em ajudar as pessoas a desenvolver ou manter a resiliência.
Dependendo do evento traumático, o nível de resiliência pode ser medido. Cada pessoa tem uma capacidade diferente de lidar com eventos difíceis, que podem variar drasticamente de indivíduo para indivíduo.
A gravidade do evento e seu impacto também determinarão o resultado.
A resiliência não é uma escolha. Ninguém deve ser culpado por não ser resiliente de acordo com um determinado padrão.
No campo da psicologia, não há uma definição clara do que NÃO é resiliência.
Mas, é possível afirmar que resiliência não é ignorar ou estar em negação de algo. E sim, tem muito a ver com aceitação dos fatos e procurar meios de buscar forças para superar a fase ruim.
Muita pessoas são resilientes porque precisam ser. Eles não têm necessariamente o luxo de decidir.
Resiliência é ser capaz de processar e entender sua resposta ao estresse e às dificuldades e trabalhar ativamente com isso, em vez de desligar e abandonar tudo, ou fazer uso excessivo de drogas e álcool e, até mesmo, dar de louco e sumir (muitas vezes é o que dá vontade de fazer).
Embora a resiliência seja importante, ela não deve ser uma razão para “permanecer forte” varrendo um problema para debaixo do tapete.
Não se sabote!
Algumas pessoas podem ser mais resilientes do que outras devido à genética e outros fatores, como determinantes sociais.
Embora alguém possa ter “puxado” de família a resiliência, também é um comportamento que pode ser aprendido.
A resiliência é sobre como você responde às coisas e ao seu ambiente.
Estar com outras pessoas pode ajudar a criar resiliência. Você pode considerar entrar em contato com:
O psicólogo clínico Matthew Bolandem recomenda tratamento com a psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que pode ajudar a ensinar as pessoas a responder a situações difíceis.
Se você se sente triste, com raiva, deprimido, com o coração partido ou traumatizado, existem maneiras de reconhecer e trabalhar as emoções para seguir em frente com sua experiência.
Tente se perguntar: “O que eu tive que fazer para passar por isso?” e concentre-se somente nas coisas que são úteis.
O que não mata, fortalece.
Que tal promover comportamentos resilientes desenvolvendo a resiliência que você já possui ou não percebe?
Cultive vínculos saudáveis e exerça o senso de comunidade, pode ser um bom ponto de partida para qualquer pessoa que deseja praticar a resiliência mais a fundo.
Pode parecer difícil, mas ninguém nasce sabendo. Vamos lá?
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Categorias: Saúde e bem-estar
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