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O virologista e médico francês Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina em 2008 pela descoberta do vírus HIV, morreu dia 08 de fevereiro aos 89 anos de idade. Não obstante a idade avançada, para os complotistas, sua morte poderia não ter sido natural. Por que?
O primeiro veiculo de comunicação a dar a notícia de sua morte foi o jornal francês France Soir seguido de um tweet da geneticista Alexandra Henrion-Caude. Poucos foram os jornais que prestaram homenagens ao laureado. A maioria veiculou que, apesar de sua brilhante carreira e incontestável contribuição para a ciência, Luc há 10 anos vinha sendo considerado uma figura controversa e, por causa de várias teorias suas, foi gradualmente banido da comunidade científica.
Ultimamente teria se tornado mais famoso como cientista novax que espalhava fake news sobre as vacinas, manchando o trabalho de uma vida.
Quais fake news foram essas?
Em uma entrevista televisiva em abril de 2020, Montagnier afirmou que o SARS-CoV-2, continha sequências de HIV, mas sua teoria foi rejeitada pela comunidade científica. Na mesma ocasião, o cientista também disse que as vacinas contra a Covid estavam causando novas variantes do vírus. Especialistas ouvidos pela Reuters negam essa teoria.
Luc Montagnier foi diretor emérito do “Center national de la recherche scientifique” e da Unidade de Oncologia Viral do Instituto Pasteur de Paris onde, em 1983, junto com Françoise Barré-Sinoussi, descobriu o vírus HIV. A conquista científica rendeu aos dois o Prêmio Nobel de medicina em 2008.
Desde o início da pandemia, o médico se manifestou contra a vacinação em massa com as vacinas de mRNA, alertando sobre perigosos efeitos adversos, inclusive a longo prazo e principalmente para os mais jovens.
“Estou escandalizado que as crianças estejam sendo vacinadas porque estamos realmente afetando as gerações futuras”, disse ele em entrevista divulgada em junho de 2021. “O RNA mensageiro que você recebe de sua vacina hoje pode muito bem ter efeitos nas gerações futuras, o que não podemos detectar se não formos investigar. O mRNA é uma total incógnita”.
Além das possíveis reações adversas presentes e futuras com relação às vacinas, Montagnier foi um dos primeiros cientistas a afirmar que havia evidências de que o SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, teria sido criado em laboratório, não obstante, ainda no início da pandemia, um estudo na Nature provava o contrário, dizendo que, pela sua estrutura, era impossível que o vírus tivesse sido criado em laboratório.
Mais recentemente surgiu a possibilidade de o vírus não ter sido criado, mas sim ter escapado do laboratório de Wuhan. Até hoje, não se sabe de onde o vírus surgiu. A OMS apenas apontou 4 possibilidades, mas não deu nenhuma resposta.
Voltando ao ativismo conspirador de Luc Montagnier, em agosto do ano passado, convidado de uma conferência em Florença, o Prêmio Nobel havia lançado um apelo “a todos os médicos para que cumpram seu dever: obter informações e pesquisar, porque descobrirão que existem medicamentos ativos, que se usados desde o início da infecção por Covid-19 pode levar à cura”. Tais medicamentos para tratar esta doença seriam menos arriscados, menos onerosos para o sistema de saúde e nos permitiria de sair da pandemia.
Recentemente, convidado de uma manifestação em Milão, Itália, Montagnier discursou à multidão:
“O homem vencerá se ele se concentrar na lei da natureza e apenas nisso. Todo cidadão é livre e também deve seguir as ideias políticas, aproveitar as próximas eleições para expressar sua opinião. O que eu diria a um jovem hoje? Vocês absolutamente devem agir, cada um de vocês, e encontrar a verdade por trás das mentiras. Vida longa à liberdade”.
Complotistas e no vaxxers nas redes sociais acreditam que “Luc foi morto pela Big Pharma”, como reporta o Corriere della Sera. Para muitos, o médico morreu porque estava prestes a testemunhar em “Nuremberg 2”, um nome exagerado dado para um tribunal popular que começou no último dia 5 de fevereiro.
Como assim?
Luc Montagnier deveria testemunhar no dia 12 de fevereiro ao Grand Jury, um tribunal independente que teve início no último dia 5.
Que tribunal é esse?
O Grand Jury é um Tribunal Popular de Opinião Pública, formado por advogados internacionais e um juiz, que está conduzindo uma investigação criminal inspirada nos procedimentos do Grande Júri dos Estados Unidos. O tribunal está investigando crimes contra a humanidade durante a pandemia Covid até o momento, contra “líderes, organizadores, instigadores e cúmplices que ajudaram, incitaram ou participaram ativamente na formulação e na execução de um plano comum para uma pandemia.”
Formado por advogados da Alemanha, Itália, Canadá, Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, etc e um juiz de Portugal, de certo o tribunal não é Nuremberg mas a união de pessoas que têm dúvidas e querem esclarecer o que todo mundo deveria querer saber:
As perguntas são muitas. O fato é, quem quer que questione, critique ou coloque em discussão a boa vontade das produtoras da vacina, dos governos e dos cientistas envolvidos na gestão da pandemia, vem chamado de complotista e novax.
Por isso, Luc Montagnier, não obstante a sua carreira gloriosa, manchou sua reputação ao final de sua vida tentando alertar as pessoas de que as vacinas poderiam nem ser tão boas quando pareciam, nem tão inofensivas como apostaram.
Mas ninguém lhe deu ouvidos e agora ele está morto. Graças à ciência, a luta contra a Covid continua, com um complotista a menos para não atrapalhar o andar da carruagem.
RIP.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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