Com a nova determinação de aplicação de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19, uma discussão torna-se cada vez mais necessária: o quanto as farmacêuticas detentoras da tecnologia de criação desses imunizantes estão lucrando.
Em um sistema capitalista, é evidente que isso aconteceria, mas o grande problema é que há um privilégio de fechar contratos com países mais ricos, em detrimento dos mais pobres.
A coalização internacional People’s Vaccine Alliance (PVA), que defende um maior acesso às vacinas e que conta com mais de 20 membros, fez um levantamento com base em balanços financeiros das empresas fabricantes e chegou à conclusão de que somente a Pfizer, BioNTech e Moderna estão faturando juntas 65 mil dólares por minuto.
Em 2021, a estimativa é de um lucro de 34 bilhões de dólares, no total.
Esse imenso lucro contrasta com o baixo acesso das populações mais pobres aos imunizantes.
De acordo com a organização, cerca de 2% apenas da população nos países de baixa renda está vacinada contra Covid. Isso porque as farmacêuticas preferem priorizar contratos mais lucrativos feitos com países ricos.
O estudo da People’s Vaccine Alliance mostra que a Pfizer e a BioNTech enviaram menos de 1% das doses de vacina contra a Covid-19 para os países mais pobres. No caso da Moderna esse índice é de 0,2%.
Um dos grandes problemas é que essas farmacêuticas se recusam a transferir a tecnologia de produção de imunizantes para os países mais pobres. E essa é uma das grandes reivindicações da aliança internacional: a suspensão imediata das propriedades intelectuais das vacinas contra a Covid, proposta apoiada por mais de 100 países.
Quando corre a notícia de que a Áustria vai fazer lockdown para os não vacinados, muita gente, mas o povo brasileiro principalmente, corre aplaudir nas redes sociais e dizer “deveria ser assim em todo lugar”.
Será que o povo brasileiro sabe que se eles quiserem ir para Europa eles terão que tomar as vacinas bilionárias? Porque a maioria dos países europeus não aceita CoronaVac.
Para pensar: estamos nos preparando para a terceira dose porque Israel, na frente, diz que o reforço valeu, pelo menos assim indicam os estudos. Lockdown não funcionou, 1ª e 2ª dose não funcionaram, não funcionaram pelo menos como deveriam funcionar, porque na Europa os casos só fazem aumentar. A culpa é dos 10 ou 20% não vacinados ou vamos ter que esperar para que a bilionésima dose funcione?
Por enquanto, o que se lê por aí é que, para conter a quarta onda europeia da Covid, os governos europeus vão apostar em: 3ª dose da vacina, testes, uso de máscara obrigatória também em lugar aberto (Portugal), green pass e lockdown para os não vacinados.
Por enquanto crianças na Europa com menos de 12 anos estão livres da vacina, mas se o modelo israelense for seguido, daqui a pouco, a partir dos 5 anos de idade, todos serão vacinados.
O que se vislumbra é que em breve teremos todos pelo menos 3 vezes vacinados, incluindo crianças e no-vaxxers, todos de máscara, em lockdown e devidamente testados.
E vai funcionar?
Quem viver verá! Façam suas apostas (nas casas casas farmacêuticas, é claro!)
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Categorias: Saúde e bem-estar
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