Dia Mundial da Saúde Mental: 2019 é o Ano da Prevenção ao Suicídio


Setembro Amarelo passou mas em outubro a prevenção ao suicídio continua com Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado hoje, 10 de outubro.

Outubro também é o mês em que estreou o Coringa nos cinemas do Brasil e do Mundo. Como se sabe, sem fazer spoiler, o Coringa é Arthur Fleck, um homem que sofre de problemas mentais e é vítima da sociedade que sempre virou as costas para os “fracos”. Bem por isso, o filme faz uma crítica ao descaso e ao preconceito sofridos por aqueles que têm de distúrbios psicológicos ou psiquiátricos.

Outubro é o mês que nos leva a fazer uma discussão essencial: a importância da saúde mental para todos.

O Dia Mundial da Saúde Mental foi criado em 1992 pela World Federation for Mental Health e tem o apoio da Organização Mundial Saúde. Este ano, o tema principal da data é a prevenção ao suicídio, deixando clara a ligação entre os transtornos mentais e a retirada da própria vida.

Dados recentes da OMS, revelam que o suicídio causa 800 mil mortes por ano no mundo, e em 79% dos casos, em países de baixa e média rendas.  Estima-se que, para cada adulto que morreu por suicídio, pode ter havido mais de 20 outros tentando suicídio.

Atenção especial deve ser dada aos jovens porque o suicídio é reconhecido como a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos e representa 12% das mortes entre pessoas de 20 a 34 anos.

O objetivo da OMS declarado em seu Plano de Ação 2013-2020 é reduzir a taxa global de suicídios em 10% até 2020. O problema é que, segundo a organização, são poucos os países que têm de fato um programa de prevenção e combate ao suicídio. Isso porque o tema, em muitas sociedades, ainda hoje é visto como tabu.

Muita gente acha que depressão é falta do que fazer, falta de deus e coisas do tipo. Há de se falar também das dificuldades em reconhecer e prevenir os sintomas do suicídio assim como levantar dados precisos sobre os números. Um acidente de carro pode ter sido suicídio, uma intoxicação por remédios receitados pode ser suicídio.

Há o ditado que diz que quem quer se matar não anuncia, se mata. São tantas as bobagens em torno do tema que o que podemos fazer é conversar, apoiar políticos que levem esta causa a sério e que invistam em campanhas para a prevenção deste mal muito mais comum e mais sério do quanto suponhamos.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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