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Houve um tempo em que “ficar pra titia”, como diziam nossos avós, era a pior coisa que poderia acontecer na vida de alguém, principalmente em se tratando de uma mulher.
Talvez seja por isso que ainda hoje existam jovens que carregam este estigma e sofram com a ideia de ficarem solteiros, como se isso fosse uma condenação, um castigo.
Esse medo pode ser algo tão arraigado que até tem um risco de se converter em um distúrbio psíquico classificado como Anuptafobia.
Saiba mais sobre esse transtorno psicológico, com todas as informações a seguir.
O termo Anuptafobia é formado em sua origem:
Por isso, anuptafobia traduzindo significa: medo de não casar.
Tal medo faz com que pessoas fiquem obcecadas em ter um parceiro (a) a qualquer custo, a ponto de manter um relacionamento, mesmo não estando felizes, só para não ficarem “solteiras”.
Esse transtorno afeta mais indivíduos entre 30 e 40 anos de idade, de ambos os sexos, porém se faz mais prevalecente em mulheres, devido a fatores sociais e culturais.
Dependendo das tendências emocionais da pessoa, a Anuptafobia pode vir acompanhada ou se desenvolver com outros problemas psicológicos, como:
Por mais que a sociedade tenha se modernizado, ainda é muito forte o condicionamento que para ser feliz e se realizar por completo é preciso ter um parceiro.
Por conta disso, existe uma cobrança, tanto pessoal como dos outros, para “arrumar” alguém e não viver solteiro (a), principalmente no que diz respeito às mulheres. Até por causa da permanente visão machista que ainda existe na sociedade de que mulher precisa se casar e ter filhos para cumprir sua natureza e papel diante da existência.
Além disso, mulheres casadas são vistas com mais respeito e consideração do que as “solteironas”, como se costuma dizer pejorativamente às mulheres solteiras, como se o fato de não haver “marido” fosse um problema, um mal a ser combatido ou que se tratasse de uma pessoa desajustada.
Vale salientar que o tratamento é diferenciado em se tratando de homens mais velhos e solteirões, pois é mais difícil de eles serem condenados e discriminados devido à valorização e imagem do homem ser mais alicerçada no sucesso material e profissional. Em contrapartida, a identidade da mulher ainda é acentuadamente vinculada à formação de uma família e a ter filhos.
A situação piora se, dentro do seio familiar e pela criação, casar-se e ou ter filhos é um padrão pré-estabelecido a ser seguido. Nesse caso, a pessoa se sentirá um alienígena por não conseguir dar prosseguimento a esse padrão sendo solteiro (a).
Além da educação, existem os apelos sociais, morais e culturais que nos passam a crença de que precisamos ter alguém e viver para sempre com essa pessoa até que a morte nos separe.
Os contos de fadas são a prova disso nos transmitindo, de geração em geração, a ideia das princesas encontrando seus príncipes e vivendo felizes para sempre. Só que não! Isto está distante da realidade e as próprias estatísticas de divórcios atestam isso.
Encontrar o parceiro ideal não é tão simples como nas produções cinematográficas românticas de Holywood, como em Uma Linda Mulher onde o galã personificado por Richard Gere se apaixona pela mocinha errante, interpretada por Julia Roberts, e a transforma em uma dama da sociedade.
Além de todos os agravantes de uma sociedade que imprime nas pessoas um sentimento de que “é impossível ser feliz sozinho”, a Anuptafobia desperta nas pessoas:
Uma pessoa com Anuptafobia tem a tendência de apresentar os seguintes padrões de comportamento:
Devido à obsessão por ter alguém, a pessoa pode ser impelida a entrar de forma compulsiva em relacionamentos tóxicos e sem futuro e sofrer as consequências disso vivendo uma grande decepção, abusos e frustrações, por estar em um relacionamento apenas para não correr o risco de ficar sozinha.
Além disso, esse medo pode fazer com que a pessoa desenvolva:
Se você sente que tem Anuptafobia ou tendência a esse transtorno, procure ajuda de um psicólogo para lidar melhor com esse desequilíbrio através da Terapia Cognitiva.
Outras ações que poderão ajudar a sair desse desequilíbrio são:
Nataly Martinelli, neste vídeo do seu canal, dá algumas dicas para se encarar a solteirice de forma saudável e feliz:
Seguem alguns lembretes de pensadores sábios, para não se abater quando surgir o medo de ficar sozinho, e não deixar que a carência te leve a fazer escolhas desastrosas:
“Quem não sabe povoar sua solidão, também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão.”
“É necessário saber ficar sozinho, em silêncio, mergulhado em si.
É fundamental estar satisfeito com a própria companhia.”
“O outro não o preenche.
Preenchimento é interno.”
“Espero que antes de encontrar a pessoa certa você se encontre. Para que não a sobrecarregue com a ingrata responsabilidade de te fazer feliz.”
Veja outras frases que podem te mostrar o lado bom de estar sozinho, em:
Não importa se está solteiro ou casado, o que vale é como você se relaciona consigo e respeita o seu processo existencial, buscando se desenvolver como ser humano e ser espiritual.
Seja feliz, independente do seu estado civil!
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Categorias: Saúde e bem-estar
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