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Já ouviu falar da psicoterapia ou psicologia contemplativa?
É uma terapia psicológica diferente da psicologia acadêmica e tradicional e tem como base o desenvolvimento da capacidade contemplativa, para abordar e compreender de forma inteligente, a experiência da vida humana.
A origem dessa psicoterapia está relacionada ao mestre do budismo tibetano Chögyam Trungpa Rinpoche, que em 1974 fundou o Naropa Institute, que posteriormente se tornou a Naropa University, em Boulder, Colorado, com a finalidade de promover aulas de educação contemplativa.
A Naropa University passou a ensinar a educação contemplativa com atividades como:
Através da contribuição do mestre budista Chögyam Trungpa Rinpoche, os ocidentais passaram a perceber a meditação e os ensinamentos budistas como um recurso terapêutico para lidar com suas mazelas e conflitos internos.
Em 1991, o psicólogo Han F. De Wit, da Vrije Universiteit em Amsterdã, saiu dos limites da psicologia formal em direção à espiritualidade, adotando uma nova concepção, visão e abordagem psicológica: a Psicologia Contemplativa.
Esse psicólogo ficou internacionalmente conhecido como um dos fundadores da Psicologia Contemplativa.
Para expandir o conhecimento e a aplicação da Psicologia Contemplativa, ele ensinou meditação nos centros de Shambhala, na Holanda, e ministrou seminários sobre a Psicologia do Budismo e escreveu o livro Contemplative Psychology.
Todos esses conhecimentos percussores da Psicologia Contemplativa têm como objetivo aplicar os ensinamentos budistas como forma de psicoterapia, a fim de ajudar os indivíduos a compreender sua própria mente, emoções e motivações e, assim, melhorarem a qualidade de vida e, por tabela, a de outras pessoas.
Um dos principais recursos utilizados pela Psicologia Contemplativa é a atenção plena e a meditação:
É uma habilidade que permite se ancorar no momento presente, no ser e estar, sem fazer julgamentos, apenas estando atento a si e ao meio.
Trata-se de uma prática voltada à entrega ao silêncio que pode levar ao Samadhi (Iluminação)
Um dos pressupostos da Psicologia Contemplativa é que o ser humano tem a possibilidade de se elevar e contribuir para a elevação do próximo.
A Psicologia Contemplativa tem como base o conhecimento e a experiência das tradições contemplativas do Budismo.
A aplicação da Psicologia Contemplativa é voltada ao desenvolvimento da capacidade de vivenciar a vida de forma mais:
A finalidade da Psicologia Contemplativa é a de levar o indivíduo a ter um modo de vida mais equilibrado, baseado no desenvolvimento e uso da sabedoria.
Esse tipo de psicoterapia visa instigar o indivíduo a tomar consciência de si e da existência à sua volta, e para isso se vale das práticas e dos ensinamentos do Budismo em conjunto com práticas clínicas da psicologia convencional.
Alguns conhecimentos que são utilizados pela Psicologia Contemplativa envolvem conceitos budistas como:
O campo terapêutico da Psicoterapia Contemplativa se fundamenta em:
Através da Psicologia Contemplativa pode-se desenvolver comportamentos saudáveis frente à complexidade da condição humana.
Para a Psicologia Contemplativa todas as pessoas têm sabedoria natural, que pode ser usada para alcançar a cura e a autoconsciência.
A proposta da Psicoterapia Contemplativa é ajudar as pessoas a descobrirem essa sabedoria para aproveitar seus recursos internos e alcançar:
Uma das influências que norteiam a Psicoterapia Contemplativa são 4 Nobres Verdades do Budismo:
As pessoas tendem a negar ou a fugir das experiências dolorosas, mas na realidade vivemos em um mundo marcado pelo sofrimento.
O sofrimento nasce da busca incessante de preservação do ego, que não tem como ser permanente, pois não é nossa verdadeira natureza.
Pode-se sair do ciclo de sofrimento reconhecendo nossa verdadeira natureza, descansando no real ser e deixando de se apegar ao ego ilusório.
O verdadeiro caminho consiste no aprimoramento e na retidão de:
As 4 Nobres Verdades podem servir como uma espécie de guia para o tratamento, enquanto as práticas são os veículos.
Os psicólogos podem combinar a Psicologia Contemplativa ao tratamento convencional ou vice-versa.
A aplicação da Psicologia Contemplativa, pelo psicólogo, consiste em:
A formação voltada para a Psicologia Contemplativa exige do psicólogo que ele aprenda e vivencie os ensinamentos e práticas voltadas à interiorização e contemplação.
Veja neste vídeo da Naropa University como o terapeutas aprendem a Psicologia Contemplativa.
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O papel do psicoterapeuta da Psicologia Contemplativa é ajudar a pessoa a descobrir e compreender o seu autêntico ser e, assim, despertar a força, as virtudes e a sabedoria que existe nela.
Algumas práticas utilizadas para este fim são:
De acordo com o Budismo, Samatha é a tranquilidade da mente, conquistada com a meditação.
Esse estado contribui para que o terapeuta possa auxiliar o paciente a perceber a diferença de estar ou não estar presente em si, por meio da vivência meditativa.
Maitri é um dos ensinamentos do Budismo, baseado na benevolência ao próximo.
Essa postura é utilizada pelo terapeuta para ajudar o paciente a perceber os padrões do ego e compreender os efeitos disso, adquirindo maior conhecimento de si mesmo, abertura para lidar com as experiências, e compaixão para se relacionar com os outros seres.
Esse processo incorpora atenção plena, através da qual, o terapeuta flui de acordo com o que surge na consulta ao paciente.
Um exemplo sobre essa questão, é quando o paciente ao ter uma atitude ríspida com o terapeuta, este não se identifica e nem fica irritado com ele. Ao contrário, ele procura compreender o que motivou ele a agir assim e não se identifica.
Com essa conduta, o terapeuta mostra ao seu paciente como não se apegar ao sofrimento, soltando e deixando ir o que faz mal.
O foco da Psicoterapia Contemplativa são os traumas do passado e bloqueios emocionais, que atuam como barreiras que impedem a expressão da sabedoria interna.
A proposta da Psicoterapia Contemplativa é fortalecer e promover a integração do Self (consciente e inconsciente), como forma de cura.
O tratamento com a Psicoterapia Contemplativa pode trazer diversos benefícios, como:
Para lidar com as mudanças repentinas.
Frente às adversidades
Extraindo o melhor do pior
A amplificação das capacidades internas diante aos desafios do cotidiano
Nem sempre dá para resolver as questões da existência de forma imediata, por isso a virtude da paciência é muito necessária
Sem resiliência, fica difícil persistir, “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”.
Quando a pessoa passa a compreender a si mesma, fica mais fácil entender as motivações e limitações do próximo.
Menos desgaste, estresse e ansiedade para lidar com os problemas do diário viver
A psicologia contemplativa incentiva a pessoa a viver mais integrada ao agora aproveitando e valorizando o momento presente.
Através de uma postura contemplativa, passa-se a ter uma melhor inter-relação com os seres e a natureza.
Com a mudança do padrão emocional e mental, através de posturas e práticas da Psicologia Contemplativa, é possível elevar a vibração e aumentar a energia.
Soltando a identificação com os traumas e problemas do passado, a pessoa passa a ter mais abertura para as mudanças e maior receptividade ao novo.
Colabora para ampliar a compreensão diante das experiências da vida
Em suma, a Psicoterapia Contemplativa coopera para pacificar e equilibrar o indivíduo, para que ele desenvolva maior maturidade e lucidez para vivenciar suas experiências existenciais.
Afinal, podemos escolher se nos apegamos ao sofrimento ou se desenvolvemos a arte de contemplar a vida, extraindo dela o que há de melhor.
Se já conhecia esse tipo de terapia psicológica deixe seu comentário, para ampliarmos as informações e o conhecimento dessa prática terapêutica.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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