Quiropraxia: o que é, para que serve, riscos e benefícios


Ela se dispõe a tratar, entre outras coisas, um dos problemas mais comuns entre as pessoas: as dores na coluna. Controversa, ainda carece de estudos mais aprofundados a respeito de sua eficiência e riscos para saúde. No entanto, para algumas pessoas pode ser uma solução interessante, principalmente naqueles casos nos quais a dor parece não querer ir embora de modo algum.

A quiropraxia existe há muito tempo, mas está longe de ser consenso entre especialistas. De todo modo, vale saber mais sobre esse ramo da saúde, para que serve e quais os riscos e benefícios da prática.

Confira abaixo tudo sobre o tema.

O que é quiropraxia

A quiropraxia é um ramo da área da saúde que visa diagnosticar e tratar problemas musculares e ósseos. É considerada medicina alternativa e consiste em utilizar terapias manuais, especialmente na coluna vertebral, articulações e tecidos moles para tratar dores ou prevenção.

Fundada em 1890 por Daniel David Palmer e desenvolvida por Bartlett Joshua Palmer, no início do século XX, ainda hoje carece de evidências científicas sobre sua real efetividade.

Ela está presente em mais de 60 países, e conta com cerca de 100 mil profissionais pelo mundo. No Brasil, não é regulamentada por lei, mas está registrada como ocupação pelo Ministério do Trabalho e possui cursos para exercício da profissão.

A Organização Mundial de Saúde considera a quiropraxia como medicina complementar e alternativa.

Para que serve a quiropraxia?

Utilizando as mãos no manejo de dores, sem uso de medicamentos ou cirurgias, a quiropraxia trata, principalmente, dores nas costas e no pescoço.

Ela pode tratar, por exemplo:

  • hérnia de disco ou ciática
  • tensões e dores musculares, no geral
  • problemas nas articulações
  • LER (Lesão por Esforço Repetitivo)
  • lombalgia
  • restrições a movimentações.

Pode ainda combinar medicina tradicional e alternativa.

No diagnóstico, a quiropraxia pode utilizar exames de imagens, avaliações ortopédicas e neurológicas, observacionais e táteis.

A forma mais comum é a manipulação da coluna vertebral (SM) e uso de outras terapias para articulações e tecidos moles.

Pode ainda auxiliar na prevenção e reabilitação, assim como utilizar modalidades elétricas e outros procedimentos complementares.

Riscos e benefícios da prática

Os estudos sobre os benefícios e riscos na prática de quiropraxia não são conclusivos.

Uma revisão de 2012 mostrou que não há avaliações precisas sobre o risco/benefícios no tratamento de problemas cervicais.

Um outro estudo de 2010 mostra que os riscos de morte existentes na prática superam as vantagens no manejo de dores cervicais.

A respeito da efetividade, uma outra revisão de 2012 mostrou que a quiropraxia pode ser eficaz, quando usada sozinha ou complementando outro tratamento.

No manejo de dores lombares subagudas ou crônicas, a terapia mostrou-se eficaz, em um estudo publicado em 2011.

Uma pesquisa feita pelo médico T.W Meade e publicada no British Medical Journal concluiu que, em pacientes com dores lombares, que não tinham contraindicações quanto ao uso da quiropraxia, os benefícios da prática foram significativos e de longa duração, após 2 anos de acompanhamento, em comparação com os tratamentos hospitalares.

Nos casos de dores de cabeça e cervicalgia, a quiropraxia se mostrou eficaz, como comprovado em estudos, um deles publicado no Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics.

São necessários mais estudos, mais amplos e de maior abrangência, para identificar se os benefícios encontrados poderiam ser aplicáveis em outros contextos.

Contraindicações

A Organização Mundial da Saúde considera o tratamento quiroprático geralmente seguro, quando empregado com a habilidade e o profissionalismo necessários. Contudo, não existem dados suficientes para estabelecer tal segurança.

A prática pode causar complicações e provocar efeitos adversos.

Não é indicada para quem possui artrite reumatoide, osteoporose e ou outras condições de saúde que causam articulações instáveis.

A maioria das contraindicações se aplicam apenas à manipulação da região afetada.

Como efeitos colaterais, há relatos de cefaleia súbita e intensa ou dor no pescoço.

Como riscos indiretos, há também o perigo do diagnóstico tardio. Lembre-se que essa prática é alternativa e que diagnóstico da dor deve ser feita por um médico.

Uma esperança

Sendo uma prática médica alternativa e complementar, a quiropraxia também serve como uma esperança àqueles que já tentaram de tudo, pois é uma possibilidade a mais.

Dores nas costas são muito comuns, às vezes a causa pode ser inclusive de fundo psicológico.

De qualquer forma, se quiser tentar com a quiropraxia, lembre-se que é importante que as pessoas pesquisem por profissionais confiáveis e que tenham as especializações necessárias para a prática. Além disso, verifique se não há nenhuma contraindicação para começar essa terapia.

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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