A alimentação tem um grande poder na prevenção e no controle da diabetes tipo 2, aquela em que o corpo não produz insulina ou cria uma resistência ao hormônio, afetando o modo como o corpo processa a glicose vinda dos açúcares.
Em casos extremos de regramento alimentar, é possível até atingir a remissão da doença. Foi o que mostrou um estudo publicado em 2017 na revista científica The Lancet, que contou com pacientes que fizeram dietas restritas a poucas calorias, com sopas e shakes, durante um ano.
Mas, para controlar os perigosos efeitos da doença, não é preciso ser tão restrito como os participantes do estudo. Alguns simples cuidados com a alimentação já são capazes de melhorar bastante o quadro dos pacientes que sofrem com a diabetes tipo 2. Vale lembrar que o controle da alimentação deve ser feito em conjunto com as informações de cada paciente, levando em consideração o tipo corporal e o nível da doença. Por isso, a recomendação é ter um medidor de glicemia que permita acompanhar as melhorias e os efeitos de cada refeição.
A dieta de um diabético crônico deve ser caloricamente baixa. O ideal é que a quantidade de calorias ingeridas por dia seja de 30 kcal para cada quilo do corpo.
A recomendação é que os pacientes se alimentem de muitas fibras e busquem diminuir os carboidratos e evitar os doces, os alimentos feitos com farinha branca, as comidas gordurosas e o sal em excesso.
Olhando a lista de alimentos a serem evitados, parece difícil criar uma rotina alimentar que ajude no controle da diabetes tipo 2. No entanto, adquirir esses hábitos alimentares é mais fácil do que parece. A simples substituição dos produtos à base de farinha branca pelos integrais já amplia consideravelmente o leque de alternativas, dando a possibilidade de consumir pães, bolachas e massas. É importante lembrar que o arroz também deve ser integral.
O diabético deve tomar muito cuidado com os carboidratos. Embora a ingestão em excesso seja muito prejudicial para o quadro da doença, o organismo necessita desse nutriente. Por isso, o certo é ingerir pelo menos 130 gramas por dia de carboidrato. Mas, a escolha deve ser muito bem feita: os alimentos escolhidos para cumprir esta cota devem ser de digestão lenta, pois isso não sobrecarrega o organismo e não gera picos de açúcar no sangue. Um exemplo de carboidrato de digestão lenta é o feijão. As demais leguminosas, como ervilha e grão-de-bico, também cumprem bem esse papel.
As fibras são essenciais para os diabéticos, pois auxiliam no emagrecimento, na saúde do intestino e no controle da glicemia. O indicado é que metade do prato de um paciente seja formado por alimentos fibrosos, como as hortaliças. Para aumentar o consumo das fibras, vale também adicionar alguns alimentos aos sucos e ao café da manhã, complementando a dieta. As dicas são o abacate e a aveia.
A boa alimentação deve ser aliada com os exercícios físicos. Todos esses cuidados alimentares não servem apenas para o controle da doença, mas também auxiliam na prevenção. Por isso, se você percebeu alguns dos sinais que acendem o alerta para a diabetes, comece a se controlar enquanto é tempo.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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