Covid: cenas de inferno na Índia, pessoas morrendo como animais


As cenas do fogo cremando cadáveres, que giram nas redes de notícia do mundo inteiro, é o inferno na Terra. Pessoas morrendo como animais.

A Índia está batendo recorde global pelo 5° dia consecutivo: mais de 350 mil novas infecções e 2800 mortes em apenas 24 horas e os números podem ser ainda maiores. Estima-se que o pico virá em maio e que a Índia poderá ter 10 mil mortes por dia nas próximas semanas.

Frustração, desespero e raiva: o governo está dormindo na capital, Nova Déli, imagina nas localidades mais afastadas. Os hospitais não têm oxigênio e as famílias são orientadas a se arranjarem como puderem.

As cenas são fortes mas estão servindo para chamar a atenção do mundo, para que Índia receba ajuda internacional que já está chegando:

Ajuda internacional chegando

Ajuda internacional bem-vinda na Índia. Do Reino Unido, suprimentos médicos vitais como oxigênio e ventiladores acabam de chegar ao país, em nove carregamentos de contêineres aéreos, como informa o The Guardian.

Os Estados Unidos também se disseram comprometidos em trabalhar para a entrega urgente de suprimentos e vacinas.

Sindemia

São cenas de fim de mundo que se repetem nesta pandemia.

Primeiro o cenário de guerra na Itália, com caminhões do exército carregando corpos, depois as valas de Manaus, os mortos espalhados nas ruas do Equador e agora o fogo da cremação na Índia.

Ao mesmo tempo, Israel e Nova Zelândia divulgam fotos da “normalidade” da vida, andar sem máscara e participar de shows, depois de lockdown e vacinação em massa. Mas ainda é cedo para comemorar. O inimigo é invisível e a própria Índia teve seu momento de respiro.

Em nossa humilde opinião, o momento é o de fazer do limão uma limonada e promover mudanças cruciais no modo de vida global. Parar de tratar animal como objeto e a natureza como recurso econômico. A pandemia é uma sindemia e a probabilidade de sairmos dessa numa pior é grande.

É preciso coragem de mudar o que precisa ser mudado, mas parece que as autoridades continuam acreditando que o homem é maior que a natureza.

Quem viver verá…

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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