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Apesar do enorme avanço da ciência para produzir vacinas capazes de imunizar o Sars-CoV-2, ainda há muitas incógnitas ao redor do vírus e das consequências que a Covid-19 podem causar.
As variantes brasileira e inglesa do vírus têm trazido uma novidade que foi pouco recorrente durante a pandemia em 2020: a morte de crianças.
No Brasil, dados do SUS revelam que 779 crianças com com até doze anos de idade morreram de Covid-19, sendo que, somente nos últimos três meses, foram 166 crianças vítimas da doença, informa a CNN.
Do total de mortes, 622 foram de crianças entre 0 a 5 anos devido à nova variante do vírus, que também aumentou o número de internações infantis.
Segundo a pediatra Luciana Aleixo:
“Nós tivemos que estudar a doença e ver como ela se comporta nas crianças, porque ela é bem diferente no adulto. As crianças, de um modo geral, normalmente evoluem com casos leves e pouco sintomáticos. E as crianças que vão para as UTIs são basicamente as crianças neurologicamente comprometidas, como os pacientes oncológicos ou nefropatas, que são as que têm doenças renais”.
Essa nova situação confirma que a Covid-19 não é uma doença que ataca apenas velhos e pessoas com doenças crônicas. Ela também pode ser letal para as crianças, por isso, é fundamental protegê-las do vírus.
Além da novidade acerca do risco das crianças ao coronavírus, estudos vêm mostrando que mesmo pessoas assintomáticas podem desenvolver sequelas posteriores.
Segundo a colunista do UOL Lúcia Helena, uma pesquisa feita por universidades estadunidenses com 1.407 pessoas positivas para o coronavírus revelou que, mais de dois meses após o dia do teste, 27% delas (382 indivíduos) apresentavam os seguintes sintomas: falta de ar, tosse constante, dor no peito, sensação de dor no corpo, diarreias frequentes, ansiedade, transtornos de humor, fadiga extrema e problemas de memória.
Alguns participantes apresentaram, na época da infecção, sintomas leves e não precisaram ser internados, enquanto outros sequer tiveram qualquer sintoma de Covid-19. No grupo, havia 34 crianças que apresentaram o mesmo padrão dos adultos.
O infectologista e professor da Universidade do Triângulo Mineiro Rodrigo Molina concorda com o resultado da pesquisa, pois afirma que as manifestações tardias podem acontecer com qualquer um e estão sendo cada vez mais observadas. Ele ressalta, ainda, outros dois sintomas: a anosmia, que é a incapacidade de sentir cheiros, e a melancolia, que dura cerca de um mês.
Nós falamos sobre isso aqui:
As suposições da comunidade médica para explicar o fenômeno são várias e incertas. Em relação à melancolia, Molina ressalta o estresse pós-traumático provocado pela doença e a apreensão de tê-la passado para alguém como fatores desencadeadores.
Já as outras manifestações tardias estão relacionadas às reações inflamatórias do nosso organismo. Então, uma pessoa assintomática pode, sim, desenvolver um processo inflamatório.
Como não há remédio, a única solução é usar máscara, fazer o isolamento social e praticar medidas de higiene enquanto esperamos a vacinação em massa.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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