7 enfermeiros foram demitidos na Alemanha porque recusaram vacina Covid


Vacinar-se contra a Covid-19 não é obrigatório na Alemanha, mas o dono de uma clínica na cidade de Dessau – Saxônia-Anhalt – esperando que seus funcionários de livre e espontânea vontade se vacinassem, acabou por demitir quem se recusou à vacina.

Os funcionários estão pensando em apelar para a Justiça. Uma das enfermeiras demitidas explicou que:

“Não recuso a vacina, só queria algum tempo para refletir “.

“Só pedi tratamento mais tarde”, disse outra pessoa envolvida.

Sendo profissionais da saúde, o dono da clínica esperava o bom senso dos funcionários em querer  colocar em segurança os próprios pacientes. Mas não foi assim.

Depois de um ultimato de 3 dias para a vacinação, quem não vacinou recebeu um e-mail comunicando a rescisão da relação de trabalho.

A história toda foi contada por uma emissora de rádio local, que entrevistou alguns dos profissionais envolvidos.

Mas esta não é a primeira turma de médicos e enfermeiros que recusam a vacinação anti Covid-19.

Recentemente na Itália, precisamente na ilha da Sardenha, 200 médicos, enfermeiros e trabalhadores socio-sanitários se recusaram a receber a vacina da Pfizer.

Embora o número pareça alto,  de acordo com os dados locais, ele representa apenas 1% do número total de trabalhadores de saúde em serviço na Sardenha.

Em uma outra localidade italiana, agora na região central de Marche, 90 médicos e enfermeiros de hospitais públicos recusaram a vacinação. Os motivos ali foram vários: algumas profissionais mulheres querem engravidar, outros disseram já ter tido Covid-19, e portanto já estariam imunizados, outros ainda alegam ter alergias ou contra-indicações várias.

Há uma questão ética nisso aí tudo. Enquanto algumas pessoas tomariam até injeção na testa anti-Covid, outros receiam, têm medo, não acreditam na eficácia ou ainda são do movimento  anti-vax.

No caso dos profissionais de saúde, é de se estabelecer o quanto o interesse do trabalho público deles se sobrepõe ao interesse privado porque, em países europeus onde a liberdade tem um valor  importante, é de se pensar que se a vacina não é obrigatória, funcionários que se recusarem a ela não podem ser demitidos.

O que será que a Justiça europeia dirá?

E no Brasil? Como é a legislação?

No Brasil tampouco há a obrigatoriedade de se vacinar e todos contam com o bom senso de todos, mas, como a vacinação está apenas começando em nosso país, os interessados podem começar a ir estudando as possibilidades.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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