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Fumar cigarro, usar substâncias tóxicas ou mesmo deixar de cuidar da própria saúde, são consideradas formas de suicídio lento e inconsciente. Veja o que dizem especialistas do ponto de vista fisiológico, psicológico e espiritual.
Quando ouvimos a palavra suicídio, o que vem primeiro em mente é o ato de tirar a própria vida bruscamente, seja por enforcamento, ingerindo substâncias letais ou jogando-se de um precipício.
No entanto, existe uma forma de suicídio muito pior que é conhecida como Suicídio Inconsciente.
O suicídio inconsciente é definido por psicólogos e psicanalistas como escolhas que envolvem riscos e atos que deterioram o corpo, cometidos durante anos sem que a pessoa tenha a intenção de tirar a própria vida.
Dentre esses atos, são citados como exemplo: dirigir perigosamente, atravessar a rua sem olhar para os lados, manter uma alimentação desregulada, usar substâncias tóxicas, entre outros.
E aqui entra o tema principal desse artigo, que é o ato de fumar.
Todo mundo sabe, inclusive os fumantes, que o cigarro faz mal e causa uma série de doenças graves como câncer, enfisema pulmonar, bronquite, laringite, tosse, rouquidão, etc. E por que então que, mesmo sabendo de tudo isso, as pessoas continuam a fumar?
Antes de entender esse vício, vamos a uma breve explicação de como surgiu o tabagismo, segundo o site da Federação Espírita do Mato Grosso do Sul (FEMS).
“O vício do fumo foi adquirido pelos espanhóis, junto aos índios da América Central, que o encontraram nas adjacências de Tobaco, província de Yucatán. Um dos primeiros a cultivar o tabaco na Europa foi Monsenhor Nicot, embaixador da França, em Portugal, de onde se derivou o nome nicotina, dado à principal toxina nele contida”
Inicialmente, os indígenas usavam a fumaça para “espantar os maus espíritos”, jogando folhas secas nos braseiros. Com o tempo, passaram a enrolar as folhas secas de tabaco e tragar a fumaça desses rolos, pois provocava neles uma sensação de prazer. Essa prática foi difundida negativamente, gerando assim o vício do tabagismo.
Como vimos no início desse artigo, fumar é uma forma de suicídio inconsciente. Do ponto de vista espiritual também, mas essa explicação vai ainda mais além.
Ainda de acordo com informações da FEMS, o tabagismo apodera-se do viciado de forma lenta e contínua, fazendo com que ele se torne um escravo de si mesmo e do fumo. O viciado perde o controle da mente e a luta é ainda maior quando há influência dos “espíritos tabagistas desencarnados”, segundo explicação da doutrina Espírita.
Lembrando que o intuito aqui não é falar de religião, mas sim alertar para o que está por trás de uma “simples tragada” acompanhada de uma xícara de café logo após o almoço ou de um copo de bebida alcoólica, por exemplo.
Mesmo aqueles que acreditam ter o domínio do vício e acham que está tudo sob controle, precisam se atentar para o fato de estarem sim cometendo o suicídio inconsciente.
Nosso corpo não foi feito para o cigarro pois, além de destruir a saúde física, prejudica também a vida espiritual.
Sabemos que deixar de fumar não é uma tarefa fácil, pois a ausência das substâncias contidas no cigarro causa ansiedade, angústia, crises de abstinência e até convulsões.
Para vencer essa batalha, é preciso antes de tudo querer viver. Psicólogos e psicanalistas afirmam que aquele que “vive apenas por viver”, também está cometendo suicídio inconsciente.
Parar de fumar é uma escolha de vida e requer muita força de vontade mas, além disso, necessita de muito apoio tanto profissional quanto espiritual. Por isso, se você se encontra nessa ou qualquer outra situação de vício, ou conheça alguém que esteja, procure ajuda.
Existem tratamentos específicos para quem deseja interromper o suicídio lento do cigarro, bem como suporte espiritual independente da religião, para aqueles que escolhem viver.
A partir do momento em que decidir largar o cigarro e buscar ajuda, a pessoa terá todo o apoio espiritual e psicológico para vencer essa batalha e deixará de ser um suicida inconsciente.
O que a filosofia diz sobre vícios? Tabagismo e outros vícios são temas maravilhosos para a filosofia porque humaniza, assim como a religião, pois aproxima o homem – verdadeiro, pecador – do Deus todo piedoso.
A filosofia trata as vicissitudes da maneira mais pura possível, na intenção de compreender a natureza humana.
Seria o vício uma confissão da fragilidade do espírito ou o reconhecimento de profunda humildade, que nos remeta à grandeza espiritual?
É muito interessante! Deixamos com vocês alguns vídeos para se aprofundar sobre o tema, seja para você que quer enfrentar o vício do tabagismo, que para você que quer entender pessoas que você ama e que são viciadas.
O psiquiatra João Mauricio Maia destrincha nesse vídeo do Café Filosófico muitas coisas que você queria saber sobre o cigarro: a planta do gênero Nicotiana, a indústria, o comércio, a cultura, as doenças, as substâncias contidas, os vícios, a dependência, enfim, tudo sobre o tabagismo!
Com o título “de símbolo de status à condenação” uma das coisas que mais chamou a atenção no vídeo é exatamente essa mudança de status que coloca o fumante em uma situação de quase vergonha por fumar. Essa característica tem que ser lembrada porque, como diz o João Maurício Maia: “nós não temos nada contra os tabagistas ,e sim contra o tabagismo”.
Ótima discussão! Assista!
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Categorias: Saúde e bem-estar
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