Todo mundo de máscara. Mas será que elas funcionam mesmo?


Uma cena comum nos últimos dias tem sido as pessoas usando máscaras em quaisquer lugares. Mas para que serve, afinal, a máscara em tempos de coronavírus?

As máscaras faciais têm sido consideradas a “melhor opção” para as pessoas se protegerem da Covid-19. Contudo, elas não protegem completamente contra os micro-organismos presentes no ar, mas podem funcionar contra a fuligem e a fumaça do ar.

E por incrível que pareça, os países que, por causa da poluição estão mais acostumados ao uso de máscaras, são também os que estão mais preparados para enfrentar o vírus (China, Singapura, Japão…). Isso porque, as máscaras comuns, aquelas cirúrgicas, embora não sejam indicadas para quem trabalha diretamente com pessoas infectadas, porque a proteção que estas oferecem contra o vírus não é a ideal, mesmo assim, em termos de contenção da disseminação do vírus na população, elas ajudam muito, pois evitam que gotículas maiores de fluidos corporais, como aquelas expelidas em um espirro ou tosse, sejam mais facilmente espalhadas no ar.

A opção mais segura para uma pessoa evitar a contaminação para si, continua sendo lavar as mãos frequentemente, evitar tocar em olhos, nariz, boca e evitar tocar as pessoas (beijo, abraço, aperto de mão, neste período é super desaconselhado)..

Usar máscaras e evitar de espirrar e tossir sem proteger quem estiver ao redor, é uma atitude de respeito para evitar a disseminação do vírus.

Máscara para quem?

Como explica o Canal Tech, o objetivo das máscaras não é o indivíduo se proteger das outras pessoas, mas sim proteger as outras pessoas de seus próprios germes.

As gotículas expelidas pela tosse, ou o espirro do paciente doente, são filtradas no interior da máscara, evitando, assim, a disseminação do novo coronavírus no ambiente, e sua possível contaminação à outras pessoas.

Mas segundo especialistas, as máscaras apenas minimizam a contaminação do ambiente.

Profissionais da área de saúde – obviamente – e pessoas que trabalham com o público deveriam absolutamente fazer uso da máscara.

Mas o uso deve ser correto

As máscaras cirúrgicas devem ser trocadas a cada 2 horas de uso. Já aquelas mais resistentes, podem durar até 7 dias (siga as instruções de uso).

As máscaras não podem ser lavadas e nem reutilizadas.

Para garantir a sua eficácia, elas precisam estar bem ajustadas ao rosto, vedando-o totalmente.

Nos vídeos a seguir, especialistas explicam sobre os diferentes tipos de máscara e como elas devem ser ajustadas ao rosto.

Modelos de máscaras

O Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH) dos EUA emitiu uma lista de respiradores com filtro de partículas:

  • Modelos N95, N99 e N100: filtram pelo menos 95%, 99%, 99,97% das partículas transportadas pelo ar, respectivamente. Não são resistentes ao óleo;
  • Modelos R95, R99 e R100: filtra pelo menos 95%, 99%, 99,97% das partículas transportadas pelo ar, respectivamente. São um pouco resistente ao óleo;
  • Modelos P95, P99, P100: filtram pelo menos 95%, 99%, 99,97% das partículas transportadas pelo ar, respectivamente. São fortemente resistentes ao óleo;
  • Respirador PAPR com HE (High Efficiency Particulate Air): filtra pelo menos 99,97% das partículas transportadas pelo ar. No entanto, seu uso é exclusivo de profissionais.

Usar ou não usar máscara, eis a questão

O uso da máscara é uma decisão pessoal dado que, por aqui, seu uso não é obrigatório. Ainda que ela não combata 100% a contaminação, ela é considerada um sinal de respeito e cuidado para com o outro, porque contribui para a diminuição da transmissão do novo coronavírus.

Talvez, em um futuro breve, seu uso seja obrigatório. Até lá, esperamos saber como usá-las e como descartá-las para que não se tornem mais um problema ambiental.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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