Os novos chineses: “exportadores de coronavírus”, italianos sofrem preconceito


“Foi um pesadelo, emotivamente destruídos” assim descreveu a situação ao il Fato Quotidiano um dos passageiros bloqueados nas Ilhas Maurício por suspeita de coronavírus.

“Nos deixaram no corredor, sequer nos deixaram tomar um pouco de ar”.

40 italianos das regiões mais afetadas pelo vírus (Lombardia e Vêneto) decidiram por não desembarcar nas Ilhas Maurício depois que as autoridades locais exigiram que, se desembarcassem, deveriam ficar de quarentenas nos hospitais dali.

Enquanto na China a epidemia provavelmente teria atingido seu pico, porque o número de mortes diminuiu e está em seu nível mais baixo há três semanas, a Itália bateu o Japão no número de casos, estando atrás somente da Coreia do Sul e da China e, sendo um país de grande apelo turístico, pode estar exportando o vírus nos novo e velho continentes.

O Brasil acaba de registrar seu primeiro caso e é de um homem que acabou de voltar de viagem da Itália.

São vários os países que fecharam as portas aos italianos ou impuseram limitações à circulação deles.

Áustria, França, Espanha, Rússia, El Salvador, Iraque, Bulgária, Croácia, Israel, África do Sul, Romênia… Estes são apenas alguns dos países que já formalizaram ou estão formalizando medidas protecionistas contra as nações que confirmaram casos de contágio, e estão fechando suas fronteiras aos passageiros que estiveram na Itália, China, Coreia do Sul e Irã nos últimos 14 dias, como é por exemplo, o caso da medida adotada pelo arquipélago de Seychelles.

Resumidamente, nesse período, quem estiver viajando e tiver passado principalmente pelo norte da Itália, provavelmente poderá ter de responder a um formulário e se disponibilizar a restar em observação se houver sintomas da gripe.

Números atualizados

Na Itália a situação só piora. De acordo com o Corriere della Sera, os últimos números atualizados na manhã de hoje revelam a seguinte situação naquele país e no mundo:

  • 12 vítimas na Itália. 374 casos confirmados
  • 6 menores de idade contagiados na Lombardia
  • Segundo caso em Florença
  • 4 novos mortos no Irã
  • França: 3 casos, 2 mortes
  • Primeiro caso no Brasil
  • Disney World coloca funcionários italianos em quarentena
  • 115 novos casos na Coreia do Sul

Pânico e xenofobia?

Recentemente, na cidade de Torino, uma mulher chinesa foi agredida e acusada de transmitir vírus. Chineses não são vírus, italianos e coreanos tampouco. Mas medidas de saúde servem justamente para não alargar a situação. Tudo porém deve ser feito com respeito e pelo bem comum. Lembremos!

O coronavírus, ao que parece, é de fácil contágio mas tem baixa taxa de letalidade. Todos os decessos na Itália advieram de pessoas precedentemente muito doentes. Portanto, no Panic!

Claro que ninguém quer pegar vírus, nem corona nem qualquer outro. Mas não dá para viver no pânico e muito menos na xenofobia. Algumas atitudes simples como manter a higiene das mãos e dos lugares, pode evitar contágios vários. Ademais, o brasileiro já está acostumado desde o tempo do zikavítus a ter sempre um álcool gel na bolsa. Prossigamos!

Talvez te interesse ler também:

Coronavírus na Itália: eventos cancelados, escolas fechadas. Pânico

O coronavírus está ofuscando a pior invasão de gafanhotos do século

Os coronavírus resistem até 9 dias em metal, madeira e outras superfícies, mas são facilmente desinfetados




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...