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As classificações são importantes para que saibamos identificar prontamente uma situação. Em se tratando de saúde pública, é fundamental entendermos certos conceitos para que possamos ter ferramentas para nos cuidar com mais segurança.
Com um mar de informações sobre o novo coronavírus, muita gente está escutando falar de terminologias que muitas vezes são confusas para nós, leigos.
Por isso, vamos falar sobre as diferenças entre surto, epidemia, pandemia e endemia para que você saiba em qual categoria está classificado o novo coronavírus.
Um surto ocorre quando há um aumento súbito do número de casos de uma doença em uma localidade específica. Por exemplo, às vezes, a dengue é tratada como surto por acontecer apenas em uma região específica, como um bairro ou uma cidade.
A epidemia é quando um surto acontece em diversas regiões. Por exemplo, uma epidemia em nível municipal ocorre quando uma doença acomete a população de diversos bairros de uma cidade; uma epidemia em nível estadual acontece quando diversas cidades são afetadas por uma doença; e uma epidemia nacional acontece quando há casos de uma doença em diversas regiões de um país.
A pandemia faz referência a um cenário no qual uma epidemia se espalha para diversas regiões do mundo. Por exemplo, em 2009, a gripe A (conhecida como gripe suína) passou a ser classificada de epidemia para pandemia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrar casos da doença em todos os seis continentes.
A endemia está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é endêmica, ou seja, típica de uma região quando ocorre frequentemente em uma localidade. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil. As doenças endêmicas podem ser, também, sazonais.
Há um mês, aproximadamente, começaram os primeiros registros de casos do novo coronavírus na China. Rapidamente, o novo vírus se espalhou para mais de 20 países, alarmando o mundo todo.
Pela rapidez com que foi disseminado, no dia 30/01, a OMS declarou emergência de saúde pública de interesse internacional, isto é, um “evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e potencialmente exige uma resposta internacional coordenada”.
Mas como a situação ainda não é de infecção simultânea e mortes pela mesma doença, em muitas pessoas, ao redor do mundo, ainda não se trata de pandemia. Mas pode ser que estejamos a um passo de a OMS declarar surto global ou pandemia para o coronavírus, isso porque, vários casos infecciosos foram registrados simultaneamente em países próximos e distantes da China.
Como a gravidade deste coronavírus ainda é desconhecida, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a propagação fora da China parece estar caminhando de forma “mínima e lenta”. Dos mais de 17 mil casos confirmados e das 360 mortes, a maioria ocorreu na China.
“Se investirmos em lutar contra a doença no epicentro (do surto), na fonte, a disseminação para outros países será mínima e lenta”, disse Ghebreyesus em uma reunião da OMS no início desta semana.
Dados recentes mostram que cerca de 2% dos infectados vieram a falecer em decorrência do novo coronavírus, razão pela qual os especialistas intuem que ele é menos letal do que outras doenças que provocaram surtos virais, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (9,5%), a Sars, e a Síndrome Respiratória do Oriente Média (de 35%), conhecida como Mers.
A OMS decidiu declarar emergência global pela preocupação com países com sistemas de saúde frágeis poderem ser atingidos pela transmissão do vírus, o que poderia provocar uma tragédia. Mas por enquanto, nenhum alarme maior do que este que a situação requer.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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