O alarme soou: a Organização Mundial de Saúde acaba de declarar estado de emergência global por causa do coronavírus (antes o alerta era de alto rico global).
O número de mortos subiu para 213, sendo que 43 óbitos ocorreram em apenas um dia. Os especialistas, todavia, não conseguem mensurar a dimensão da epidemia provocada pelo novo vírus.
De acordo com o site de notícias italiano TGCOM24, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, após anunciar que a entidade declarou estado de emergência global, acrescentou o empenho da China para tomar “medidas extraordinárias para lidar com a emergência”, uma vez que “isolou o vírus e compartilhou os dados com todos”.
Como ainda não é possível desenhar o cenário no qual o coronavírus já está atuando, as autoridades dizem que “é preciso estar preparado para enfrentá-la”.
No balanço, além das 213 mortes, o novo coronavírus já infectou cerca de nove mil pessoas em 18 países.
A declaração de emergência, segundo Ghebreyesus, visa a evitar a disseminação do vírus, uma vez que os danos que ele pode causar são, ainda, desconhecidos. Sobretudo em países mais pobres, o vírus poderia desencadear prejuízos enormes.
A OMS não restringe as viagens, o comércio e a movimentação de pessoas, mas recomenda que os países apliquem medidas para “apoiar estados com problemas de saúde, acelerar vacinas, combater a disseminação de notícias infundadas”.
Quando a OMS declara estado de emergência internacional de saúde pública, ela procura propagar, em nível global, a existência de um evento extraordinário que representa um risco real de transmissão de doenças, o qual exige uma resposta coordenada mundialmente. O especialista Lawrence Gostin, da Universidade de Georgetown, explica que se trata de “uma espécie de alarme global”.
A definição de “emergência internacional de saúde pública” foi adotada pela primeira vez em 2005, após a epidemia de SARS. Mas foi em 2009 que foi declarado o primeiro estado de emergência com a gripe suína. Em 2014, foi a vez das epidemias de poliomielite e ebola receberem o status e, em 2016, a epidemia de zika.
Talvez te interesse ler também:
Coronavírus: vacina existe, mas precisa ser testada. Teoria da Conspiração e preconceito
Coronavírus: risco no Brasil sobe para iminente
O apetite chinês por carne fresca e o coronavírus alimentam a nossa hipocrisia
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
ASSINE NOSSA NEWSLETTER