Lapsos de memória e esquecimentos: é falta de vitamina ou problema de saúde mental?


Esquecer onde deixou algum objeto ou até mesmo o nome de alguma pessoa, é normal e pode sim ser considerado um simples lapso de memória. O problema é quando esse lapso passa a ser mais frequente, e acaba sendo confundido com problemas mais graves como amnésia ou até mesmo o Alzheimer. Especialistas explicam a diferença e o que fazer em cada um dos casos.

Nosso cérebro é programado para guardar muitas lembranças, mas só utilizamos aquelas que são mais importantes e frequentes. No entanto, para realizar algumas atividades do nosso dia a dia, nosso cérebro não precisa “pensar” o tempo todo e muitas vezes trabalha em modo “automático”. Este é um dos motivos pelos quais esquecemos coisas simples, como por exemplo, onde deixamos a chave de casa ou do carro.

Quando esses esquecimentos ocorrem com frequência, inclusive em pessoas mais jovens, é preciso averiguar as causas e buscar tratamento médico, pois pode estar relacionado a problemas de saúde como depressão, estresse, hipotireoidismo, hipertensão e até mesmo falta de vitaminas.

Já quando os esquecimentos afetam o comportamento e as funções básicas como sair de casa, orientação de tempo e espaço, confundir objetos e esquecer a fisionomia dos próprios familiares, pode ser algo mais grave, como o Alzheimer, por exemplo.

A demência e outras doenças relacionadas à perda das células causadas pelo envelhecimento natural do corpo, podem ser diagnosticadas e controladas se forem observadas logo no início. Por isso é muito importante prestar atenção aos sinais e buscar ajuda médica. Vamos aprender a diferença.

Diferença entre lapsos de memória, amnésia e Alzheimer

Lapsos de memória são pequenos esquecimentos temporários e rápidos que podem ocorrem tanto em pessoas mais velhas ou mais jovens.

Já a amnésia e esquecimentos mais duradouros, são mais comuns em pessoas com idade acima dos 60 anos, ou em pessoas que sofreram algum trauma cerebral, seja um AVC, derrame, pancada ou doença degenerativa.

O Mal de Alzheimer é um exemplo de doença degenerativa, caracterizado inicialmente por lapsos de memória e depois por amnésias mais frequentes que, se não controlados, podem se agravar e tornar irreversíveis.

O que causa a perda de memória?

Além do envelhecimento natural e dos problemas como estresse, depressão e AVC, a perda de memória pode ser causada por:

  • Colesterol alto, diabetes, tabagismo e pressão arterial – Todos esses problemas atrapalham a oxigenação do cérebro, provocando microlesões que levam à perda de memória.
  • Má qualidade do sono, ansiedade, estresse e depressão – Esses fatores prejudicam a atenção, deixa a pessoa desatenta e com dificuldade para absorver informações.
  • Mal de Alzheimer – Doença que atinge cerca de 7% dos idosos entre 60 e 65 anos, fazendo com que a pessoa esqueça nomes, fisionomias, compromissos, datas e fique com o comportamento alterado (mania de perseguição, falta de diálogo, de iniciativa e respostas monossilábicas).
  • Uso de medicamentos – Excesso de ansiolíticos e outros remédios para controlar a ansiedade, estão associados à perda de memória quando ingeridos de forma inadequada.
  • Falta de vitaminas e minerais – De acordo com especialistas, a falta de vitaminas como a B12 e minerais como o cálcio, ferro, zinco, ferro, ômega 3 e até o carboidrato são essenciais para o bom funcionamento do cérebro.
  • Acidentes e traumas – Pancadas na cabeça podem deixar sequelas e provocar quadros de amnésia.
  • TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) – Dificuldade em manter a atenção e a quietude estão relacionados com esse transtorno e podem ter como consequência a perda da memória.
  • Amnésia Global Transitória – Ocasionada pelo mau funcionamento do hipocampo, onde ficam armazenadas as memórias no cérebro.
  • Problemas na tireoide – Hipotireoidismo.
  • Uso de drogas e álcool em excesso.

Como evitar a perda de memória?

Uma das atividades mais recomendadas pelos médicos para evitar a perda de memória é a leitura. Além disso, recomenda-se também aprender um novo idioma, fazer artesanato, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas, dentre outras atividades intelectuais e de coordenação motora.

Manter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos são essenciais, pois eles são verdadeiros combustíveis não só para o corpo, mas também para a mente.

Socializar é uma ótima maneira de exercitar o cérebro, pois nos induz a conversar, emitir opiniões e aprender a ouvir. Por isso é muito importante ler e estar atualizado, para conseguir elaborar bons argumentos, ou mesmo desenvolver uma boa conversa com qualquer tipo de pessoa.

Conversar sobre diversos assuntos faz com que o cérebro esteja sempre em funcionamento, além de trabalhar a fala e melhorar a comunicação.

Fique de olho

Se você se identificou com alguns desses sintomas ou sofre com perdas frequentes de memória, procure um médico o quanto antes. Como vimos, é normal ter um esquecimento ou outro, mas quando eles atrapalham a convivência social, é sinal de que alguma coisa não vai bem.

O Alzheimer por exemplo, é uma doença degenerativa, ou seja, ela progride cada vez mais rápido com o tempo, mas se for diagnosticada rapidamente, pode ser controlada e até estabilizada com alguns medicamentos e mudanças de hábitos simples.

Além disso, procure controlar o estresse e a ansiedade, pois eles nos deixam praticamente irracionais. Sabemos que é difícil ter equilíbrio com a vida que levamos hoje, mas é extremamente importante buscar por mais qualidade de vida. Terapia e meditação são ótimas opções para melhorar o sono e, consequentemente, o bom funcionamento do cérebro.

Pratique bons hábitos e procure ter uma boa noite de sono. Só esses passos já garantem uma boa memória!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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