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Foi só o novo iPhone 11 Pro ser lançado que começou a chuva de reclamações. Segundo notícia publicada por vários meios de comunicação, centenas de pessoas vêm se queixando de que o novo design do telefone provoca aversão em quem tem tripofobia.
Isso significa que, só de olhar para o padrão geométrico do telefone, formado pelas três lentes de alta potência da câmera traseira, alguns podem começar a se coçar e até vomitar.
“A Apple não pensou em nós que temos TRIPOFOBIA ao fabricar o iPhone 11 Pro. Eu não posso comprá-lo, sentiria coceira o tempo todo, sempre que olhasse para ele”, postou um usuário no site da empresa.
O termo tripofobia foi cunhado pela primeira vez em 2005 e, desde então, começou a circular pelas redes sociais. Refere-se à aversão provocada pela visualização de padrões de furos como colmeias, formigueiros e até mesmo um waffle.
Segundo o primeiro estudo conduzido sobre o assunto, as causas da fobia podem se relacionar a uma adaptação evolutiva e mecanismos de autopreservação, uma vez que, na natureza, diversos animais e insetos venenosos apresentam esse tipo de padrão geométrico.
Em depoimento à BBC, o Dr. Geoff Cole e o professor Arnold Wilkins, da Universidade de Essex, que fizeram parte do primeiro estudo científico completo sobre tripofobia, disseram que se trata de uma fobia que acomete a todos, com variações em relação à intensidade, e chega a ser “bastante incapacitante” para alguns.
Por ainda não ser reconhecida oficialmente, a condição não pode ser diagnosticada, mas, durante a realização da pesquisa pioneira, que trabalhou com 286 adultos, 16% deles tiveram reações fisiológicas, como aumento dos batimentos cardíacos, aos padrões geométricos repetitivos.
O professor Wilkins também vê uma outra explicação possível: a de que tais imagens implicariam uma maior dificuldade de processamento por parte do cérebro, forçando uma maior oxigenação e um maior uso de energia.
Além das hipóteses aventadas pela dupla pioneira, Cole e Wilkins, de que a fobia se relacionaria ao instinto de autopreservação ou, ainda, ao maior esforço empenhado pelo cérebro para ler as imagens, pesquisadores da também britânica Universidade de Kent fizeram outras especulações: a aversão talvez se explique pelos padrões gerados quando doenças infecciosas, como varíola e sarampo, manifestam-se.
Mas há também os que identificam as causas na própria circulação das informações das redes sociais. Como os seres humanos são capazes de desenvolver fobia a praticamente qualquer coisa, as reações desencadeadas poderiam estar sendo simplesmente induzidas pelos relatos encontrados na Internet.
Sejam lá quais forem as reais causas, na dúvida, é preciso pensar bem (ou melhor, ver bem) antes de comprar um novo smartphone. Se o seu ainda funciona, por que comprar um novo? Nós somos pelo consumo consciente! Menos é mais!
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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