1 a cada 5 mortes: os hábitos alimentares que matam mais que cigarro


As pessoas já sabem: uma alimentação ruim, pobre nutricionalmente, está por trás de diversas doenças, como obesidade e doenças cardiovasculares. Mas o que muita gente não sabe é que hábitos alimentares pouco saudáveis podem matar mais do que cigarro.

Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pelo Global Burden of Disease, o estudo mais extenso sobre causas de mortes no mundo.

Segundo o levantamento, publicado na revista científica Lancet, uma a cada cinco pessoas morrem em decorrência de uma alimentação inadequada.

O professor e diretor do Instituto de Medições de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington (EUA), Cristopher Murray, afirmou à BBC que as consequências da má alimentação na saúde são enormes:

“Descobrimos que a dieta é um elemento muito importante; seu impacto em nosso organismo é realmente muito profundo”, diz.

Entre os principais vilões está o sal, que responde por cerca de 3 milhões de mortes.

O grande problema do sal é que ele favorece o aparecimento de doenças cardiovasculares, tendo em vista que aumenta a pressão arterial. Além disso, pode comprometer o bom funcionamento do coração e vasos sanguíneos, causando insuficiência cardíaca.

Casos de câncer e diabetes também podem ter como uma das causas a má alimentação. Juntamente com o sal, uma dieta pobre em grãos integrais e frutas também é nociva para a saúde. Por isso, os estudiosos recomendam uma redução no consumo de sal e carnes processadas e uma preferência maior por grãos integrais, nozes e sementes, frutas, verduras e legumes. Tais alimentos possuem efeito protetor no organismo, prevenindo doenças.

No que diz respeito à alimentação mundial, alguns países se destacam positivamente, como é caso da França, Espanha e Israel, que têm taxas menores de mortes em decorrência de uma dieta pobre nutricionalmente. Já os países da Ásia, principalmente do Sudeste, Sul e Centro, têm taxas altas de mortes decorrentes de uma má alimentação. No caso do Brasil, os dados não são nada favoráveis. Segundo levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 90% dos brasileiros está fora do padrão de dieta saudável, recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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