Dor nos seios: causas e quando se preocupar


Dor nos seios nem sempre indica problemas graves como o câncer, mas é importante prestar atenção. Muito frequente nas mulheres, às vezes a dor nos seios é apenas um sintoma de alguma fase do ciclo, como período fértil ou menopausa. Para saber ao certo do que se trata, é importante prestar atenção na frequência, intensidade, bem como nos sinais visíveis que ela apresenta. Por isso vamos falar sobre o que deve ser observado nesses casos e o que fazer quando algum nódulo for encontrado.

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Introdução

A dor nos seios é muito comum em mulheres, principalmente em idade fértil e na menopausa. Na medicina, ela é chamada de mastodinia ou mastalgia e, embora seja um sintoma normal, ela é um dos principais motivos de preocupação nas mulheres, pois dependendo da intensidade, pode indicar ou não a presença de tumores.

O mais comum é que ela esteja relacionada com as alterações do ciclo de vida feminino, mas em muitos casos ela é sinal de que há alguma anomalia que deve ser investigada. Em contrapartida, a presença de um tumor também pode ser silenciosa e não causar nenhuma dor. Diante disso, é muito importante conhecer o próprio corpo, observar as alterações e estar sempre em dia com os exames de rotina, pois a prevenção é o melhor remédio contra qualquer doença.

Lista das possíveis causas

A mastodinia ou mastalgia, varia de acordo com os hormônios, fases da vida, históricos familiares e com a presença ou não de nódulos. A prevenção pode ser feita com exames simples e, para conseguir identificar do que se trata, é importante observar algumas possíveis causas:

  • Sintomatologia típica da síndrome pré-menstrual – Dor cíclica que surge poucos dias antes da menstruação e que desaparece nos primeiros dias do fluxo. Seus sintomas característicos são: inchaço da glândula mamária, sensação de peso, dor incômoda e contínua e sensação de pontadas em alguns casos. Essa dor também é comum em períodos de ovulação e podem aumentar ou diminuir com o uso de anticoncepcionais.
  • Mastodinia não cíclica – É uma dor persistente que costuma acontecer após os 40 anos de idade e na menopausa. Nesse caso ela já não depende do ciclo hormonal e a causa não é muito bem identificada. Por isso o mais recomendado é procurar um médico logo que o primeiro incômodo surgir.
  • Mastodinia unilateral – A dor nos seios nem sempre acontece nas duas mamas. Muitas vezes ela é decorrente de alguma lesão, acidente e até mesmo pelo uso de sutiã muito apertado ou solto demais. Nesses casos, convém analisar se a causa da dor em um dos seios ou nos dois é devido a uma dessas circunstâncias.
  • Gravidez e lactação – Durante a gravidez, é comum sentir dor nos seios devido às grandes alterações hormonais que ocorrem nessa fase. Já no período de amamentação ou lactação, a dor nos seios pode estar ligada à presença de uma mastite (inflamação nas glândulas mamárias), a qual pode causar vermelhidão na área dolorida e até mesmo febre. Por isso, é importante manter o acompanhamento com o médico obstetra para receber as orientações corretas de como proceder nesses casos.

Quando se preocupar?

Antes de mais nada, devemos sempre manter os exames médicos em dia, pois muitos tumores em fase inicial não causam dores nos seios. De acordo com as estatísticas, menos de 0,5% das pacientes com mastodinia apresentaram tumores malignos e 15% apresentaram tumores benignos como cistos e fibroadenomas. Por este motivo, o diagnóstico precoce do câncer de mama é a melhor forma de prevenção e cura definitiva.

O autoexame é um dos principais procedimentos de prevenção contra o câncer de mama e pode ser realizado em casa, por mulheres a partir dos 25 anos. O intuito dele é observar alterações e anomalias para evitar que problemas mais graves se desenvolvam. As anomalias mais frequentes e que devem ser observadas são:

  • Nódulos duros nos seios;
  • Corte na pele ou no mamilo;
  • Pele com textura de “casca de laranja”;
  • Secreções de sangue.

Diante de alguma dessas anomalias, recomenda-se procurar um médico para que ele possa solicitar exames mais precisos como: mamografia, ultrassonografia mamária, biópsia e outros exames de sangue que analisam a composição hormonal.

O que fazer e onde ir em caso de suspeita de câncer de mama?

O câncer de mama é a principal incidência junto com os tumores de pulmão. No entanto, graças aos avanços da medicina, as chances de cura definitiva são muito maiores atualmente. Além disso, programas de prevenção e rastreamento, bem como o estudo das características biológicas dos tumores, permitiram o desenvolvimento de novos medicamentos para tratar o câncer.

A triagem para o câncer de mama através de mamografia já é oferecida gratuitamente em muitos lugares para mulheres com idades entre os 50 e 74 anos, grupo no qual 80% dos casos de câncer de mama são diagnosticados.

A mamografia é um exame radiográfico que permite a identificação precoce de lesões malignas, mesmo aquelas que ainda não são palpáveis. Esse exame é realizado em duas projeções radiográficas, tanto de cima como de lado. Nos programas de triagem, as imagens são analisadas separadamente por dois radiologistas para garantir maior confiabilidade no diagnóstico.

A mamografia deve ser realizada por mulheres a partir dos 40 anos, numa periodicidade de 12 a 24 meses. Em pacientes com histórico de câncer na família, recomenda-se iniciar esse exame aos 35 anos.

Outra ferramenta bastante utilizada é a ultrassonografia mamária, a qual pode ser realizada em qualquer idade, caso seja encontrado algum nódulo através do autoexame e do exame realizado pelo médico. A ultrassonografia também é utilizada nos casos em que há dificuldade para fazer a mamografia, devido à densidade das mamas. No entanto, fica a cargo do médico responsável indicar qual exame deve ser feito.

Além da mamografia e da ultrassonografia mamária, também poderá ser solicitada uma biópsia por agulha, para analisar as células e o tecido dos nódulos. Esse procedimento normalmente é realizado quando a suspeita de tumor é confirmada.

Para todos os casos, a variável “tempo” é fundamental. Por isso, recomenda-se inicialmente realizar o autoexame a partir dos 25 anos para identificar possíveis anomalias, manter uma rotina de exames regulares e não negligenciar qualquer sintoma, por mais simples que possa parecer.

No Brasil, quem tem convênio médico consegue lutar melhor contra o tempo do que os que dependem do SUS. No entanto, existem formas de conseguir um atendimento digno, mesmo não tendo condições para pagar um convênio saúde. Normalmente, as UBSs de bairro demoram muito no atendimento, pois dependem de vagas para agendar a primeira consulta.

Ao passar pela primeira consulta pelo SUS, dependendo do caso, a pessoa é encaminhada diretamente para o tratamento (quimioterapia e/ou radioterapia) e/ou cirurgia. A espera pelo tratamento e pela cirurgia no SUS vai depender da quantidade de pessoas que estiverem na fila, de acordo com a região.

No entanto, é possível obter ajuda procurando diretamente o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) do seu bairro, a Secretaria de Saúde, o Hospital do Câncer ou o IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer). Informe-se!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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