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O Transtorno de Personalidade Borderline recebe esse nome porque foi Adolf Stern, psicanalista, quem primeiro cunhou o termo “personalidade borderline” em 1983. Ele o utilizou para descrever pessoas com personalidade limítrofe entre a neurose e a psicose.
A personalidade é o jeito de uma pessoa ser, o que resulta de um conjunto de fatores inatos ou adquiridos durante a vida. Esses fatores contribuirão para o estabelecimento de um padrão de comportamento humano, determinando o modo de uma pessoa ser, pensar, agir, sentir e se relacionar.
Quando a personalidade sofre o efeito de um transtorno, como o do Borderline, o indivíduo fica prejudicado em sua expressão com o mundo externo, tornando-se uma pessoa com dificuldade de se expressar; interagir e se relacionar com outras pessoas.
Saiba mais sobre esse transtorno para entender melhor a si e aos outros.
Depois de Stern, o termo “organização da personalidade limítrofe” foi cunhado por Otto Kernberg em 1975 para descrever um padrão consistente de funcionamento e comportamento caracterizado por instabilidade e uma organização psicológica perturbada. Esse padrão inclui sintomas como flutuações intensas de confiança e desespero, uma autoimagem instável, mudanças rápidas de humor, medo de abandono e rejeição, tendência para pensamentos suicidas e automutilação, e às vezes sintomas psicóticos transitórios. Tais características são reconhecidas nas classificações psiquiátricas contemporâneas.
O Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe, que alguns chamam de Síndrome de Borderline, é, portanto, um distúrbio mental, que tem como características instabilidade emocional, oscilação de humor, comportamento impulsivo e inconstante, baixa autoestima e distorção da autoimagem.
Uma pessoa pode desenvolver uma personalidade Borderline em qualquer fase de sua vida, bastando ter propensão e um gatilho emocional para isso.
A seguir serão listados alguns fatores que contribuem para a manifestação desse distúrbio.
Esse transtorno de personalidade pode ser causado por:
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), estes são os critérios usados para diagnosticar uma pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline:
O diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline requer a presença de pelo menos cinco dessas características, que devem estar presentes na maioria das áreas da vida, e o padrão de comportamento deve ser estável e duradouro.
Não julgue, pois somente um profissional de saúde mental qualificado deve fazer o diagnóstico com base em uma avaliação clínica abrangente.
Reconhecer traços borderline é útil não para julgar, mas para entender o outro e a nós mesmos. Dependendo do grau (leve, moderado ou grave) dos “sintomas”, podemos ou devemos procurar ajuda.
O Transtorno de Personalidade Borderline está muito associado a prejuízos significativos nas relações. Os “Borders” têm muita dificuldade em manter relacionamentos estáveis em decorrência da instabilidade pessoal e emocional deles. Contudo, pessoas com esse transtorno podem se dar muito bem em carreiras solitárias (pesquisadores, escritores, etc).
Geralmente, assim como em tantos outros distúrbios de personalidade, é quando as pessoas começam a ter prejuízos pessoais, sociais e ocupacionais que elas percebem o problema e buscam ajuda.
O (DSM-5) não categoriza subtipos específicos dentro do Transtorno de Personalidade Borderline. Mesmo assim, existem 4 tipos amplamente aceitos pelos profissionais de saúde. São eles:
Saiba mais:
Não existe cura, e sim, tratamento. Não há doença, e sim, transtorno de personalidade, por isso, o tratamento é adaptado individualmente com base nas necessidades e circunstâncias de cada indivíduo.
Para lidar com esse transtorno, a pessoa em primeiro lugar precisa aceitar que tem um problema, procurar saber mais sobre este e buscar a orientação de um especialista.
O diagnóstico pode ser feito por um psicólogo, psicanalista ou psiquiatra que fará uma avaliação completa para poder prescrever o devido tratamento.
Para realizar o diagnóstico, o profissional fará uma entrevista com o paciente e poderá pedir exames médicos mais abrangente para verificar outras possíveis doenças e transtornos.
Pode ser que apenas psicoterapia ou psicanalise sejam suficientes, mas dependendo da gravidade, seja necessário tratamento com medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor e calmantes para ajudar o indivíduo a controlar suas emoções negativas e saber enfrentar momentos de desequilíbrio emocional.
Havendo o tratamento adequado, quem sofre desse transtorno pode ter uma boa qualidade de vida.
O tratamento também pode envolver a participação dos familiares que convivem com o paciente, caso precisem de suporte, orientação e acompanhamento psicológico, para saberem lidar com o problema, que acaba afetando suas vidas e emoções.
Os tratamentos para o Transtorno de Borderline são:
Outros aspectos e cuidados que irão contribuir muito para a melhora de quem tem Borderline são os seguintes:
Estes vídeos são muito interessantes e te ajudarão a se aprofundar sobre o tema:
Para ajudar uma pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline:
Fontes e Bibliografia:
Categorias: Saúde e bem-estar
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