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Os vírus estão presentes na vida de todos, e são tão numerosos que assustam. Alguns, de tão comuns, exigem cuidados redobrados para evitar contaminações. É o caso do HPV, vírus transmitido, principalmente, por via sexual, e que vai contaminar mais de metade das pessoas sexualmente ativas, em algum momento de suas vidas. No entanto, apesar de frequente, é um vírus simples de tratar, quando descoberto cedo. Saiba abaixo todas as informações sobre HPV.
O Human Papiloma Virus (VPH ou HPV, em português) é um vírus que ataca as mucosas e a pele e só infecta seres humanos. Também conhecido como crista-de-galo, ele pode nunca se manifestar, mas estar presente no organismo. É transmitido sexualmente, podendo ficar incubado por até 20 anos.
Grande parte das pessoas vai ter contato com o HPV em algum momento, mas a maioria vai eliminar o vírus naturalmente.
Quando isso não acontece, ele se instala no organismo e provoca a doença.
A transmissão do HPV é feita, na imensa maioria dos casos, por via sexual. Por não exigir troca de fluidos para o contágio, pode ser pego apenas no contato entre os órgãos infectados. O maior risco existe quando há relação desprotegida, sem uso de preservativos, início precoce da vida sexual ou múltiplos parceiros sexuais. Embora raro, pode acontecer contaminação também por contato com objetos ou por via vertical, ou seja, durante o parto, da mãe para o bebê.
Os sintomas vão depender do tipo de HPV e do local infectado. A infecção também pode ser assintomática.
Quando há presença de sintomas, eles são, geralmente, caracterizados pela presença de verrugas e/ou lesões malignas, que podem afetar as mãos, pés, face, áreas genitais e até o aparelho respiratório.
Pode haver também irritação ou coceira no local atingido.
A manifestação mais grave do HPV acontece quando ele precede o câncer, que afeta, principalmente, as áreas genitais, ânus, cabeça e pescoço. Uma observação importante é que quase todos os casos de câncer de colo do útero, um dos mais frequentes entre as mulheres, são causados pelo HPV.
O diagnóstico do HPV é feito por meio do histórico clínico e alguns exames, como colposcopia, peniscopia e papanicolau. É possível também que o médico peça uma biópsia, procedimento que retira tecido local para análise. Há também o teste genético PCR (Polymerase Chain Reaction), que pode ajudar na detecção do problema.
Entre os especialistas que podem ser consultados estão o clínico geral, infectologista, dermatologista, ginecologista e urologista.
Uma vez diagnosticada a doença, é importante sempre fazer acompanhamento médico, pois as chances de cura da infecção por completo não são 100% garantidas. No entanto cerca de 90% das pessoas com o vírus conseguem se curar. Grande parte delas elimina o vírus do organismo em 1 ou 2 anos, principalmente as mais jovens.
O tratamento de HPV visa, essencialmente, eliminar as verrugas, pois existe o risco de elas evoluírem para lesões malignas. Para tanto é possível fazer uso de medicações prescritas pelo especialista ou recorrer a procedimentos cirúrgicos.
Outra medida importante é sempre fazer exames, principalmente o Papanicolau, para verificação de possíveis anormalidades celulares.
Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que 150 tipos já foram catalogados. Apenas 14 deles podem anteceder casos de câncer. Os tipos de vírus são definidos, principalmente, pela área que atacam. Alguns infectam as áreas genitais e outros a região cutânea.
Os tipos HPV 16 e HPV 18 estão por trás de 70% dos casos de lesões que podem evoluir e tornarem-se malignas.
O HPV é a infecção sexual mais comum em todo mundo. Estudos apontam que mais de metade das pessoas sexualmente ativas vai se contaminar com o vírus. No Brasil, mais de 45% dos jovens entre 16 e 25 nos possuem HPV. As mulheres são mais atingidas que os homens. Por isso o público-alvo da campanha de vacinação, uma das formas de prevenção da doença, são as meninas de até 15 anos.
A principal forma de prevenir a contaminação por HPV é por meio do sexo seguro. É essencial utilizar preservativo para evitar a transmissão. Uma outra forma eficaz, que deve ser feita em conjunto com a proteção sexual, é a vacinação. O ideal é que a vacina seja administrada antes da primeira infecção. Por isso ela é administrada cedo, entre 9 e 14 anos, fase em que, geralmente, as pessoas ainda não iniciaram a vida sexual.
Fazer exames regularmente também é importante, principalmente o Papanicolau, que pode detectar precocemente o contágio, antes que evolua para o câncer no colo do útero. O exame deve ser feito pelas mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos, sexualmente ativas. Os primeiros exames devem ser feitos anualmente, e depois, de 3 em 3 anos.
Embora seja raro o contágio através de objetos contaminados, também é importante evitar contato da pele com superfícies de uso público.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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