Novo algoritmo do Google prevê AVC e infarto, analisando os olhos


Pesquisadores do Google desenvolveram um novo algoritmo que usa a inteligência artificial para prever o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e outras doenças cardiovasculares. Como isso funciona? Analisando os olhos!

Os ataques cardíacos, os acidentes vasculares cerebrais e outros eventos cardiovasculares, continuam a estar entre as principais causas de morte. Portanto, avaliar o risco de sofrer um desses problemas, é o primeiro passo fundamental para proteger a saúde pública.

Para identificar a possibilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, os médicos levam em consideração uma série de fatores de risco, alguns genéticos (como idade e sexo), alguns relacionados ao estilo de vida (como tabagismo e pressão sanguínea). Embora a maioria desses dados possa ser obtido simplesmente perguntando ao paciente, outros fatores, como o colesterol, requerem uma amostra de sangue. Os médicos também consideram se um paciente sofre de outras doenças como a diabetes, que está associada a um aumento significativo no risco de eventos cardiovasculares.

Agora, o Google, em colaboração com a empresa Verily Life Sciences, estudando dados em 284.335 pacientes, descobriu um algoritmo de “Aprendizagem profunda” – “Deep Learning” – que poderia identificar fatores de risco com base na idade, pressão arterial, sexo, se a pessoa fuma ou não, apenas analisando a retina do paciente.

google algoritmo olhos 2

Graças a uma câmera e um microscópio, os especialistas conseguem coletar dados importantes sobre a pessoa, que são depois analisados ​​por um software capaz de fazer uma previsão sobre o fator de risco cardiovascular. O estudo, publicado na Nature Biomedical Engineering, mostrou basicamente que, além de detectar doenças oculares, as imagens do olho podem prever com precisão alguns indicadores da saúde cardiovascular.

Analisando as retinas em detalhes, a inteligência artificial do Google conseguiu diferenciar os pacientes que poderiam sofrer um evento cardíaco grave nos próximos cinco anos, daqueles que não sofreriam, com uma precisão de 70%.

Foi assim que o autor principal do estudo, Lily Peng, escreveu em um blog do Google:

“Embora os médicos tipicamente possam distinguir entre imagens retinianas de pacientes com hipertensão grave e pacientes normais, nosso algoritmo poderia ultrapassar a predição da pressão arterial sistólica dentro de 11 mmHg em média para pacientes em geral, incluindo aqueles com e sem hipertensão arterial “.

Esta descoberta é particularmente interessante porque sugere a possibilidade de encontrar novas maneiras de diagnosticar problemas de saúde graças a imagens retinianas.

No entanto, são necessários mais testes antes que o algoritmo possa ser usado na configuração clínica.




Redação greenMe

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