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Antes de responder à pergunta do título, vamos entender mais sobre o olho humano. Existe uma membrana fina e transparente chamada córnea que envolve a frente do globo ocular. Atrás dela estão a íris e a pupila que se dilata ou contrai de acordo com a incidência de luz. O cristalino, que é como uma lente e fica na parte posterior do globo ocular, recebe a imagem da pupila e converte na retina.
Na área entre a córnea e a íris (câmara anterior do olho) contém um líquido incolor chamado humor aquoso, cuja função é manter a pressão ideal dentro da câmara anterior. O normal é que esse líquido circule pelo globo ocular e seja eliminado por um pequeno canal ou pelas veias ciliares (cílios). Quando isso não ocorre de forma correta devido à obstrução do canal ou das veias, a pressão intraocular aumenta e pode causar problemas mais graves como o glaucoma.
Glaucoma é uma doença ocular, que ocorre no nervo óptico (nervo que transmite as imagens da retina para o cérebro), causada principalmente pelo aumento da pressão intraocular e, embora não provoque sintomas no início, se não for tratada corretamente pode se agravar para uma cegueira.
Existem quatro tipos de glaucoma:
Como o glaucoma no início é assintomático, os médicos recomendam que sejam realizadas consultas periódicas com o oftalmologista, pois o diagnóstico é feito quando o paciente se queixa de algum problema na visão, o que pode ocorrer depois de uma certa idade.
Segundo o Dr. Vital Paulino Costa, a única maneira de diagnosticar o glaucoma é fazer o exame de pressão intraocular. Caso haja alteração, será solicitado um exame mais específico conhecido como “campo visual”.
Os casos de glaucoma aumentam em pessoas com mais de 70 anos, afirma o doutor. Dentre as incidências, além de pessoas com mais de 40 anos, pessoas afrodescendentes, pessoas que tem histórico da doença na família, míopes e pessoas diabéticas que tem problema de pressão intraocular estão mais propensos a desenvolver a doença.
Também incluem nesse grupo pessoas que fazem uso de medicamentos que contêm cortisona, principalmente se aplicados nos olhos, pois seu componente principal pode secar o humor aquoso (líquido que controla a pressão dos olhos).
Como foi dito anteriormente, o glaucoma congênito é um tipo raro da doença e atinge crianças recém-nascidas até 3 anos de idade. Pelo exame do olhinho feito no recém-nascido é possível identificar o problema, pois a córnea fica turva, inchada e também ocorre o aumento dos olhos.
Quando é feito o teste corretamente e é diagnosticado glaucoma no bebê, é feito tratamento com colírios para baixar a pressão intraocular para que sejam feitas as cirurgias indicadas (goniotomia, trabeculoplastia, trabeculectomia) ou até implantes de prótese de drenagem do humor aquoso, dependendo da gravidade do problema.
O glaucoma congênito representa 20% dos casos de cegueira infantil, por isso recomenda-se que logo nos primeiros meses de vida os pais ou familiares levem a criança ao oftalmologista caso percebam algum dos sinais ou tenham pelo menos 50% de histórico familiar.
Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo e o grande desafio de enfrentar esta doença é o fato de que ela não apresenta sintomas na fase inicial. Por isso é recomendado que inclua a visita ao oftalmologista nos exames de rotina, pois a qualquer sinal de problemas na visão, poderá ser tarde demais.
Glaucomas mais comuns não causam sintomas, mas quando estes ocorrem, geralmente são caracterizados por:
Infelizmente glaucoma não tem cura, mas existem tratamentos que variam de acordo com a gravidade do caso e até cirurgias para corrigir o problema:
A pressão intraocular não é a única causa do glaucoma, mas é muito importante que ela esteja controlada. Por isso, fique de olho (literalmente) nos sintomas indicados acima e consulte um oftalmologista periodicamente mesmo que não sinta nenhum incômodo nos olhos.
Atualmente utilizamos muito as telas dos computadores, tablets e celulares que emitem um tipo de luz (azul) que com o passar do tempo pode danificar a visão.
Devido ao tempo que passamos com os olhos “grudados” nestas telinhas, tendemos a piscar menos fazendo com que a lubrificação das vistas fique comprometida. Por isso, sempre que puder faça pequenos intervalos, se possível de uma em uma hora. Se não puder se levantar, desvie um pouco o olhar ou feche os olhos por alguns instantes para “descansá-los”.
Caso faça uso de colírios, pergunte ao seu oftalmologista se é o mais recomendado para limpeza e lubrificação. O ideal é que utilize um colírio indicado por ele, sem componentes químicos na fórmula. Seu médico poderá indicar os melhores procedimentos para cuidar desse dom tão precioso que é a sua visão!
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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