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Um dos sintomas mais incômodos na vida das pessoas é sentir dor. Uma tensão muscular ou dor de cabeça, por exemplo, acabam com o dia de qualquer um. Agora imagine sentir dor o tempo todo, no corpo inteiro. É assim que pessoas com fibromialgia vivem, principalmente quando ainda não receberam o diagnóstico correto e tratamento adequado.
Ainda existe muito desconhecimento com relação à essa síndrome, especialmente o que faz as pessoas com o problema sentirem tanta dor.
Conheça agora todas as informações sobre o tema.
A fibromialgia é uma síndrome que provoca dor generalizada, por um período prolongado (superior a 3 meses). Ela tem caráter reumático e crônico. Estima-se que de 2 a 3% dos brasileiros tenham o distúrbio, sendo que as mulheres têm 10 vezes mais chances de desenvolver o problema.
O que já se sabe é que o cérebro de quem tem fibromialgia sofre alterações com relação à sensibilidade à dor. Como o diagnóstico é difícil, pois pode sugerir outras doenças, quem tem essa síndrome, geralmente, passa por vários médicos, antes de chegar ao diagnóstico correto.
Embora já se saiba desse problema médico desde o fim dos anos 400 e começo dos anos 300 a.c., por iniciativa de Hipócrates, a fibromialgia só foi reconhecida como síndrome no fim da década de 1970, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A fibromialgia apresenta uma série de sintomas, que, muitas vezes, podem dificultar o diagnóstico por lembrar outras doenças.
Mas, um dos sintomas mais característicos é o seguinte:
Dor generalizada – A dor da fibromialgia pode ser descrita como “dor cansada”, tendo em vista que não é forte, nem aguda. Para ser classificada como generalizada, a dor precisa ser em ambos os lados do corpo, da cintura para baixo e para cima.
Os especialistas classificam 18 pontos mais sensíveis a dor em quem tem fibromialgia. Além da dor generalizada, pessoas com fibromialgia podem sentir:
A fibromialgia não tem uma causa conhecida, mas tem influência genética e alguns fatores de risco. Mulheres têm maior tendência a desenvolver essa síndrome, e também pessoas com doenças autoimunes e reumáticas.
Traumas, sejam eles físicos ou emocionais e mesmo infecções graves também podem desencadear a fibromialgia.
Pode acontecer de os sintomas do distúrbio aparecerem aos poucos e irem se alastrando pelo corpo, principalmente a dor, que, vale lembrar, é real, e isso é comprovado.
Existe uma alteração cerebral importante na forma como o organismo sente a dor em pessoas que sofrem com fibromialgia.
O diagnóstico da fibromialgia é feito por meio de uma avaliação clínica, pois não existe um exame específico para detectar a síndrome. O médico pode fazer, no entanto, uma avaliação dos pontos sensíveis a dor no paciente, verificando o tempo de duração dos sintomas e complementando com exames para descartar outras doenças.
Com relação ao tratamento, o mais importante, quando diagnosticada a síndrome, é o paciente passar por uma mudança e melhora na qualidade de vida, se alimentando melhor, fazendo exercícios de baixo impacto, como natação, e também participando de grupos de apoio e terapias comportamentais.
Tudo isso ajuda a lidar e tratar o distúrbio, que tem um fundo emocional bem importante.
Alguns medicamentos podem ser receitados, como analgésicos e antidepressivos.
Acupressão, fisioterapia e acupuntura funcionam bem, em alguns casos. O essencial é sempre contar com apoio psicológico, mantendo bons hábitos de vida e buscando autoconhecer-se para saber quando acontecem os episódios de dor, o que funciona e o que não é efetivo em cada caso.
A fibromialgia não tem cura, no entanto não é progressiva, ou seja, não há piora do quadro, desde que sejam tomadas as medidas de controle do distúrbio.
Essa síndrome não acomete órgãos, musculatura e articulações e precisa ser tratada de modo integrado: as pessoas que têm fibromialgia precisam estar bem física e emocionalmente, para que o problema não comprometa a qualidade de vida e o bem-estar.
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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