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O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) lançou em novembro sua campanha global para a mobilização da sociedade em torno do Dia Mundial contra a AIDS, celebrado a cada 1º de dezembro. A campanha este ano “Minha saúde, meu direito” busca explorar os desafios que as pessoas em todo o mundo enfrentam no exercício de seus direitos à saúde e no combate ao preconceito.
Segundo Michel Sidibé, diretor-Executivo da UNAIDS, “Todas as pessoas, independentemente de idade, gênero, de onde vivem ou de quem amam têm direito à saúde. Não importa quais são suas necessidades de saúde, todos precisam de soluções de saúde disponíveis e acessíveis, de boa qualidade e sem discriminação”.
O direito à saúde está consagrado no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais de 1966, o que inclui o direito de todos à prevenção e ao tratamento da saúde debilitada, à tomada de decisões sobre a própria saúde e ao tratamento com respeito e dignidade.
Por isso, a campanha deste ano alerta que todos nós temos o direito à saúde destacando a importância de se acabar com as desigualdades na saúde.
Os materiais produzidos para a campanha incluem sugestões de tweets, cartazes e cards para redes sociais, e uma brochura com informações como mensagens-chave sobre o direito à saúde.
O número de contaminação do vírus HIV entre adultos tem aumentado. Essa constatação da Unaids foi divulgada em seu mais recente relatório sobre o Brasil, alertando que a prevenção à Aids precisa urgentemente ser mais eficaz.
O Brasil foi pioneiro na década de 1990 no fornecimento de tratamento gratuito para pessoas com HIV, tendo se tornado, por isso, referência mundial. Por causa dessa política de acesso universal ao tratamento, o país viu uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à Aids, devido à abrangente cobertura de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de média e baixa renda: mais da metade (64%) dos brasileiros que tem o HIV recebe TARV, enquanto a média global em 2015 foi de 46%, segundo dados da revista Veja.
Entretanto, dados da Unaids indicam um aumento no número de casos de Aids no Brasil. Os registros de 2010 apontavam aproximadamente 43 mil novos casos da doença, enquanto em 2015 o número subiu para 44 mil. Além disso, o problema continua. Entre 2010 e 2015, a população infectada também aumentou: de 700 mil para 830 mil pessoas – um aumento de 18%. No país, anualmente cerca de 15 mil pessoas morrem em decorrência da doença.
Os jovens brasileiros são os que mais se infectam com o vírus HIV, parcela da população que ainda não era nascida quando o Brasil se tornou modelo no combate à Aids. Outros casos de doenças sexualmente transmissíveis também têm aumentando entre os mais jovens, como sífilis e gonorreia.
A pesquisa da Unaids revela, também, outro problema: apenas 55% dos brasileiros infectados pelo HIV recebem o tratamento medicamentoso adequado. Mais um motivo para se fazer um alerta para a prevenção à Aids. As principais formas de se combater a doença é:
1) Usar preservativos nas relações sexuais – pesquisas mostram que menos de 40% dos nossos jovens usam preservativo.
2) Ter um diagnóstico e tratamento precoces.
3) Manter a sociedade informada sobre o risco da infecção do HIV e suas consequências, sobretudo os jovens.
A AIDS pode ser transmitida através do contato de fluídos corporais do infectado com o sangue de uma pessoa saudável, por meio de relações sexuais sem preservativo, transfusões de sangue ou compartilhamento de seringas e agulhas.
Além de a pessoa infectada com o HIV ter que lidar com a doença, precisa enfretar também o preconceito. Muitos portadores do HIV são chamados erroneamente de “aidéticos”, “grupos de risco” e ouvem que estão “pagando” por terem sido promíscuos.
Muitas pessoas portadoras do vírus levam suas vidas normalmente, quando submetidas a tratamento correto, e devem ser respeitadas como qualquer outra pessoa. Você sabia que o vírus do HIV não se pega no ar e nem no toque, nem pelo beijo ou qualquer tipo de contato com a pessoa infectada? Se você não sabia disso, está precisando informar-se sobre a Aids, e esta data é uma boa oportunidade para isso.
Manter-se informado é a melhor forma de evitar a doença e de combater o preconceito.
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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