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Um estudo publicado recentemente na revista científica Human Reproduction Update nos deixa um dado preocupante: um significante declícinio do número de espermatozoides, entre 50-60%, nos homens ocidentais.
Trata-se de uma revisão de mais de 185 estudos publicados entre 1981-2013 sobre contagem de espermatozoides (SC e TSC – concentração de espermatozoides e contagem total de espermatozoides) em 42.935 homens do grupo geográfico “ocidental” que inclui América do Norte, Europa Austrália e Nova Zelândia.
A meta-análise considerou não apenas o número de espermatozoides (volume e concentração) mas também sua qualidade (mobilidade e morfologia).
As causas do declínio não foram objeto do estudo e, como a fertilidade é questão de saúde pública, os motivos que estão levando os homens ocidentais a este declínio devem ser urgentemente pesquisados.
Ainda é muito comum pensar que, quando um casal não consegue engravidar, a culpa provavelmente é da mulher. Este é um pensamento machista. A infertilidade do casal deve ser analisada seja no homem que na mulher.
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O homem precisa, além de um número suficiente de espermatozoides para começar sua corrida ao óvulo, que estes sejam de qualidade (um formato que permita uma boa mobilidade, que eles sejam vivos e ativos e um sêmen de consistência ideal e Ph equilibrado).
Estresse, cigarro, doenças, genética, poluição, idade, quais seriam as causas da infertilidade masculina? Cada caso é um caso e deve ser analisado por um especialista mas, o que dizer quando uma revisão científica como esta, detecta um declínio tão grande no número de espermatozoides em uma amostra assim representativa?
Pense que o estudo excluiu os participantes considerados inférteis ou sub-inférteis, com anormalidades genitais ou outras doenças, ou seja, considerou na meta-análise somente homens saudáveis.
“A contagem de espermatozóides e outros parâmetros de sêmen foram associados plausivelmente com múltiplas influências ambientais, incluindo produtos químicos considerados desregulados endócrinos, pesticidas, calor e fatores relacionados ao estilo de vida, incluindo dieta, estresse, tabagismo e IMC. Portanto, a contagem de espermatozóides pode refletir sensivelmente os impactos do ambiente moderno sobre a saúde masculina ao longo do curso da vida”, lê-se no
estudo.
Parece exagerado falar em extinção da raça humana mas, fato é que para a BBC News, Hagai Levine, pesquisador-chefe desta revisão afirmou:
“Se não mudarmos a forma como estamos vivendo, a maneira como nos relacionamos com o ambiente e os produtos químicos aos quais estamos expostos (…) eventualmente podemos ter um problema grande relativo à nossa reprodução. E isso pode levar ao fim da espécie humana”.
Então fica a pergunta, você ja passou seu DNA pra frente?
Mas lembre-se: ter filhos não é apenas uma questão de sobrevivência da espécie, é responsabilidade que implica inclusive questões ambientais.
Recentemente, uma pesquisa cientifica concluiu que uma das principais coisas que alguém pode fazer para salvar o planeta, se não a principal delas, é .
Fica a questão para se pensar.
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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