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Antes eram muito usados: banhos de vapor com ervas, sais ou de água pura, para manter a saúde genital feminina. Esta é uma prática das medicinas ancestrais de povos profundamente ligados à natureza. Assim se tratava, e bem, os problemas menstruais, as complicações pós-parto e até a infertilidade.
Você sabe! É o mesmo que fazemos quando estamos com nariz entupido, peito cheio: ferver a água em uma panela, colocar as folhas mais recomendadas e aspirar aquele vapor úmido cheio de princípios ativos.
Um banho vaginal, de vapor, indica que este vapor curativo deverá ser absorvido pela mucosa vaginal, períneo, ânus e, de preferência, abranger o baixo ventre também pois, por essas aplicações também são tratados diversos problemas uterinos, tanto pelo calor, a umidade, como pelas ervas ou sais.
● Dores na região: qualquer tipo de dor pélvica, uterina, na musculatura vaginal ou anal
● Inflamação associada à menstruação
● Cansaço associado ao parto
● Regula o fluxo menstrual, o período e a ocorrência de coágulos
● Melhora o tônus muscular no pós-parto e idade avançada
● Acelera a recuperação do sistema reprodutivo após parto ou aborto
● Reduz os sintomas de fibromas, quistos nos ovários, debilidade uterina, prolapso e endometriose
● Facilita a recuperação do tecido vaginal (cortes ou lacerações pós-parto), episiotomia
● Facilita a recuperação pós-cesárea
● Previne hemorróidas e facilita a recuperação destas
● Acelera a recuperação do piso pélvico (períneo) no pós-parto
● Reduz sintomas de menopausa
● Alivia a ressequidão vaginal
● Regula o fluxo vaginal natural
● Desintoxica o útero e todo o organismo
● Diminui a dor pélvica, as dores e cãibras uterinas
● Alivia a prisão de ventre e outras condições inflamatórias do intestino
O banho vaginal de vapor é aplicado com você sentada, pernas abertas, sobre o pote, panela, com ervas e água fervente. Tenha cuidado para não se queimar, é claro!
Os vapores curativos afetarão diretamente a vulva e a vagina – tecidos porosos e fartamente irrigados de sangue – produzindo o relaxamento dos tecidos, musculatura, em toda a região pélvica. Pela pele serão absorvidos os princípios ativos que você escolher usar (plantas ou sais) que serão levados, pela corrente sanguínea, até o útero e todo o seu organismo.
O vapor de ervas melhora a circulação local, afina as mucosas, limpa o sistema reprodutivo eliminando o excesso de membranas e possíveis aderências.
Durante o tempo que você estiver recebendo os vapores curativos, mantenha seu corpo coberto, abrigado de correntes de ar ou resfriamentos.
Sente-se a uma distância cômoda da fonte de vapor quente (você não deve sentir que está quente demais ou queimando, claro) e direcione o vapor para sua região pélvica fazendo um casulo com uma toalha grande.
Um bom banho de vapor deve durar entre 20 a 40 minutos, por etapas de 10 minutos cada. E, após o banho, massageie a região com um pano umedecido em água fria, que revitalizará sua pele e lhe trará melhores resultados, recomendam as que já usaram este método de cura.
Após o banho de vapor vaginal, é conveniente que você se deite, relaxe, durma. Mas, mantenha-se bem agasalhada pois, o frio, neste caso, não é fator de cura e sim de padecimento.
As ervas que se costuma usar são algumas das mais conhecidas e sobre as quais já falamos em outros artigos publicados no Greenme Brasil.
Você poderá escolher as que precisar, de acordo com o benefício que quer obter, e usá-las em conjunto, preparando um buquê próprio, muito seu.
Também poderá usar ervas indicadas pela curandeira, o hervanário, o fitoterapeuta, o médico naturista mas, com certeza, você deverá conhecer bem as ervas que escolher para seu uso pois, os resultados, os efeitos e até alguns sintomas e reações colaterais são próprias de cada organismo e, só se conhecendo bem e à erva que vai usar, você poderá fazer sua cura.
● Valeriana
● Camomila
● Tília
● Alfazema (*)
● Lavanda (*)
● Hortelã
● Orégano
● Tomilho
● Alecrim
● Manjericão
● Rosa
● Calêndula
● Crisântemo
● Pimenta vermelha
● Louro
● Arruda
● Aroeira
● (e muitas mais, com certeza, já que o uso das ervas é diferente para cada povo e, há muitas delas, medicinais, pela terra, certo?)
(*) há diferenças significativas nos usos de alfazema e lavanda, duas plantas muito parecidas, uma de fogo, a outra de água.
Leia aqui: ÓLEO DE LAVANDA É TUDO IGUAL? NÃO! CONHEÇA AS DIFERENÇAS NA AROMATERAPIA
Da mesma maneira que as ervas, os sais são curativos e de uso antigo nos banhos de vapor. Tenha bastante cuidado ao escolher sais e, prefira não misturá-los pois você poderá sofrer os efeitos de uma reação química indesejada, certo?
Os sais de uso comum são:
Cada sal tem um ou diversos efeitos curativos bastante específicos: cura de feridas, dores ou contaminações bacterianas são os aspectos abrangidos pelos sais que menciono.
O banho de vapor com sais tem efeitos mais drásticos do que aquele preparado com ervas, portanto, vá com calma, estude bem os efeitos de cada sal, teste sua resistência e observe suas reações.
Nem o banho de sal marinho será inócuo caso você abuse dele.
Este tipo de banho é de uso terapêutico na medicina chinesa tradicional, conforme explica o Blog do Departamento de Ginecologia e Andrologia da ESMTC – Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Lisboa, Portugal.
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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